sábado, 30 de abril de 2011

Ô povinho fofoqueiro


“Você viu o que a Claudia fez no cabelo?” “Não sabe o que me contaram.” “Nossa, como ela tá gorda.” “Me disseram que o restaurante dele é uma espelunca.” Eita fofoca boa danada; e para os telespectadores assíduos do TV Fama eu deixo uma dica extremamente valiosa, cuida da tua vida que é muito mais produtivo, criatura.
Que nós somos bichos extremamente fofoqueiros não é difícil perceber, mas se analisarmos um pouco mais profundamente e ampliarmos o nosso conceito de fofoca, vamos ver que é isso que fazemos basicamente o tempo inteiro. Ou estamos falando de alguém, ou estamos olhando para o que alguém está fazendo ou, pior, estamos tomando nossas decisões pautados em opiniões de outras pessoas.
Seres humanos são animais, por natureza, essencialmente gregários, tanto é que mesmo quando sozinhos estamos pensando e/ou dialogando, ainda que conosco. A vida em sociedade depende disso, mas eu me refiro aos excessos. Incomoda-me profundamente estar em um lugar e as pessoas que estão comigo estarem todas torcendo o pescoço para ver o louco palestrando na rua, ou a briga do casal na mesa ao lado ou seja lá o que for que não lhes diga respeito.
Eu entendo e até aprecio a curiosidade, mas será que é realmente difícil deixar as outras pessoas em paz? Falando sobre celebridades, como elas aguentam aqueles paparazzi em cima delas o tempo inteiro para suprir a “necessidade fofocal” de pessoas que não tem nada a ver com elas, que elas nunca chegaram a ver? Aí, quando essa celebridade se estressa, os mesmos mexiriqueiros enchem a boca para falar mal da pessoa que eles mesmos colocaram naquela situação de pressão extrema. É patético.
Meu texto de hoje é um pedido encarecido a todos vocês que vestiram a carapuça, vamos maneirar, pessoal. Ninguém vai deixar de fazer sua fofoca, eu não vou, mas tudo tem limite e tem (muita) gente extrapolando (muito) o aceitável.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O casamento de Kate e Willian, uma arma contra a crise econômica britânica

Os noivos Kate e Willian

No dia 29 de Abril ocorrerá, na Inglaterra, um evento que o mundo inteiro está de olho: o casamento do príncipe Willian com Kate Middleton. No Brasil e em todo o planeta, rádios, canais de televisão, revistas e jornais só falam disso, mostrando onde será a cerimônia, onde os noivos irão morar, a roupa que o príncipe vai usar... Enfim, uma cobertura completa do evento.

Além disso, o custo do casamento também é muito discutido. Os valores são diversos: R$ 100, 64, 32, 10 milhões e outras várias cifras já foram citadas pela mídia. São números bem altos para um país que está se recuperando da crise financeira de 2008-2009, não?

A crise que acertou em cheio os países do continente europeu causou dor de cabeça aos ingleses, que mesmo não utilizando o euro como as demais nações da União Europeia (a moeda nacional é a Libra Esterlina), sentiram os efeitos desse grande efeito dominó. Ano passado, o déficit público chegou a quase 66% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, o que fez o governo do jovem David Cameron cortar inúmeros benefícios sociais, colocando em risco o welfare state (estado de bem-estar social) com que os britânicos tanto gozavam.

Com isso, inúmeras manifestações ocorreram nas ruas de Londres e de outras grandes cidades do Reino Unido, como a de estudantes que protestaram contra o corte de verba de escolas e universidades. Os imigrantes, que antes viam o país em questão como um ótimo lugar para começar uma vida nova, não conseguem encontrar emprego e muitos estão sendo obrigados a voltar para a sua terra natal.

No meio desse cenário turbulento, o governo (leia-se o povo) tem que pagar para manter um dos maiores símbolos nacionais: a Rainha Elizabeth II. Em 2006, a própria monarca revelou que custava aos seus súditos menos que um cafezinho (1,13 dólares ou 90 centavos de euro). Na época, Elizabeth custava 37, 4 milhões de libras aos cofres públicos. Por isso, a monarquia divide opiniões. Onde uns concordam com a sua existência e outros com a sua extinção.

