sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Só mais um dia


Rio de Janeiro. Estávamos no carro eu, minha mãe e minha madrinha, a qual estávamos indo deixar em casa, em Duque de Caxias. Tudo bastante tranquilo, havia sido uma manhã agradável e tal, mas só até o momento em que dobramos a esquina da rua dela.


Polícia. Polícia no morro. Mas tudo bem, as coisas pareciam estar calmas, havia três policias armados com fuzis e mais duas viaturas na rua, mas nada de confronto com os bandidos. Pareciam. No momento em que paramos o carro na porta da casa, ouvimos o primeiro disparo. Estávamos a vinte metros do policial do nosso lado da rua, bem na linha de tiro.


O policial do nosso lado nos mandava ir embora, minha madrinha fechava a porta do carro abruptamente, isso enquanto minha mãe fazia uma manobra de Need For Speed e nos tirava do lugar sem grandes complicações. Mas não é disso, de heroísmo ou de como sair de um tiroteio que isso se trata. É do que eu senti. Nada.


E eu não senti nada não por ser fodão ou porque “homem não tem medo”, foi simplesmente pelo costume. É uma cena tão normal que me pareceu apenas mais uma, minha mãe gritava desesperada para eu me deitar no banco traseiro e eu só dizia “calma”. Foi trivial. Foi normal. Enquanto conto isso a vocês, eu penso em como eu queria ter sentido medo, porque talvez isso fosse sinal de um lugar menos violento, de um lugar tranquilo, onde cenas como essa fossem temidas, como tudo aquilo que é novo, que foge da usualidade. Mas não senti.


Bem vindo ao Rio de Janeiro, bem vindo ao mundo!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Renascimento do Nordeste Brasileiro

A região Nordeste do Brasil vinha sofrendo, nas últimas décadas, com inúmeros problemas de saneamento básico, educação, saúde, transporte, tecnologia, sem falar na miséria. Como os governos pouco olharam para a região em questão, muitos nordestinos foram obrigados a procurar emprego e melhores condições de vida nos grandes centros urbanos, que começaram a crescer no início do século XX, devido à industrialização.

Contudo, devido ao grande fluxo migratório, os mercados de trabalho escolhidos por esses migrantes ficaram saturados. E quando chegavam, devido à baixa qualificação, tinham que encontrar empregos cujos salários eram medíocres. Isso levou ao surgimento e crescimento das favelas, que ainda são um desafio para o atual governo.

Entretanto, hoje, o Nordeste está completamente diferente. A região onde a colonização brasileira começou, já passou o Sul em matéria de investimentos estrangeiros e  a americana Ford investe na fabricação de jipes na Bahia e no Ceará, as Casas Bahia e o grupo Pão de Açúcar já abriram lojas em alguns estados do Nordeste e a estatal Eletrobrás também já faz investimentos na região, mas todas essas empresas reclamam da falta de qualificação.

A Eletrobrás, no Piauí, abriu um concurso público para preencher 30 vagas de engenheiro elétrico, mas apenas 3 pessoas se inscreveram, segundo dados do jornal “ O GLOBO”. A Fiat já criou um centro de formação, com o objetivo de qualificar os trabalhadores nas áreas de mecânica, eletrônica, pintura automotiva e funilaria.

Esse entrave está sendo resolvido com a migração de trabalhadores das regiões Sudeste e Sul do país. Como os mercados em suas cidades de origem se encontram saturados, ou os salários não são muitos bons, esses jovens engenheiros, eletricistas e até mesmo mestres de obras, com algum tipo de qualificação, estão encontrando empregos nos estados nordestinos, onde estão ganhando quase o dobro do que recebiam.

Sem falar no refluxo que está ocorrendo, onde nordestinos que haviam saído de sua terra natal, passaram a voltar para a mesma. Isso é ótimo, pois “enxuga” o grande número de pessoas concentradas nas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, fazendo com que o nosso extenso território nacional seja devidamente ocupado.

Mas o comodismo com essa compensação de mão de obra pode atrapalhar os investimentos de qualificação na região, já que a tendência desse novo fluxo é só aumentar, devido à grande necessidade do Nordeste de desenvolver-se. É uma faca de dois gumes, pois o fato resolve problemas, mas acaba criando outros.

