segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Falso Revolucionário


            O Conversa da Semana noticia e comenta muitas das “marchas” que acontecem pelo nosso país e fora dele. Como muitas coisas, as manifestações populares têm em sua origem um ideal justo e verdadeiro, lutando contra a repressão e feitas por pessoas que realmente estavam engajadas e/ou vivendo a causa. Essas manifestações, cujo nome popular do momento é marcha, continuam tendo ideais muito bacanas e, em sua absoluta maioria, justos, mas as pessoas que fazem parte delas...
        Bem, falemos sobre corrupção. O brasileiro de uma forma geral (finalmente!) está aprendendo que corrupção é uma coisa errada. (Não vou mexer na ferida e falar que “todo mundo” ainda rouba o lápis do coleguinha na escola, falarei apenas do campo político.) E, como está na moda, também organizaram marchas contra a corrupção. Uma proposta muito bacana de novo, com organizadores sérios que realmente tentam mudar algo, mas agora entra uma figura nova na nossa sociedade... O falso revolucionário.
         Se você estuda, faz faculdade ou convive com outras pessoas em um ambiente fechado de trabalho, provavelmente conhece uma penca dessas figuras. Pessoas que vivem abrindo a boca para falar mal da conjuntura “político-sócio-econômica” do município, do estado E do país (e possivelmente até da dos Estados Unidos) e... só. É, só. Mais nada. O revolucionamento para por aí. Agora me diz... Eu posso com uma coisa dessas?
         Mas tudo bem, pelo menos a pessoa está participando, né. Só que aí, o nosso amigo falso revolucionário, volta para a sua humilde (risos) residência depois da marcha e vai para as redes sociais dizer: “Caraaaaaca, mt booom lá na #MarchaContraCorrupção – tem q fazer sua parte msm!” Com um link para uma foto onde ele aparece com o rosto pintado de verde e amarelo e sua roupinha apertadinha sorrindo e fazendo pose no meio de outros iguais a ele. Na boa... Vai... ali no shopping, vai =)
         Marchas estão tão na moda que até Jesus tem uma agora.
        Quero deixar uma coisa clara antes que apareça alguém para dizer em comentários que eu estou me opondo a quem tem vontade de participar das manifestações “por um Brasil melhor”. Não. Jamais. Quem lê o que eu escrevo aqui no blog sabe que é justamente isso que eu busco, eu só estou repreendendo quem “participa”, porque está na moda (fingir) se preocupar com os problemas. Eu acho ótimo que as pessoas saiam às ruas, toda mudança só vem através da luta, mas, por favor, que só saia à rua quem realmente estiver disposto a lutar pela mudança.
Obrigado. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

New Nike Air Jordan XI Concord Causes Shopping Frenzy


The arrival of Nike's new Air Jordan 11 Retro Concords in stores just in time for Christmas brought pandemonium all over the country.

Thousands lined up across the country to shell out $180 for the black and white "J's" that went on sale at midnight.

Police were called to shopping centers in Indiana, Florida, Texas and Virginia among other states to control crowds of hundreds lining up for the shoes.

"I don't remember anything like this in the recent past at all, definitely not with the iPhone or anything like that," Linda Jackson, a spokeswoman for the Indianapolis Metropolitan Police Department, told ABCNews.com.

Indiana police were called to three malls to help control "hectic" scenes of hundreds of shoppers, including many teenagers and children.

"It was pretty much a surprise for us," Jackson said. "I imagine the malls knew, but I don't know that they were prepared for the response."

Frantic shoppers even tried to break down a door at one of the Indiana malls.

"There was a door that was damaged, but I don't believe they were able to gain access," Jackson said. "It sounded like these are the need-to-have item of the season, for some reason."

In Atlanta, at least four people were arrested in a mob scene at a suburban mall, according to the Associated Press. Twenty police cars responded and the crowd broke down a door to enter the mall before it opened.

Police had to smash the windows of a car to get two toddlers out after a woman had left them there to go buy the shoes. She was taken into custody when she returned, according to the AP.

Florida police used pepper spray on unruly shoe seekers and fights were reported in Kentucky; glass was shattered at stores in North Carolina.

Within hours, hundreds of pairs of the shoes were on sale on eBay, some for more than $500. Many of the pairs already had dozens of bidders.

"Tinker made it shine. Mike made it fly. You made it iconic," Nike said in a statement. "Jordan 11s only come around once a year, so don't miss this highly anticipated release."

The shoes were widely released and are available at stores such as Foot Locker and Champs, in addition to Nike stores. Air Jordans bring in an estimated $1 billion for Nike every year.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

De olho na Coréia do Norte

A morte do líder norte-coreano Kim Jong-il fez com que o mundo voltasse os olhos mais uma vez para a conturbada península coreana. As previsões sobre o futuro do país e de suas relações com o resto do mundo são as mais variadas.

A Coréia do Norte é uma das nações mais fechadas do mundo se comparada a outros países comunistas como China, Cuba e até mesmo à extinta União Soviética. O regime norte-coreano é profundamente repressor e a figura do líder supremo é encarada como uma divindade, devido à eficiência da propaganda estatal.

Esse pequeno, porém poderoso, país asiático nasceu com a Guerra Fria. O norte da península coreana  foi ocupada pelos soviéticos e o sul pelas tropas americanas no fim da Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, a ideologia comunista e capitalista imperaram respectivamente nas duas regiões.