Entretanto, analistas veem o casamento real como um poderoso remédio que ajudará na recuperação da economia inglesa. O turismo representa aproximadamente 10% do PIB da nação e com o casamento espera-se que 730 milhões de euros entrem no país junto com 600 mil pessoas que irão acompanhar a cerimônia de perto. Além disso, as lojas de souvenirs londrinas também estão lucrando, já que estão vendendo xícaras, pratos e camisas com o rosto do casal. Outro evento que atrairá milhares de turistas de todas as partes do mundo para a Inglaterra são os Jogos Olímpicos, que ocorrerão no ano que vem.

Portanto, é evidente que o turismo será uma das maiores armas do governo inglês para sair de uma vez da crise. Enquanto isso, o povo (ou pelo menos uma boa parte dele) esquece esse fantasma econômico contanto as horas para o grande dia que reunirá milhares de pessoas nas ruas de Londres.   

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre Chuva

Quantas vezes tem que acontecer para o problema ser resolvido?


"Ali você tem três rios: Trapicheiro, Joana e Rio Maracanã. É uma região crítica, baixa e que vai dar no Canal do Mangue. A prefeitura tem o projeto da construção de piscinões, o desvio do Rio Joana. É um projeto de mais de R$ 200 milhões e esperamos a liberação do dinheiro ainda este ano. Não é uma obra rápida, a gente ainda deve sofrer algum tempo. Mas caminhamos para uma solução definitiva”, afirmou Eduardo Paes ao site G1.



Localizada perto da Mangueira, a UERJ foi abrigo para estudantes e moradores das redeondezas. “Não tem como passar, a porta do meu prédio entrou água. Eu moro em frente à UERJ, na rua São Francisco Xavier. Aqui o negócio está feio”, disse um vizinho da faculdade.



O que realmente procupa é o fato da praça da bandeira ser via de um dos principais acessos ao estádio Mario Filho (Maracanã) que será um dos principais palcos da Copa do Mundo de 2014. Supondo que ainda demore algum tempo para liberar a quantia, até quando o carioca vai ter que sofrer com essas enchentes?

O feminismo e a atualidade

Estava outro dia pensando sobre a vida ao olhar para a janela do ônibus com meus fones de ouvido a caminho do colégio, até que começou a tocar Rebel Girl, da banda Bikini Kill. Com esta banda precursora do movimento feminista no cenário musical (o movimento Riot Grrrl) de trilha sonora, comecei a pensar no movimento feminista em si.
 
Antes, falemos um pouco do feminismo:
O termo “feminismo” soa com um ar de superioridade da mulher, mas não é isso que significa. Na verdade preza-se a igualdade dos sexos, o direito das mulheres, e hoje em dia abrange até os movimentos contra a homofobia e o racismo. 


A maior importância desse movimento foi a alteração das perspectivas predominantes em distintas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas praticaram campanhas a favor dos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação. 


Antes do Riot Grrrl, só uma banda feminina (feminina por ser formada por mulheres e mostrar que elas mandam tão bem como qualquer homem) conseguiu seu espaço na indústria; mais conhecida atualmente pelo filme atuado pelas atrizes Dakota Fanning e Kristen Stewart, The Runaways demonstra esta vontade pela consquista e reconhecimento feminino.


Até hoje vejo a desigualdade de perto, apesar de vivermos num mundo tão moderno e que as pessoas são teoricamente mais ‘mente aberta’. Desigualdade pra mim pode vir até de um favor em demasia, como abrir portas para mulheres passarem, carregar suas coisas (se tiver pesado e ela estiver inapta está permitido) ou obrigatoriamente pagar a conta toda. Posso se extremista, mas isso é sexismo. Tanto quanto ‘mulher não joga futebol’, ou ‘mulher não luta’, ‘homem não dança’, ‘homem não faz faxina’. Sou mulher, jogo bola, luto, carrego minha própria mochila, faço faxina, minha mão sabe abrir uma maçaneta, divido a conta e não sei dançar. Isso sim é igualdade.

sábado, 23 de abril de 2011

“Vamos Fazer!” – A maior iniciativa verde já vista

Símbolo da campanha "Vamos Fazer"
Em 2008, em uma das antigas Repúblicas Soviéticas, aconteceu algo que os grupos verdes irão lembrar para sempre. Uma ação que visava reunir 40.000 pessoas para limpar todo o lixo da Estônia e em apenas um dia.