A única chance, talvez, seria se estes novos migrantes permanecessem na região até o resto de suas vidas, pois seus filhos precisariam da mesma qualificação que seus pais tiveram. Ou seja, isso obrigaria o governo a investir pesado em educação na região, caso o contrário, outra fuga irá ocorrer.     

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um dia no parque



Acordamos todos muito animados. Era minha primeira ida ao Beto Carrero World, diversão garantida. Nunca gostei muito da ideia do principal parque temático brasileiro ter o nome em inglês, mas eu até entendia.
Ao chegar lá, somos saudados por um imponente castelo colorido com uma estátua do fundador do parque na frente e começamos a nos fascinar pelo lugar. Era realmente muito bonito, foi realmente muito bom. Mas vamos aos fatos.

O primeiro brinquedo ao qual fomos foi o “Firewhip”, mais um nome em inglês, mas de novo, tudo bem. Depois fomos ao Beto Carrero “Memory”, um memorial ao falecido João Batista Sérgio Murad, onde vimos seu “trailler” e também toda sua parafernalha e vestimentas de “cowboy”.

Na hora do almoço, resolvemos comer assistindo a um espetáculo ao qual sempre tive vontade: o “West” Selvagem. Espetáculo esse que fazia alusão a índios norte-americanos, bem como aos costumes do velho oeste do mesmo país e até mesmo o palhaço estava caracterizado muito similarmente a um típico caipira pobre dos Estados Unidos os quais vemos em programas de comédia pastelão americanos e em seus desenhos animados.

Um pouco mais tarde, fomos a Ilha dos Piratas, onde, só para variar, havia uma bela placa de madeira no portal escrita em bom e claro inglês “Pirates Island”. Eu já estava começando a me enfadar. Isso sem falar que eu nem fui a “Bigtower”, ao “MadEmotion”, ou assisti ao “Extreme Show”.


Mas, sim, eu passeei pelas ruas da Vila Germânica, onde há um “celeiro” com uma série de cavalos que atuam como os dos cavaleiros leias (ou algo assim) à Arthur, sim, o Rei Arthur. Nessa mesma Vila, há um outro espetáculo, o Excalibur, onde “os seis melhores cavaleiros disputam a famosa espada”. Bem brasileiro isso, não? Não.


E se você não estiver satisfeito com essa injeção de cultura mundial e, principalmente americana, você pode também assistir ao África Misteriosa.


Não que tenha nenhum problema em apreciar a cultura de outros países, ou até mesmo extrair um pouco dela, o que há de bom dela. O problema é que o melhor parque temático do Brasil não tem nada de brasileiro. E ainda mais grave é que essa aculturação é automática, não percebemos que a estamos sofrendo. São coisas tão comuns ao nosso dia-a-dia que simplesmente não nos chamam a atenção; e talvez ainda mais grave que isso é o fato que esses agentes acultorizadores também não têm consciência que estão sendo cúmplices deste triste processo de assassinato da cultura nacional, pois eles mesmos estão aculturados.


Essa é a realidade, que tal fazer alguma coisa sobre isso?

Por Davi Chaves

Lá vem o Chaves...


Sim, existem vários assuntos no mundo, bem como várias formas de falar sobre eles. Nesse espaço, o mundo será apresentado de uma perspectiva literária.
Assuntos cotidianos - ou não - na visão do Davi Chaves (eu^^). A intenção é fazer pensar e abordar aspectos que passam despercebidos por nós na maioria das vezes.
O mundo é um livro aberto, a gente só precisa aprender a ler.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Dilema Verde do Brasil

Dando continuidade ao projeto energético do PAC-2, o governo de Dilma Rousseff planeja desmatar 5,3 mil quilômetros quadrados de floresta do país, o que, segundo dados do jornal “O Globo”, equivale à área dos 19 municípios da região do Grande Rio. O trabalho será realizado para instalar 61 usinas no Brasil.

Logo é evidente que haverá desmatamento, já que a obra será realizada na área denominada Amazônia Legal, que compreende 9 estados da federação. Se a obra for concluída, o governo irá jogar mais 42 mil megawatts no sistema de energia. Contudo, nenhuma avaliação sobre os impactos diretos e indiretos foi feita.