Esse racha ideológico criou dois governos distintos nas duas coreias e, como isso, uma guerra entre os dois países começou. O objetivo era dominar toda a península, entretanto nenhuma das nações, mesmo com apoio de duas superpotências (URSS e EUA), conseguiu obter êxito na campanha militar. Com o fim do conflito, nenhum acordo de paz foi assinado, o que levou uma tensão enorme à região e que se mantém até os dias atuais.

A guerra entre os dois países não foi retomada, mas o programa nuclear norte-coreano e os testes de lançamento de mísseis em águas sul-coreanas e japonesas sempre deixou a região em estado de alerta. Sem falar na fronteira entre as coreias que é fortemente guardada por soldados e tanques de guerra.

A economia norte-coreana é debilitada devido ao modelo comunista econômico que não vem apresentando bons resultados nas últimas décadas e a industrialização foi feita através de um enorme esforço nacional que matou 2 milhões de pessoas. Enquanto isso, os líderes do governo como Kim Jong-il vivem no luxo, consumindo os melhores vinhos franceses e assistindo a filmes ocidentais.

Com a morte do ditador, seu filho Kim Jong-um irá assumir o governo. Contudo, a sua pouca experiência política fez com que o mundo duvidasse de sua competência e de como ele vai administrar uma nação que possui um dos mais fortes exércitos do planeta. 

As potências ocidentais têm medo de que, devido a pouca experiência do novo ditador, pessoas do próprio partido possuam derrubá-lo, o que aumentaria a instabilidade na região.

A diplomacia e a inteligência dos EUA e da Coréia do Sul  estão trabalhando ativamente para que qualquer ameaça vinda do norte possa ser evitada. Contudo, esses dois serviços deixaram muito a desejara, pois a morte de Kim Jong-il só foi anunciada dois dias depois de seu falecimento. Ou seja, se os norte-coreanos tivessem lançado um míssil em Seul (capital sul-coreano) os governos ocidentais só saberiam disso, depois que a bomba atingisse o solo.

O governo chinês, aliado histórico do regime da Coréia do Norte, disse que apoiará o novo ditador. Mesmo assim, o apoio da China não acaba com a grande dúvida que paira no ar.  

Portanto, o mundo aguarda novas notícias da península mais badalada da Ásia, enquanto alguns já afirmam que o futuro dessa pequena potência nuclear mudará para melhor e outros preveem uma grande catástrofe política e militar.



  


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Matéria Prima

Vivendo uma vida que não é a minha
Pensando coisas nunca antes passadas pela minha cabeça
Desejando a felicidade de uma outra pessoa
Com a mesma intensidade com que busco meus próprios sonhos.


Sorrindo o sorriso do outro
Chorando um choro que não me pertence
Sigo em um caminho incerto
Por querer chegar em algum lugar
Só por ter a quem acompanhar
E alguém que te acompanhe.


Não importa se o caminho é longo ou curto,
Perigoso ou arriscado
O que passa a guiar minhas escolhas
É o bem do nosso bem,
Te ter como refém
de um sentimento que é meu
mas na verdade é todo seu.


Eu não o conheço, apenas lhe dou abrigo
Recolho dentro de algum lugar desconhecido
Um sentimento bipolar que tem uma força inconstante
Pode explodir de rancor por apenas sentir amor
Ou reconfortar minha tristeza por apenas sentir o amor
Ou desmanchar-se em um sorriso sem ao menos um motivo
Ou morrer de saudade por simplesmente viver de amor


Esse mistério que habita em mim, eu desconheço
É diabólico, melancólico, incolor
É a ânsia de estar perto o tempo todo
É o não querer de querer, mas querer
É o eterno inalcançável, 

É insaciável a todo instante
É um tudo ao mesmo tempo, a toda hora...


Generalizador de sentimentos,
Inspira tudo e todos
De uma matéria simples e invisível
Nasce tudo...
É o amor que cria, que nasce e se multiplica
E faz inexplicavelmente amar-se tanto assim a vida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Frear para acelerar

O crescimento nacional perdeu gás no último trimestre. O PIB (conjunto de bens produzidos pelo país) nesse período cresceu 0%, a produção industrial vem sofrendo quedas , o consumo das famílias vem diminuindo, a inflação aumentou e vai ficar fora do teto de 6,5% estabelecidos pela equipe econômica. Para conter o crescimento desse fantasma de que o brasileiro tanto tem medo, o COPON (Comitê de Política Monetária) diminuiu os investimentos e apertou o crédito.

Essas notícias parecem ruins e muitos já culpam o governo pelo baixo desempenho econômico desse ano, contudo, em economia, tudo possui um lado bom e um ruim. Nesse caso, as medidas do COPON trarão mais benefícios a longo prazo do que prejuízos para o desenvolvimento econômico.

Vocês devem estar pensando: “mas travar o crescimento não vai ser ruim para o país?”. Calma, senta lá. Crescer nem sempre é bom e a política econômica do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) pode explicar a minha afirmação.