Integrante da União Europeia e da OTAN, a Estônia faz fronteira com a Rússia e com a Letônia. Possui o 34.º maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, o PIB (Produto Interno Bruto) estimado em US$ 26, 85 bilhões, uma população de apenas em 1.324.409 habitantes e uma área de 45.228 Km². É evidente que se trata de uma nação pequena, mas como tantos habitantes foram reunidos? 

Toomas Trapido, Kadri AlliKmãe e Rainer Nõlvak tiveram essa idéia e em poucas semanas conseguiram reunir 20 voluntários. Em pouco tempo, esse número aumentou para 650! O grupo chamou os melhores profissionais para fazer com que a iniciativa desse certo e estes aderiram, pois se sensibilizaram com a causa.

A mídia, grupos especializados em tecnologia, políticos, cantores, atores e até mesmo o presidente do país aderiram ao movimento. Depois, com a ajuda de 720 voluntários, mapearam o tipo e onde se encontravam os principais focos de lixo. Eles fizeram isso através de um software, desenvolvido pelos integrantes do grupo, integrando ao Google Earth. Com isso, os voluntários podiam ir ao lugar certo quando fossem realizar a limpeza.

Com a ajuda dos símbolos culturais, a campanha ganhou força não só na internet, mas na televisão que não cobrava nada para que a campanha fosse divulgada. De repente, anúncios do “Vamos Fazer” estavam por toda a parte.

Duas semanas antes do dia da grande limpeza, 10 mil pessoas já estavam registradas e quando o “Dia D” chegou 50 mil pessoas apareceram para ajudar. Ou seja, 10 mil pessoas a mais que o esperado. Ao todo, 4% de toda a população da Estônia limparam o país em apenas um dia e ainda com a ajuda de inúmeros habitantes de outros países, como Finlândia, Letônia, Lituânia, Alemanha, China, Estados Unidos e Suécia.

Se uma iniciativa dessas ocorresse no Brasil, creio que um número considerável de voluntários iria aderir ao movimento. Na época das enchentes na região serrana, a população do Rio de Janeiro e de outros estados não só enviava alimentos, roupas e água, mas também ajudava na logística do processo, para que tudo isso chegasse até o local da tragédia.

Em Portugal, o movimento “Mãos à obra! Limpar Portugal!” realizado em 2010, baseado no que ocorreu na Estônia, também obteve êxito.

Nossa nação é bem extensa, contudo dispomos de uma grande população. Então, “Vamos Fazer- in Brasil”? Só é necessário que alguém dê o primeiro passo.

Não deixem de conferir o vídeo do movimento “Vamos Fazer”.

   

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Twttr!


Estava eu, conversando com meus amigos sobre meios de comunicação e cheguei à uma conclusão: o Twitter é uma das maiores revoluções dos últimos anos no ramo. Sei que se ler isso sem parar pra pensar sua primeira resposta será não, já que uma simples rede de microblog não seria capaz de causar uma revolução. Eita, Causou.

Durante as revoltas populacionais no Irã e no Egito, o Twitter era a única saída para a censura dos governos ditatoriais dos países. A rede social também é muito utilizada por jornalistas e grandes redes de televisão para a divulgação de notícias. Nos ataques no Rio de Janeiro e consequentemente a invasão das forças armadas no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, o Twitter também foi fonte de informação, mas também ajudou a espalhar boatos. Criminosos e pessoas irresponsáveis tweetavam falsos ataques, fazendo com que a população acreditasse nesses contos, um ponto muito negativo na rede.

Apesar disso, alguns protestos feitos no Twitter têm dado certo, a 'Lei ficha limpa' chegou ao congresso depois de ter a maioria de suas assinaturas conseguidas a partir de uma série de tweets apoiando o ainda naquela época projeto de lei. Outro protesto bem recente que teve sucesso foi contra a marca de roupas Arezzo, que recentemente havia lançado a coleção 'Pelemania', que continha roupas e acessórios feitos com peles de animais exóticas, como pele de coelho e raposa. Depois do início dos protestos, a empresa acabou cedendo às pressões e tirou a coleção das lojas.