Além das novas usinas, a área em questão será cortada por 2.615 quilômetros de estrada de ferro e por 1.601 quilômetros de rodovias. Segundo ecologistas, isso não será bom devido ao efeito “espinha de peixe”, onde pessoas passam a morar ao longo dessas estradas. Dessa forma elas aumentam o desmatamento no local.

Pode parecer um tanto cômico já que se ambientalistas, como o Greenpeace e o James Cameron já lutavam contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, terão agora um grande trabalho pela frente.

Estes grupos afirmam que existem várias saídas para compensar a construção das usinas. Alguns dizem que uma manutenção no sistema energético poderia ser feita, outros dizem que a energia não é distribuída corretamente, pois o Sudeste, devido ao seu desenvolvimento, fica com a maior porcentagem de megawatts. E se fosse necessário construir algo, a energia eólica daria conta do recado, segundo os “grupos verdes”.

O governo diz que essas propostas são ineficientes, ou caras demais. Além disso, essas obras, ainda segundo o governo, contribuirão para o crescimento do Brasil, pois com o rápido desenvolvimento, a demanda energética também cresce. Sem falar nas estradas de que os estados do Norte carecem.

Então, o caso possui duas faces. Creio que para crescer é necessário fazer alguns sacrifícios, entretanto, estamos em uma era em que preservar é uma lei. Nosso planeta não pode perder seu maior pulmão, contudo ele está “atrapalhando” o crescimento nacional.

É um duro dilema, ainda mais para um país que registra altas taxas de crescimento ao ano e foi considerada a nação mais limpa do mundo, na última reunião do clima. Por conseguinte é evidente que o Brasil seja um ótimo aluno em “Ser Verde” e em Crescimento Socioeconômico.

Os impactos terão que ocorrer de qualquer forma, mas eles podem ser suavizados com o uso de novas tecnologias. Entretanto, como eu sempre digo em meus textos, no Brasil, os investimentos em tecnologia são baixos, se comparado ao dos países desenvolvidos. O país, repetindo mais uma vez, deve parar de basear sua economia em petróleo (um dos combustíveis que mais poluem o planeta) para passar a se apoiar na alta tecnologia, que pouco danifica o meio ambiente. Além do mais, nós temos dinheiro e mão de obra para produzi-la.

Talvez, investir em tecnologia seja a saída para o grande dilema que estamos enfrentando atualmente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Crise na Zona do Euro

A Zona do Euro vive um período de alta recessão. Nos últimos anos, os países como Irlanda, Itália, Grécia, Espanha e Portugal vêm gastando mais do que arrecadam com os impostos. Com isso, as dívidas foram crescendo tanto que ultrapassaram quase 60% do PIB, o que não é aceito, segundo as leis da União Europeia.

Como as nações em questão não estavam honrando suas dívidas, os investidores ficaram com medo de possuir ações e fazer investimentos no continente. Como consequência disso, o Euro começou a se desvalorizar frente ao Dólar e ao Real. Ontem (11/01/2011), segundo dados do jornal “O Globo”, a moeda europeia foi cotado a R$ 2,18, o que representa o menor valor desde 2002.

Isso só piora a recuperação dos Piigs. O termo pejorativo, já que pig em inglês significa porco, é usado para se referir a Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (Spain, em inglês).  A Grécia, foi a primeira a sentir os efeitos da crise e como sua situação, que só piorava, estava colocando todo o bloco em risco, um pacote de ajuda, enviado pelo FMI e pela EU, “socorreu” a economia grega. Entretanto, um efeito dominó começou, se espalhou pelo continente e depois pelo mundo.

Depois dos gregos, chegou a vez dos irlandeses sofrerem. A Irlanda, que já foi considerada o “Tigre Celta”, devido ao seu rápido desenvolvimento econômico nas últimas décadas, também teve que ser socorrida. Portugal, segundo os especialistas, parece ser o próximo da lista. Contudo, José Sócrates, primeiro-ministro português, afirmou que não pretende solicitar um resgate financeiro internacional, pois o déficit fiscal em 2010 foi menor que o previsto.

O governo luso está fazendo de tudo para não ter que pedir o humilhante pacote de ajuda internacional, mas, segundo o BC do país em questão, a economia que cresceu durante o ano de 2010 1,3%, encolherá 1,3%, em 2011. Com esse pequeno crescimento, estimado em 0,2%, a situação pode complicar no oeste da Península Ibérica.