No início dos anos 70, o Brasil estava apresentando altas taxas de crescimento, a industrialização e a modernização eram crescentes... Estávamos vivendo o milagre econômico! Em 1974, o então presidente Geisel decidiu manter esse alto ritmo crescimento, mesmo que o cenário externo não ajudasse, devido à crise do petróleo. Foi a chamada “Marcha Forçada”.

Nos anos seguintes, devido a esse movimento, a dívida pública aumentou demais (por causa dos investimentos feitos pelo governo) e a inflação ficou descontrolada. Além disso, os juros baixos só contribuíram para que a última crescesse mais. Resultado: o Brasil entrou completamente endividado e debilitado economicamente nos anos 80. Esses erros nos levaram a ter uma década perdida, em que ficamos a mercê do FMI e o crescimento ficou estagnado.

O quadro atual parece ser um tanto semelhante ao do passado, onde tivemos a opção de crescer muito agora ou deixar isso para os anos seguintes. Mas parece que o COPON fez a coisa certa e não passou a marcha, ao invés disso colocou o pé no freio.

Crescer agora não é interessante, pois os países desenvolvidos estão em crise. Com isso, a demanda deles por produtos vai cair. Se colocássemos as nossas indústrias para trabalhar agora, ninguém teria dinheiro para comprar os nossos produtos. Logo, eles iriam ficar estocados, fazendo com que as empresas perdessem dinheiro.

O mercado de commodities (do qual somos completamente dependentes) também está sendo afetado pela crise. A demanda da China por minério de ferro caiu consideravelmente, fazendo com que grandes empresas como a Vale, Usiminas e MMX tivesse grandes prejuízos. Como procura por commodities vem caindo, o preço delas no mercado tende a diminuir.

Uma das razões que explicavam a alta da inflação nacional era a alta dos preços das commodities. Então, creio que agora o nosso fantasma vai deixar de nos assombrar... Por enquanto.

Portanto, o governo fez uma opção de não crescer esse ano, para não prejudicar o desenvolvimento dos anos seguintes. Ainda assim, medidas para aquecer a economia já estão sendo tomadas, como a diminuição da taxa juros para incentivar o consumo. E ele é uma das armas mais fortes contra crises.

Parece que o governo está no caminho certo no que diz respeito à política econômica, espero que ele continue assim.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

All US troops Out Of Afghanistan



Obama’s speech on “the way forward in Afghanistan” offered only years more of a dirty colonial war that both the American and the Afghan people overwhelmingly oppose.


The empty rhetorical claims that “the tide of war is receding” and “the light of a secure peace can be seen in the distance” are belied by the undeniable facts of Obama’s so-called withdrawal plan.

In December 2009, when he launched his surge of 33,000 additional troops into Afghanistan, Obama told the American people that it was designed as a temporary measure, which would allow Washington to begin pulling out of Afghanistan within 18 months, that is, by July of this year.

But the plan announced from the White House will, by the end of this year, keep in Afghanistan nine out of ten of the American troops presently deployed there. By September of next year, the only forces to be withdrawn will be the 33,000 sent into the country in December 2009 on the pretext that their efforts would allow the rest of the US force to come home.

This entire withdrawal plan put forward by Obama will leave 68,000 US troops inside the impoverished, war-torn country into 2013—roughly double the number of US soldiers and Marines who were deployed there when the Democratic president took office at the beginning of 2009.

Following that, there is the vague pledge that by 2014 a “process of transition” would put Afghan puppet forces in charge of suppressing the popular resistance to the US-led occupation.

In reality, Washington is engaged in frantic negotiations with the regime of President Hamid Karzai aimed at securing a strategic partnership agreement that would grant the US access to permanent bases in Afghanistan and could well leave tens of thousands of American military personnel deployed there indefinitely.

The plan announced by Obama will spell an escalation rather than a reduction in the bloodshed in Afghanistan. The aim is to carry out a military offensive over this summer and the next in an attempt to militarily crush the popular opposition to US occupation. To the extent that the withdrawal affects firepower available to US commanders, it will inevitably lead to the use of more air strikes and drone missile attacks and, as a result, an even greater number of civilian casualties.

Among Obama’s most cynical claims is that the limited withdrawal from Afghanistan will spell greater investment in jobs and a “focus on nation building here at home.”

There is no question that the military decisions being taken in Afghanistan are driven in large part by the increasingly desperate crisis of US capitalism. The spending of $1.3 trillion or more on the two wars in Afghanistan and Iraq, combined with the trillions more lavished upon the US military and intelligence complex, has played no small role in leading America into an economic shambles.

But the strategy of the US ruling elite, for whom Obama speaks, has not suddenly been transformed into peace abroad and social reforms at home. On the contrary, Washington has now launched new wars and military interventions in Libya and Yemen, and no doubt has plans for troop deployments elsewhere.

The explosive spread of militarism abroad is driven by the economic crisis. Having lost its position of unchallenged preeminence in the affairs of world capitalism, US imperialism leans ever more heavily on its residual military might to pursue its global interests and counter its capitalist rivals. This means in the first instance asserting hegemony in the energy-rich regions of Central Asia and the Persian Gulf.

At home, the financial oligarchy that rules America seeks to off-load the crisis of the profit system onto the backs of the working class, pursuing a ruthless offensive against jobs, living standards, social benefits and basic democratic rights.

War abroad and the assault on the working class within the US itself are two sides of the same class policy that finds its expression in Obama’s speech, which promises neither peace nor, for that matter, any peace dividend.