Esses dois últimos casos comprovaram como a ferramenta serve para mobilizar pessoas, lançar verdadeiras campanhas, provando que é possível uma organização entre os usuários do microblog para manifestações.

O Twitter já tem 5 anos de existência com uma grande disseminação entre usuários de pessoa física e jurídica e, segundo as agências, o serviço só tem a crescer mais e mais. O site é uma ótima ferramenta de informação e diversão, mas tem que ser usado moderadamente como qualquer outro serviço desse mundo chamado internet. Aos que estão em dúvida sobre fazer ou não uma conta no Twitter, indico a fazerem. Daqui a pouco graças à explosão dos smartphones, a maioria das pessoas terão seu perfil e eu anseio muito por isso.

Aos que já tem sua conta no Twitter, sigam o perfil do blog e nossos perfis pessoais:



terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre negócios da China


A Presidente Dilma Rousseff visitou a China no último dia 15 de abril.


Segundo a presidente, foi possível “abrir portas” comerciais: “abrir as portas para que mais produtos brasileiros, produtos mais elaborados entrassem na China; trabalharmos juntos em áreas importantes, como a de ciência e tecnologia.”




Entrando nos detalhes das negociações, prossegue: “Um dos acordos que firmamos foi abrir o mercado chinês para a exportação de carne de porco. Um outro ainda, foi para a venda de aviões. A Embraer já vende aviões para a China, mas, nessa viagem, nós combinamos a venda de 35 aviões da família B-190 – são jatos que vão gerar em torno de US$ 1 bilhão para o Brasil.”




Não podemos esquecer que a China e o Brasil foram países emergentes que cosneguiram sair da crise de 2008 sem grandes estragos. Mas de que forma isso foi conseguido?




Tudo começou em 1978 quando Deng Xiaoping iniciou um ambicioso projeto de reformas visando a modernização da China e mais tarde teve prosseguimento quando, em 1989, começou a aplicar um programa de privatizações das empresas estatais. Nos anos 90 continuou a caminhada rumo desenvolvimento com a “escalada industrial” em cima do padrão asiático de desenvolvimento.




Agora a situação é outra: com a moeda desvalorizada e o dólar sobrevalorizado, brasileiros de diferentes setores tem atitudes diferentes. Para os agricultores, a China é uma boa oportunidade. Para os manufatureiros é uma ameaça. Investidores brasileiros podem ser considerados em cima do muro.


Como na década de 70 foram planejados os PND’s (Plano Nacional de Desenvolvimento); como a década de 80 foi efetivamente perdida; como a de 90 foi a da estabilidade e a do ano 2000 ao 2010 foi pautado em cima do superávit primário (mesmo com alguns macetes fiscais), precisamos estabelecer o plano estratégico de desenvolvimento pois é necessário amarrar as pontas porque antes de mais nada é necessário proteger a indústria nacional.






Algumas informações foram retiradas do programa Café com a presidenta. Clique aqui para visualizar na íntegra.

domingo, 17 de abril de 2011

Falta de educação em cartaz


Meu programa favorito é ir ao cinema, mas de uns tempos para cá vem ficando cada vez mais difícil prestar atenção no filme. O cinema tornou-se um ponto de encontro, não mais um lugar para onde se vai apreciar arte, e o público que faz das poltronas do fundo a sala sua praça de alimentação vem piorando na mesma intensidade.


Não há nada de mais em reunir-se com seus amigos para ir ao cinema, eu preciso ser extremamente detalhista por aqui, como já constatado, eu só estou reclamando com você se for a sua turma aquela que fica falando alto, balançando as cadeiras da fila da frente, fazendo comentários supostamente engraçados sobre o filme (você realmente acha que alguém acha aquilo legal?), entre outra série de coisinhas que tiram a paciência de qualquer um. Então, se você já levou bronca na hora do filme de alguém um pouco mais velho sentado próximo a você, bem feito, eu estou com ele.