No caso de Espanha e Itália, as medidas para conter os gastos já deixam a população furiosa, o que provocou inúmeros protestos e greves. Contudo, a necessidade de um pacote ainda não é necessária, segundo o BC desses países. Ricardo Amorim, economista que faz parte da equipe do programa de televisão Manhattan Connection, diz que a situação vai ficar realmente grave quando a crise bater à porta dos italianos.

Enquanto isso, nos países mais ricos do grupo, como Reino Unido, França e Alemanha, medidas para cortar os gastos já foram efetuadas e já incomodam o estado de “bem estar social”, que reinou durante décadas na Europa Ocidental.

Enquanto isso, fora da Zona do Euro, o mundo desenvolvido também passa por uma grande crise, onde os Estado Unidos não conseguem impedir o “derretimento” de sua moeda. Em contrapartida, a China que mantém sua moeda desvalorizada para deixar suas exportações mais baratas, viveu o ano de 2010 com altas taxas de crescimento econômico, junto aos integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Dessa forma, com um mercado nada favorável à recuperação e com as regras do jogo sendo ditadas por novas potências, fica difícil crer que a Europa se recupere rapidamente, como tem feito durante as últimas décadas.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Fuga de Cérebros Européia


Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava completamente destruída e uma grande parcela da população havia morrido. Esses homens e mulheres, em sua maioria os homens, trabalhavam e faziam com que seus países crescessem.

Entretanto, com uma grande parte dos trabalhadores mortos, como o continente iria se levantar? Só os investimentos norte-americanos não dariam conta do trabalho braçal, que os europeus que sobraram se recusavam a fazer, devido à baixa remuneração.

Então, a resposta para a pergunta acima era bem simples: imigrantes. Muitos vieram da América Latina e ajudaram um dos continentes mais antigos do mundo se “reerguer das cinzas”. Contudo, com o trabalho concluído em meados dos anos 1960, já não era mais necessário o uso desse tipo de mão de obra. Com isso, os governos passaram a adotar inúmeras medidas para conter a crescente entrada de imigrantes no continente.

Mesmo assim, muitos trabalhadores qualificados e desqualificados, passaram a “fugir” de seus países para conseguir emprego no continente em questão. Com o tempo, um grande número de grandes engenheiros, cientistas e etc. saíram de suas nações em busca de uma melhor remuneração. Esse movimento de emigração de mão de obra qualificada é chamado de “Fuga de Cérebros”.

O movimento era comum até o dia em que a Crise 2008-2009 bateu à porta dos países desenvolvidos. As inúmeras medidas para cortar gastos, adotadas pelos governos europeus, deram um golpe, não só nos imigrantes, mas nos trabalhadores que são realmente parte do continente. Como conseqüência disso, ocorreu o movimento de “Volta pra Casa”, onde os imigrantes passaram a regressar aos seus países de origem.

Para os europeus, a situação só complicava, já que ninguém conseguia sair da crise e os cortes já estavam se tornando uma grande pedra no sapato. Então, como nos países em desenvolvimento a crise havia sido uma “Marolinha” e estes empregam mão de obra qualificada, os “gringos” tiveram que se tornar os imigrantes. Portugueses, espanhóis, italianos estão indo para a América Latina, África, EUA e Canadá em busca de empregos. A tarefa não está sendo tão dura, devido às qualificações desses jovens homens e mulheres.

Segundo a revista “The Scientist”, o fato em questão preocupa o Euroscience, órgão que integra aproximadamente 2 mil cientistas da Europa, e a CE (Comissão Européia). Contudo, mesmo os esforços dessas e de outras instituições, o secretário geral da Fundação de Ciência Européia disse: “Os esforços da CE são admiráveis, mas a responsabilidade maior está com os Estados membros".

Em entrevista à “Folha Online”, o inglês Karl Gensberg, que trabalhava como pesquisador em biologia molecular, na Universidade de Birmingham (Inglaterra), deixou o emprego para se tornar encanador, com o objetivo de ganhar até o dobro do que recebia em seu antigo emprego. Outros casos semelhantes ao de Karl estão acontecendo no continente, desde o início do século XXI e a situação se agravou ainda mais com a crise econômica.