Within the existing political establishment and the two-party system the seething hostility to war felt by the majority of working people finds no genuine expression.

A central role in facilitating the expansion of US militarism is played by the official “antiwar” movement, dominated by a layer of the affluent middle class that supports the Democratic Party and has undergone a protracted shift to the right. Tailoring its activities to the electoral interests of the Democrats, it managed to smother the mass antiwar outpouring that was seen in 2003 on the eve of the Iraq invasion, when millions took to the streets in the US and around the world.

With the election of Barack Obama in 2008, this layer has integrated itself ever more closely into the Democratic Party’s orbit.

Their outlook finds expression in the response to Obama’s speech drafted for the Nation magazine by Tom Hayden, the former Vietnam War protester and longtime Democratic state legislator in California.

Entitled “Obama quickens Afghan withdrawal in face of pressure for peace,” Hayden’s article argues that Obama is “responding to massive public pressure for rapid troop withdrawals,” adding that “Peace advocates should feel a sense of gratification.”

He further insists that there will be a “strategic opportunity … to demand more withdrawals during the key period of Democratic and Republican conventions next year and during the presidential campaign itself.”

Once again, the aim of this layer is to subordinate opposition to the war to the Democratic Party. At the same time, Hayden provides Obama with an alibi for protracted war, writing, “There will be stages involved, because getting out of a military mess of your own making is one of the most difficult challenges.”

In addition, Hayden writes that the “peace movement” should fight to “check Obama’s executive ambitions towards Libya,” a twisted formulation that rejects opposition to the war on Libya itself, but only objects to the refusal of the White House to seek congressional authorization. In the US-NATO war on Libya, a whole layer of these ex-lefts has found its way to the open embrace of imperialism, based on the cynical slogan of “human rights”.

The popular hostility against war that has been politically suffocated by the Democrats and their ex-left defenders can find genuine expression only through the mobilization of a mass independent political movement of the working class against the Obama administration, the two-party system and capitalism, which is the root cause of militarism.

The struggle against war must be joined with the struggle for jobs and the defense of living standards and vital social services against the onslaught that has been unleashed by the profit system. This can be achieved only on the basis of the socialist and internationalist program fought for by the Socialist Equality Party.

domingo, 4 de dezembro de 2011

FMI X Brasil, uma mudança nas relações de poder

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado em 1944, Washington, DC durante a Conferência de Bretton Woods com o objetivo de cuidar da saúde do sistema financeiro internacional. Hoje, esse órgão conta com 187 nações que contribuem financeiramente para a manutenção do fundo. A regra é simples: quem dá mais, tem mais poder dentro do órgão.

Durante a década de 80, o Brasil esteve encrencado com o FMI, já que a nossa dívida externa era enorme e não tínhamos condições de paga-la. Além disso, a inflação estava completamente fora de controle. Para resolver esse grande impasse, inúmeros planos econômicos foram feitos, mas nenhum obtinha êxito.

No meio dessa crise, o FMI enviava fiscais para puxar a orelha do governo brasileiro. Já o povo, sofria com as constantes mudanças de preço e com a frustração de ver que ninguém era capaz de resolver o problema nacional. Contudo, depois de 4 planos econômicos, o Plano Real conseguiu acabar com a inflação galopante e, em 2008, a dívida externa foi finalmente quitada (até hoje muitos duvidam da veracidade desta última afirmativa).

Com isso, a guerra entre o FMI e o Brasil teve fim, entretanto, esse órgão trava batalhas em vários outros fronts. Atualmente, a debilitada Europa é o seu maior alvo, pois os países de lá não estão conseguindo controlar suas dívidas que já ultrapassam o PIB (Produto Interno Bruto) de alguns deles.

Para resolver esse problema, fortes medidas de contenção de gastos públicos estão sendo adotadas por vários governos do continente, o que tem deixando a população enfurecida e sem esperança. Muitos economistas já falam que está será uma década perdida para os europeus, assim como aconteceu aqui durante os anos 80.

Para ajudar a resolver o impasse europeu, a diretora gerente do FMI Christine Lagarde está visitando alguns países para convencê-los a ajudar a Europa. Lagarde esteve no Brasil com esse objetivo, mas não conseguiu nada, pois a equipe econômica se recusa a comprar títulos da dívida (quem não sabe o que são títulos da dívida leia o nosso texto Mas o que é uma dívida AAA?) de países em crise, devido ao alto risco de calote.

Ainda assim, o governo brasileiro afirmou que pode ajudar os europeus através do envio de recursos via FMI, dessa forma não haveria chance de calote e a nossa cota (leia-se influência) no fundo iria aumentar.

É interessante como o mundo dá voltas. No passado, os países que hoje estão em crise ditavam as regras do FMI, entretanto, nos dias atuais, eles precisam de nós. Creio que esse seja apenas mais um sinal de que as relações de poder (a nível mundial) estão sofrendo uma grande transformação.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Falando de sexo

Confesso que demoramos muito para escrever sobre esse tema, que ainda é muito delicado para se falar em nosso país, mas antes tarde do que nunca, não?

Num mundo “moderno” como o de hoje, falar sobre sexo abertamente ainda é um tabu. Pais evitam discutir o assunto, a escola também não aborda, o que cria um grande buraco na educação sexual da pessoa, algo que é necessário para a formação de um ser humano.