Todo problema tem uma origem. O grupo, normalmente de adolescentes, que vai ao cinema para azucrinar os outros, não é mal-comportado apenas em salas escuras, é o mesmo tipo de pessoa que atrapalha suas aulas na escola, que dá trabalho para os seus pais, é o mesmo playboyzinho que se mete em roubada, enfim, gente que acha que é legal, mas – justiça – não vai fazer porra nenhuma de produtivo até quebrar a cara aos vinte e cinco anos, quando papai e mamãe resolverem parar de passar a mão na cabeça dele e cortar a mesada.


O problema original aqui é a falta de educação, seja lá de onde ela for proveniente, e com ela, vem a falta de respeito. Eu tenho vergonha de pertencer à minha geração e digo isso a quem perguntar sem o menor problema. A massa é vazia, desrespeitosa, sem projeção alguma de futuro e que vive a ilusão da filosofia de vida barata e idiota de programa sensacionalista da tarde que incrivelmente virou dogma, quase um mantra, de que se deve viver o hoje, sem pensar no amanhã. Se o seu ponto de vista é de que amanhã você pode estar morto, você vai morrer pensando assim, e eu adianto a causa, fome.


A coisa é tão preocupante que eu sou obrigado a reduzir os meus pensamentos, os meus textos, pela metade – o que é a causa de muitas das más interpretações que são feitas sobre eles – simplesmente porque um adolescente, que em teoria, está formando seu caráter, está apontando o que será na vida, não consegue ler um textinho de duas páginas se não for sobre vampiros. Isso é sério, isso é muito sério, e eu tenho certeza de que esse cara do cinema, quem realmente deveria estar lendo isso aqui, nem abriu o blog, porque ele está ocupado vendo a página de esporte.

sábado, 16 de abril de 2011

Paul McCartney, A lenda viva.

14 de abril de 2011. Início das vendas dos ingressos mais preciosos da face da terra (para os reles mortais como eu, não-clientes do Banco Bradesco que tiveram pré venda exclusiva), o do show do Paul McCartney no Rio de janeiro, dia 22 de maio de 2011. Meu dia começou bem, como de usual, nas minhas duas horas diárias de academia, e ao chegar em casa, tomo um banho e vou para o twitter. Quando fui verificar minhas mentions (ou replies, tweets com o seu usuário citado), vi que um amigo meu me enviou o link do ingresso.com e fui comprar meu tíquete. “Erro”. “Atualizar página”. Apenas um setor ainda com ingressos a venda. “Erro”. “Atualizar página”. Ingressos esgotados. Lentamente sinto a predominância de desapontamento, frustração. Minhas lágrimas não se agüentavam em meus olhos e cismavam em cair. Muitas e muitas vezes, ao decorrer do dia inteiro.
Sir Paul em sua turnê Up and Coming Tour, que o traz
de volta ao Brasil
            Mas peraí, quem é Paul McCartney mesmo?
Sir James Paul McCartney, 68, é um músico Britânico, ex-Beatle (na minha opinião o mais importante e carismático), que após o término de sua banda mais conhecida partiu para carreira solo e mais tarde com o Wings(com sua esposa Linda McCartney – o amor mais verdadeiro que já existiu. Um dia escrevo sobre ela). Vegetariano e defensor dos direitos dos animais e da educação musical, um exemplo a ser tomado. Simplesmente um dos caras mais importantes da história da música contemporânea e faz tudo isso sorrindo. O ídolo mais influente na minha formação como pessoa, música e cidadã.


Mas é como dizem, depois do furacão vem o arco-íris, certo? Pois bem, pelo fato dos ingressos esgotarem em 1h18min de venda, haverá um show extra (23 de maio). E nesta vez não deixarei de ir. Sir Paul, me aguarde!


Os ingressos começarão a vender dia 16 de abril de 2011 (sábado) à 0h para clientes Bradesco, e para o público aberto dia 18, às 9h.
As vendas podem ser efetuadas na bilheteria do Engenhão (estádio João Havelange) ou via internet pelo site www.ingresso.com
(Estou chegando no pote de ouro, ah se chego!)


