quinta-feira, 30 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

E quando o "Ouro Negro" acabar?



 Com o objetivo de industrializar o Brasil, o governo de Getulio Vargas criou em 1953 a Petrobrás. Hoje, a estatal está em segundo lugar no rankig das maiores empresas petrolíferas do mundo. Com a exploração do indispensável petróleo, o governo vem fazendo pesados investimentos no desenvolvimento nacional e na modernização das técnicas de extração do mesmo.

Ao longo das décadas, não só o Brasil, mas países como os EUA utilizam o “Ouro Negro” diariamente, já que a grande parte dos produtos como a gasolina, o pneu dos carros e objetos de plástico, que estes produzem são derivados do petróleo. Logo, o mundo tornou-se dependente deste recurso natural.

Entretanto, especialistas afirmam que o elixir da economia mundial poderá acabar logo e ainda dizem que se investimentos para substituí-lo não forem feitos, a economia de várias nações entrará em colapso. O globo já foi gravemente ferido várias vezes, ao longo das décadas, pelas inúmeras crises e guerras do petróleo, o que só corrobora a afirmação dos especialistas mencionada anteriormente.

Então, com base nesta afirmação, a economia da maioria dos membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estará em xeque daqui a algumas décadas, já que estes crescem “em cima” do recurso em questão. Contudo, parece que alguns países já entenderam o recado e estão dando um “update” nas suas economias antes baseadas no petróleo.

É o exemplo de Dubai, um dos sete emirados dos Emirados Árabes. O Sheikh Mohammed, atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos passou a fazer grandes investimentos no setor de turismo e imobiliário com o capital arrecadado com a exploração do “Ouro Negro”. Hotéis, shoppings e construções consideradas futurísticas são erguidas por empresas nacionais e internacionais. Hoje, devido aos investimentos, o local é visitado por pessoas de várias partes do planeta. Países europeus já estão se curando do vício e investem em novas tecnologias para substituir o petróleo. Carros movidos a luz solar e a eletricidade são expostos em documentários e feiras de automóveis do mundo inteiro.

Estas nações já entenderam que o elixir é finito, mas e o Brasil? O governo Lula ainda insiste em investir em combustíveis da “era colonial”, o que estagna o crescimento das áreas de alta tecnologia, que, como já mencionei em outros textos, são a saída para o salto brasileiro. Dando apenas atenção para um setor que futuramente será obsoleto, o crescimento pode ser ameaçado. Então, se possuímos mão de obra (que está fugindo para outros países), capital e matéria prima, por que não seguir o caminho do verdadeiro desenvolvimento sustentável.