Com a falta desse conhecimento, jovens vão procurar esclarecer suas dúvidas com amigos e na internet, o que as vezes não é bom. Na internet muitas informações são errôneas, o que acaba fazendo com que os jovens muitas vezes se confundam. Como alguns pais mantém um diálogo sobre sexo aberto com seus filhos, muitas das vezes a conversa com amigos é a que traz informações mais importantes e seguras.

Pais não conversam, escolas não dão a devida explicação, o que acontece? A falta de conhecimento gera problemas de saúde. A gravidez prematura é o mais comum deles. Adolescentes de 12 anos com dois, três filhos e na maioria dos casos, pobre. A falta de conhecimento faz adolescentes arriscarem suas vidas com DSTs e gravidez de alto risco. Em muitos casos é ainda pior quando as crianças são levadas à clínicas clandestinas de aborto, que não têm material nem higiene adequados para que a cirurgia seja feita adequadamente.

A educação sexual é algo extremamente importante principalmente no mundo atual. O esclarecimento de dúvidas e o diálogo aberto ajudam não só a tirar as dúvidas de seu filho como também auxiliam uma aproximação entre as duas partes.  

Converse com seu filho, tenha uma relação amigável e sempre escute-o quando ele precisar. Um diálogo aberto traz confiança, e isso é indispensável, ainda mais para um adolescente. Afinal, é melhor você saber das aventuras e ter certeza de que ele está se protegendo a você ser surpreendido com a notícia de que será vovô ou vovó.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sou mimado, hipócrita, fumo maconha e estudo na USP


Hoje acabou mais um episódio que na verdade é uma mancha da história do nosso país.


Na noite de 27 de outubro, uma quinta-feira, três alunos foram detidos por porte de entorpecentes, termo legal para porte de maconha. 
A detenção resultou no início de um protesto de 300 universitários contrários á ida dos suspeitos para a delegacia. Durante a ida dos três, houve confronto verbal entre os demais universitários e objetos foram jogados em direção à polícia, que revidou com cassetetes spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral. 

Ainda naquela mesma noite, a sala da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) foi invadida sob desculpa de protesto à atitude da Polícia Militar. E como se não bastasse esse ato babaca, disseram que só sairiam de lá caso a PM parasse de patrulhar a universidade (esse ano foi firmado um acordo entre a polícia e a universidade após a morte do aluno Felipe Ramos de Paiva, durante uma tentativa de assalto). A partir desse momento, a manifestação babaca passou a ser chamada de "movimento estudantil".

Não estou dizendo que movimentos estudantis são ruins, ao contrário. Admito que foram esses movimentos que fizeram do Brasil a república que é hoje, mas devido às últimas mobilizações o foco e a essência se dissiparam, e esses "revolucionários" são ridículos.

"Você foi alienado pela mídia comprada desse país" é um dos tipos dos comentários que surgirão sobre esse artigo. Não, não fui alienado, só estou falando a verdade. Estando entre as 10 principais universidades do Brasil, a USP tem um papel muito importante no cenário acadêmico, o que atrai muitos "filhinhos de papai". Esses mesmos personagens levantam bandeiras dizendo ser "contra a elite e a segregação", "a favor do povo" e que "devemos todos nos unir contra a corrupção". Ótimas palavras (palavras ditas por parte da elite) meus caros, pena que no mundo real o povo tem que trabalhar duro e não são todos bancados pelo pai e perdem horas no trânsito dentro de ônibus enquanto você, "comunista", vai pra universidade no Mercedes-Benz que ganhou da sua família ao passar pra faculdade.

Pedir para o fim das rondas da Polícia Militar é sem dúvida a mais ridícula das reivindicações. Talvez se a PM também desse "um tapa" com os alunos a situação seria outra, mas quanto a isso eu não irei me manifestar.

Para tentarem arrumar algum outro motivo, os estudantes disseram que a reitoria desvia verbas. Parabéns! Invadindo a o prédio e quebrando tudo fará com que essa roubalheira pare. Pena que gastarão mais dinheiro para pagar o prejuízo.
Mobilizações estudantis sempre serão muito bem vindas, desde que tenham algum nexo. Eu quero um país com democracia e seres pensantes, não babacas que querem a polícia fora do campus só pra poderem fumar mais maconha.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Contra a Injustiça #EmDefesadoRio

Ultimamente, nós cidadãos fluminenses temos nos deparado com uma situação muito crítica para nosso estado: a alteração no modo com que os royalties de petróleo são divididos. Você deve estar se perguntando "E no que que isso muda na minha vida?" Isso muda muita coisa, deixa eu explicar.

Sendo o maior produtor de petrolífero do Brasil, cerca de 75% de todo o petróleo tem como origem o Estado do Rio de Janeiro. Hoje, 45% do PIB do estado é proveniente da exploração petrolífera que ocorre em nosso litoral. 

Com a nova divisão dos recursos, o repasse que antes era de 30% para a União, 26,25% para os estados produtores e 26,25% para os municípios produtores passaria ser de 20% para a União, 20% para os estados e 4% para os municípios. Caso seja aprovado, o Estado do Rio terá um prejuízo de mais de R$1,2bi somente em 2012, prejuízo esse que seria crescente. Ainda não está satisfeito? Então vou te assustar um pouco mais.