Barbara Celestrini é estudante de técnico em meio ambiente, escorpiana e apaixonada por música. Vamos ver no que dá essa mistura aqui no blog.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A felicidade dos geeks brasileiros

Como já adiantado no post publicado pelo Mateus ontem, a Foxconn, empresa terceirizada que fabrica os produtos da Apple, estuda um investimento de US$12 bilhões, para a criação de uma fábrica que produrizirá iPads. O começo da produção seria ainda esse ano, em novembro. O local da fábrica ainda não está confirmado, mas estima-se que se a montagem realmente for feita no Brasil, serão abertas 100 mil vagas de trabalho. Bom, agora é a hora em que os geeks sonham.

Com a fabricação em terras tupiniquins e a redução de impostos, o tablet pode chegar a ser até 30% mais barato e com certeza isso vai fazer com que aconteça uma maior penetração dos tablets no mercado de eletrônicos. Além disso, a Apple começará a olhar com outros olhos para o Brasil, podendo futuramente fabricar não só iPads como também iPhones e iPods, e quem sabe até abrir a primeira Apple Store brasileira?

De fato, tudo isso é bom para o desenvolvimento do nosso país, gerando emprego e ajudando na compra daquele tocador de MP3 "supérfulo" que a gente sempre quis ter, mas até agora não há nada constatado. O próprio Aloizio Mercadante, Ministro da Ciência e Tecnologia, disse que por enquanto não existem contratos fechados, isso foi apenas uma proposta apresentada à presidenta Dilma e ao governo.

Bom, enquanto isso, nós, geeks, torcemos para Deus ou o Titio Jobs olharem para nós com bons olhos. Agora é torcer, torcer para o acordo ser fechado, a fábrica ser instalada no Brasil e o que eu disse no meu post sobre tablets se tornar realidade.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Gigantes, iPads, jatos e porquinhos

A delegação brasileira, comandada pela presidente Dilma Rousseff, teve ótimos resultados na visita à China. Acordos econômicos e diplomáticos importantes, principalmente para o Brasil, foram assinados, mostrando a força e importância global dessas duas potências emergentes.

As relações comerciais entre o nosso país e o gigante asiático são bastante desiguais, já que vendemos commodities (principalmente minério de ferro para alimentar as grandes indústrias chinesas) para eles, enquanto a China exporta pra cá produtos manufaturados, a preços baixíssimos. Isso se deve ao fato de nosso parque industrial ser muito mais atrasado, logo menos competitivo, que o chinês. Assim, exportamos poucos manufaturados para lá.

Alguns dizem que o objetivo de Dilma nesta visita é deixar essa relação com um dos nossos maiores “parceiros” econômicos mais justa. Contudo, só isso não adianta. É necessário que se faça uma grande modernização na indústria brasileira. Mesmo assim, a delegação não voltará de mãos vazias.

Os chineses compraram jatos da Embraer e autorizaram empresas brasileiras a exportar carne suína para o país, além disso, eles exigem que o Brasil reconheça a China como economia de mercado. Para o lado brasileiro, os ganhos foram um tanto mais interessantes. A Foxconn, empresa que fabrica componentes para a Apple, investirá 12 bilhões de dólares no país, com a construção de um grande complexo fabril. Nele, serão produzidos displays eletrônicos para aparelhos em geral.

Outra boa notícia dada pela Foxconn (e que animará os Apple fans) foi que Steve Jobs autorizou a taiwanesa a produzir iPads em solo nacional, o que diminuirá o preço do produto aqui. Contudo, não se sabe onde os famosos produtos serão fabricados, pois a empresa de Jobs irá negociar com os estados brasileiros. O que der mais incentivos vencerá.

Além dos investimentos, Dilma conseguiu apoio do gigante asiático para que o Brasil seja membro efetivo no Conselho de Segurança da ONU. Estes membros têm direito a veto nas decisões do conselho, o que daria ao nosso país uma grande importância no cenário mundial. Com o apoio da China e dos Estados Unidos, parece que a maior nação da América do Sul tem mais chances de conseguir a tão desejada cadeira efetiva.

Ao todo, foram 22 acordos assinados, US$120 milhões em negócios e US$13 bilhões em investimentos, segundo o jornal “O GLOBO” (13-04-11).