Por conseguinte, é bom pensar antes de arrumar as malas para procurar emprego na Europa, pois se nem mesmo os próprios cidadãos de lá estão conseguindo, a ponto de terem que emigrar para nações em desenvolvimento, é bem provável que um imigrante latino, mesmo possuindo qualificação, não consiga alguma boa oferta de trabalho.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Queda do Império Norte-Americano

Os Estados Unidos da América são um país que durante o século XX viveram um tempo de grande esplendor econômico, político e cultural. Desde sua independência, seus fundadores sempre diziam que o futuro guardava ótimas surpresas para essa nação que cresceu com base na lógica do trabalho e do esforço individual.

Seu desenvolvimento militar também foi notável, já que conseguiu vencer as duas Grandes Guerras Mundiais, aprimorando técnicas de combate, produção em massa e desenvolvendo armas capazes de devastar países. Durante a Guerra Fria, o poderio militar não conseguiu acabar com a “Ameaça Comunista” no Vietnã e na Coréia do Norte, entretanto assistiram o seu inimigo número um, a grande União Soviética, cair e converte-se ao capitalismo.

Na política externa, conseguiram controlar os governos de inúmeros países, principalmente os na América do Sul, apoiando as ditaduras militares que acabaram com a liberdade dos cidadãos latino-americanos. Estas nações, tidas como subdesenvolvidas na época, eram fantoches que foram “condenadas” a exportar commodities. Como conseqüência disso, elas não puderam desenvolver seu setor industrial como os países desenvolvidos.

Creio que não é preciso lembrar da dominação cultural “imposta de forma prazerosa” pelos EUA. O Rock, as inúmeras tendências da moda como roupas, cortes de cabelo, o cinema... Enfim, tudo isso mostra que o século XX foi repleto de ganhos para a nação em questão. Contudo, em 2001 tudo começou a mudar.

O então invulnerável, forte, rico, influente e manipulador “Gigante Americano” recebeu a resposta pelos seus atos. O ataque terrorista às Torres Gêmeas e ao Pentágono no dia 11 de Setembro de 2001, mostrou que “qualquer um” poderia fazer uma grande bagunça neste país. Entretanto, o então presidente George W. Bush travou uma guerra contra o grupo que arquitetou os ataques, a Al-Qaeda, mas que terminou em um grande número de jovens soldados mortos nos campos de batalha do Iraque e do Afeganistão.

Com o fim da era Bush, o povo norte-americano estava cansando de ver seu dinheiro e seus filhos sendo queimados em uma guerra que não teria vencedor. Além disso, uma crise econômica havia estourado com a quebra do banco americano Lehman Brothers e o governo republicano não estava sabendo lidar com a situação. Porém, parecia que havia uma saída para esse problema nacional.

Barack Obama foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, pelo partido Democrata. Obama cativou não só o seu país, mas o mundo inteiro. Prometeu curar as feridas que a Crise Econômica 2008-2009 havia causado, acabar com a guerra no Iraque, reduzir os investimentos em armamentos e coisas que o povo americano já não suportava mais.

Mesmo assim, Obama mostrou-se um presidente fraco que não conseguiu lidar com o grande problema de seu país. Hoje ele sofre inúmeras críticas de pessoas que o apoiaram durante as eleições e o mundo já não admira seu governo como antes.

Atualmente, outra ameaça comunista se tornou uma pedra no sapato do Tio Sam. A China, que se tornou uma potência militar e econômica é a segunda nação mais rica do globo. Estudiosos afirmam que se ela continuar nesse ritmo de crescimento chegará à primeira posição em breve. Pode-se dizer que  esse novo “inimigo” é completamente diferente da URSS, pois soube unir os pontos positivos do capitalismo e do socialismo de uma maneira jamais vista.

Tudo no planeta possui um ciclo de Começo-Auge-Decadência e os EUA se encaixam perfeitamente nessa lógica. Essa teoria também se encaixa na situação em que os países da Zona do Euro estão passando, já que sofrem uma crise econômica, política e social.

Entretanto, em contrapartida, os países integrantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e alguns da América do Sul, como Argentina e Uruguai e até mesmo a África do Sul estão atingindo níveis de crescimento notáveis, o que pode mudar as regras do cenário mundial completamente.

Por conseguinte, é evidente que a queda do império americano não pode ser contida, mas pode ser suavizada, para que o velho Tio Sam não se “machuque” muito.