Como já tinha dito antes, o petróleo faz parte de 45% do PIB do Rio. Com esse dinheiro, o governo, além de investir em infra-estrutura, paga a dívida do estado com a união e cobre o rombo financeiro que a previdência dos servidores do estado causa. Só para deixar bem claro: sem o dinheiro do petróleo, você, servidor estadual do Rio de Janeiro, ficará sem aposentadoria. 

Espero que todos comparecem à manifestação para lutarmos juntos por nossos direitos. Chamem seus parentes e amigos, convide todos! O link para o evento no facebook está aqui, então não há desculpa para não chamar os amigos. Conto com vocês na quinta para lutar contra a injustiça e em defesa do Rio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Interesses da OTAN na "nova Líbia"


Criada após a Segunda Guerra Mundial, a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), teve como principal objetivo defender as potências ocidentais da União Soviética e de seus satélites.

Com o fim da Guerra Fria, a OTAN passou a fazer parte de inúmeros conflitos, como a Guerra do Golfo e a Guerra do Afeganistão e Iraque. O que fez a organização ser fortemente criticada por várias nações do planeta.

Recentemente, essa aliança militar apoiou os rebeldes na Líbia, através do envio de caças e navios, que foram de suma importância para o êxito da operação dos aliados líbios. Mas qual seria o interesse da OTAN em apoiar essa rebelião?

A organização é composta basicamente por países europeus, os EUA e o Canadá (e ainda conta com alguns aliados ao redor do mundo). A Líbia é um dos maiores exportadores/produtores de petróleo do globo (tanto que é membro da OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo), tendo a Europa e os Estados Unidos como maiores compradores da commoditie.

Vejam a grande queda na produção de petróleo líbio
Contudo, na época em que o ditador Muamar Kadafi assumiu   o poder, ele reduziu consideravelmente a exportação/produção de petróleo para as nações citadas anteriormente, o que não as agradou. Isso porque este combustível fóssil é essencial para o desenvolvimento industrial desses países.

Portanto, apoiar os rebeldes na tomada da Líbia pode garantir que os membros da OTAN possuam algum privilégio no acesso ao petróleo daquele país, no futuro. Além disso, instabilidades políticas em nações que produzem muito a commoditie, fazem com que o preço desta fique altamente volátil, causando prejuízos aos investidores e empresas.

Então, caros membros da OTAN, parece que o seu discurso de defesa da democracia já está mais que manjado. 


domingo, 30 de outubro de 2011

Crise europeia, um problema político


A Zona do Euro tem passado por inúmeras provas de fogo, desde quando a crise de 2008-2009 estourou. Nações como Itália e Grécia já possuem dívidas maiores que seus PIB’s. E como o euro é a moeda comum do bloco, torna-se muito mais fácil ser contagiado pelos problemas do vizinho.  

Podemos ver isso com a atual crise grega, onde já é evidente que, se a Grécia quebrar, muitos irão para o buraco. Mas por quê? Grandes bancos franceses e alemães possuem títulos da dívida do governo grego, então, se a Grécia quebrar, esses bancos não serão pagos. O que causará um rombo de bilhões de euros nas contas desses credores, podendo leva-los para o buraco.

Com a quebra dos bancos, os governos terão de resgatá-los com bilhões de euros, pois já vimos o que acontece quando um grande banco quebra e ninguém o salva (efeito Lehman Brothers): um enorme efeito dominó, que derruba e quebra inúmeras instituições e até mesmo países.

Portanto, com medo de uma contágio, os dirigentes da Zona do Euro estão encontrado saídas para solucionar os problemas de endividamento de alguns países do grupo. Um deles foi a ampliação do Feef (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) de 440 bilhões de euros para 1 trilhão de euros, através de investimentos entrangeiros. Com a ampliação do fundo será possível ajudar economias que estão endividadas, como Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Grécia.

Além disso, como resultado da última reunião entre os governantes do bloco, foi decidido que os gregos teriam 50% de sua dívida perdoada. Assim, a Grécia não precisará pagar 100 bilhões de euros aos credores. Essa notícia acalmou os mercados, fazendo com que as bolsas de vários países fechassem com forte alta. Contudo, essa foi apenas uma batalha que a Zona do Euro venceu. A guerra ainda está longe de acabar.

Além do problema financeiro que o bloco enfrenta, existe a questão política que também está em jogo. Na Itália (uma das nações que está altamente endividada), o premier Silvio Berlusconi enfrenta fortes pressões internas de políticos e da população, devido a escândalos de corrupção, e externas do FMI e de dirigentes da União Europeia, já que as medidas de austeridade não estão funcionando.

Na Inglaterra, nação que faz parte da EU, mas que não usa o euro, 49% da população deseja que o país saia do bloco comum europeu. A Espanha enfrenta altas taxas de desemprego e na Alemanha, o motor da Europa, os contribuintes estão se perguntando por que o dinheiro de seus impostos está sendo usado para socorrer países com complicações financeiras, o que coloca o governo de Angela Merkel numa grande saia justa.

Logo, para que essa grande guerra acabe bem, será necessário que a Zona do Euro solucione não só os problemas financeiros, mas os políticos também.  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Casamento homoafetivo


   25 de Outubro de 2011, mais uma vitória da comunidade LGBT. Depois  da União homoafetiva ter sido reconhecida em maio, hoje foi a vez do casamento homoafetivo. 
   Em maio o STF decidiu que os casais formados por pessoas do mesmo sexo constituem família, podem formar união estável e devem ter reconhecidos todos os direitos garantidos na Constituição referentes à união estável e um desses direitos, segundo o 226 § 2 é o casamento civil. Isso foi inclusive o entendimento dos juízes que em junho autorizaram o primeiro casamento civil entre dois homens, que foi celebrado no Dia Internacional do Orgulho Gay, dia 28 de junho. 

  Hoje, o caso julgado foi de duas gauchas que ja viviam juntas e tiveram recusas para a formalização do casamento. Elas recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, não obtiveram sucesso em primeira e segunda estâncias até recorrerem ao STJ.
  O julgamento começou na quinta-feira (20/10) mas foi interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro Marco Buzzi. Hoje na volta do julgamento um dos ministros, Raul Araújo, mudou seu voto sob a alegação de que a inconstitucionalidade do caso deveria ser julgada pelo STF (Superior Tribunal Federal). Já Marco votou a favor e disse que "Não existe um único argumento jurídico contrário à união entre casais do mesmo sexo. Trata-se unicamente se restrições ideológicas e discriminatórias, o que não mais se admite no moderno Estado de direito."

  Um dos vários argumentos feitos pelo advogado do casal era que como não havia nenhum artigo na constituição dizendo que o casamento é proibido, ele é permitido.

  De novo, religiosos fizeram campanhas para que fiéis enviassem e-mails dizendo que casal homossexual não constitui familia e que "Não é coisa de Deus." Mais uma vez a pressão dos religiosos não adiantou nada e o casamento foi autorizado, o estado provou mais uma vez que é de fato laico.
Hoje foi mais uma batalha vencida em defesa aos direitos LGBTs. Ainda há muitas a serem enfrentadas e o todos pedimos é o básico: Que independentemente de credo, cor e orientação sexual, recebamos o mesmo respeito e tenhamos os mesmos direitos.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sabedoria

Temos tantas chances e tantos caminhos por onde podemos ser felizes, tristes, podemos nos perder, mas por um acaso nos encontramos e, por algum motivo, ao olhar para frente eu avistei a felicidade e um sorriso se abrindo em seu rosto. O acaso não está aqui por acaso, existem tantas inimagináveis maneiras de se pensar e, de alguma maneira, meu pensamento esbarrou no seu, há tantos e infinitos caminhos e mesmo assim os nossos se cruzaram.
Quem vem a sua cabeça para quem você poderia estar falando essas coisas? Naturalmente um amor... Mas com certeza cada pessoa que aparece na sua vida tem algum propósito, por menor que seja. Alguma coisa essa pessoa tem para te acrescentar, mesmo que esta seja mais nova, ou com menos instrução, ou até mesmo tenha feito você sofrer, porque de algum modo esse sofrimento te ensinará alguma coisa. As pessoas sábias são as que reconhecem que de cada detalhe da vida, pode-se retirar conhecimento. 

Há uma delicada diferença entre conhecimento e sabedoria, esta segunda vai além... É o que envolve toda uma capacidade de absorver o melhor de cada lição e, principalmente, ter ciência de que tudo tem um por que, um motivo, uma consequência e uma lição que mais cedo ou mais tarde você vai precisar se lembrar para agir como uma pessoa digna de sabedoria e não cometer os mesmos erros, ou até evitar alguns.
A vida é 
instigante e misteriosamente alucinante, cheia de curvas sem placas de aviso, precipícios medonhos e atalhos traiçoeiros, mas é preciso enxergar além das dificuldades, pois tudo tem seu lado bom e ruim...Tudo! Então em vez de se lamentar, procure o melhor ângulo para se lançar o olhar, vai que bate o sol e aparece um arco íris? Lembre-se de olhar pro lado e sorrir pra quem estiver compartilhando da vista com você, porque os melhores momentos só acontecem quando o universo todo conspira a favor deles.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A morte de um ídolo

Já fui criticado por quem fala que idolatro demais o Steve Jobs, que as vezes fujo da verdade ao falar sobre ele e coisas do tipo, mas nunca serei imparcial ao falar da figura que ele é.

Hoje todos nós recebemos uma péssima notícia: Steve Jobs morreu. Criador da Apple (autalmente a maior empresa de capital aberto do mundo em valor de mercado), dos estúdios Pixar (hoje comprados pela Disney) e pai de produtos como o o iPad, o iPhone e o iPod, Steve foi um dos maiores gênios do século XX.

Jobs defendia a popularização da tecnologia com qualidade (coisa não muito comprovada já que seus produtos nunca foram tão baratos assim, mas sempre estiveram entre os melhores). Também defendia a acessibilidade nos computadores e nos gadgets, o que de fato era provado com a usabilidade de suas criações.

Depois de quase ter ido à falência na década de 90, a Apple foi salva por, pasmem (ou não) por Bill Gates. Gates, hoje “aposentado” fez uma ótima jogada: além de tirar a maior empresa do mundo do buraco, ele investiu na empresa que hoje em dia é a principal ameaça à Microsoft, ou seja, perde-se por um lado e ganha-se por outro.

A “luta” de Jobs começou em meados de 2004, quando seu câncer o deixou debilitado justamente na época em que a marca estava em seu auge comercial. Depois disso, passou por um transplante de fígado e por conta disso teve sua morte publicada acidentalmente em importantes redes de notícia como a Bloomberg.

Depois disso foram vários casos de internações, melhoras e pioras no seu estado clínico. Nessas suas idas e vindas, ele lançou o gadget que é o mais querido por todos: o iPhone. O iPhone foi uma revolução no mercado de smartphones. Naquela época, não se imaginava um telefone com tantos recursos e tanta tecnologia. Lembro-me de vazamentos de documentos de empresas como as Nokia em que membros da direção diziam não acreditar que um aparelho como aquele fosse possível. 

Aos que olhavam de fora, Jobs estava bem, continuava participando ativamente das criações da empresa, apresentava novos produtos e jamais estagnação, mas ele piorava... Em agosto, Stevie saiu do comando da empresa alegando motivos pessoais (obviamente por causa da doença), todos sabíamos que algo ruim estava por vir, e veio.
Nesta quarta feira, 5 de outubro de 2011, Steve Jobs morreu em decorrência do seu câncer. Não fui só eu que perdi um ídolo, não foi a Apple que perdeu um fundador, foi o mundo que perdeu uma grande mente.


Vá em paz, Stevie!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quando Me Deito

Deito a cabeça no travesseiro
Fecho meu olhos lentamente
E um mundo se abre na minha mente
Angustias propagam-se

Planos vão surgindo para o amanhã
Tudo o que eu quero é descansar
Para acordar pela manhã
Mesmo que meu consciente grite por uma noite de sono

Minhas ideias a mil me deixam tonto
Lembro do dia de ontem, 

Lembranças que fazem rir por dentro
Sinto borboletas no estômago,

Não aguento...
O coração dispara

Penso no próximo encontro
Ensaio todas as falas
Construo todo um futuro para nós dois
Pouco me importa se é fruto da minha imaginação
Disso eu tomo conta depois...
Quero pegar meu celular

Seu número discar
Interromper seu sono
Só pra te dizer que em ti não paro de pensar
A coragem não é suficiente nem para os olhos
 abrir
O que me resta é desejar bravamente
Para que em seus sonhos eu possa sorrir
Te dar um beijo de boa noite
Te fazer um cafuné

Admirar seu encantos
E dizer baixinho no seu ouvido:
"Boa noite meu amor, durma com os anjos"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Brasil e a crise mundial


O mundo está quebrado. As grandes potências do mundo já não conseguem sair do buraco, desde a Crise de 2008-2009 e muitos já falam em um novo período de grande recessão. O Fundo Monetário Internacional (órgão internacional que assegura o bom funcionamento do sistema financeiro) revisou a média de crescimento mundial para baixo. Será que o mundo enfrentará um “mergulho duplo” (W)?

Mas o que é “um mergulho duplo”? É um termo usado pelos falantes do economês para dizer que, depois de uma crise (como a de 2008-2009), o mundo teve uma leve recuperação, mas entrará em recessão novamente. Isso ocorre quando os problemas da última crise não foram devidamente solucionados, ou seja, ainda há muitas feridas abertas no sistema financeiro.

Esse anúncio de uma nova recessão pode ser confirmado por inúmeras notícias que vemos todos os dias nos noticiários: Zona do Euro em crise, Estados Unidos não saem do CTI, Japão ainda nem respira... Enfim, parece que é difícil crer que não estamos entrando em mais um período sombrio.

Enquanto isso, no Brasil, a inflação e a alta do dólar começam a incomodar. Isso porque, com a alta da moeda americana, produtos que são importados ficam mais caros e isso ajuda no aumento da inflação. E o como esse “mergulho duplo” pode atrapalhar a nossa nação?

O Brasil é profundamente dependente da exportação de commodities (gêneros agrícolas, petróleo, minério de ferro e outros). Os países desenvolvidos são os maiores comparadores desses produtos, logo, com uma crise, a demanda por commodities por parte dessas nações vai cair consideravelmente. Isso levará a uma queda nos preços destes produtos, que por enquanto se encontram em alta. Portanto, nossas exportações serão afetadas.

Contudo, como nem tudo em economia é completamente ruim, essa queda na demanda mundial pelos nossos produtos contribuirá para o controle da maligna inflação. Recentemente, outras medidas têm sido tomadas para controlar esse antigo fantasma. Uma delas foi a de segurar o consumo, através do aumento do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) sobre os carros que não são produzidos no MERCOSUL e/ou que não possuaem 65% do conteúdo brasileiro. Com isso, os analistas preveem um aumento de 25% a 28% no preço dos automóveis.

O mercado de ações daqui também será afetado se uma nova crise começar, já que as bolsas americanas e europeias ditam o humor dos mercados. E como estes países serão profundamente afetados por esse evento, suas bolsas também sentirão a forte pancada.  

Portanto, os efeitos de uma possível crise aqui não serão tão catastróficos, mas sim nos países desenvolvidos. Ainda assim, devemos torcer para que eles saiam logo dessa terrível situação, pois, para que a saúde financeira do mundo esteja boa, é necessário que a deles também esteja.