A relação comercial entre esses dois gigantes não ficou mais justa, pois, como já foi mencionado, seria necessária uma grande mudança no setor industrial brasileiro para que tivéssemos no mínimo alguma chance para competir com as gigantes indústrias chinesas e sua mão de obra barata. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

A explosão dos QRCodes


QRCode, esse é nome do futuro da interatividade. Ainda não sabe o que é isso? Então não tem problema, porque eu vou lhe explicar.

QRCode é um tipo de código de barras que pode ser lido e interpretado de uma forma bem rápida, por isso o “QR” (proveniente de Quick Response) no nome. Sendo mais usado em crachás, cartões de visitas e para cadastramento de produtos, mas o mercado da publicidade, como sempre muito esperto, achou que o QRCode podeira ser usado a seu favor com a realidade aumentada.

Empresas passaram a perceber que esse tipo de interatividade deixa todos curiosos, e é nesse ponto que elas ganham seus clientes. Dia desses, enquanto lia minha revista de informática, eu vi uma propaganda do bando Itaú utilizando a tecnologia, depois de um tempo eles até fizeram uma campanha a nível nacional, mas não vingou muito.

Ainda há muito para se expandir nesse mercado, pois a maioria dos celulares ainda não são compatíveis. Com a explosão dos smartphones, esse cenário logo irá mudar, afinal, quem não iria gostar de uma tecnologia que se baseia em simplesmente posicionar a câmera do celular ou webcam em frente ao código e a partir disso você ter todos os dados de uma vez?

Como tudo na tecnologia, ainda irá demorar um pouco até que seu uso em massa realmente comece, com os QRCodes não será diferente. Para usuários do mundo Android, como eu, já é comum o uso, mas para outros nem tanto.

domingo, 10 de abril de 2011

Primeiras-damas de araque, digo, Alagoas


No final do mês passado, dezesseis pessoas foram presas nas Alagoas por desviar dinheiro público para a compra de bens pessoais. Nenhuma novidade até aí, mas a revolta surge quando você diz na lata: No final do mês passado, dezesseis pessoas foram presas nas Alagoas por desviar oito milhões de reais da merenda de escolas públicas do interior paupérrimo do estado para comprar uísque, vinho e ração de cachorro. Alguém lembra do que eu falei em "Vida de cão"?


Por que esse caso é diferente dos outros? Imagine uma criança que mora em Traipu (IDH 0,47, o mesmo do Quênia). Essa criança vive abaixo da linha da pobreza, não tem comida em casa, vai para a escola só por causa da merenda, contando com aquele prato de comida como a única refeiçao do dia. E se essa criança não tiver essa merenda?


Então deixa eu ver se eu entendi. A criança de Traipu pode morrer de fome, não tem problema, mas os secretários e ex-secretários presos não podem ter o nível alcoólico no sangue reduzido. Faz sentido. E eu acredito que tenha sido de bom grado, pelo amor aos animais, que essa criança abriu mão da sua comida para comprar a ração do totó das secretárias, ex-secretárias, ex-prefeita e primeiras-damas que foram presas também.


Nós brasileiros nos acostumamos a ver absurdos quando se trata de corrupção, mas - que bom - ainda nos resta um bonito instinto protetor às nossas crianças e casos como esse não passam desapercebidos pela população e, muito por isso, os culpados acabam sendo punidos. Ótimo. Só que eu tenho uma leve tendência a não estar plenamente satisfeito. Por que os culpados dos outros casos também não são punidos?


A justiça do nosso país não pode funcionar por combustão popular. Qualquer um que olhe os rostos dos vereadores da sua cidade pode apontar pelo menos um grupo que todo mundo sabe que é "ladrão", então, por que não se prende esses ladrões? Bem, disso todo mundo também sabe. Mas e se a gente precionasse? O Projeto Ficha-limpa é o exemplo. Então, ao invés de nos comover com casos de "apelo popular", a gente podia se comover com a situação do nosso país que jamais foi "um país de todos". Claro, exceto para as primeiras-damas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre escolhas e diamantes

Vivemos melhor quando compreendemos a razão de coisas acontecerem. Por exemplo, por que um diamente é tão caro e um copo d'água tão pouco? Esse raciocínio é falho porque não é sempre que um copo de água é de valor desprezível. Quando em um deserto, desidratando, o que valeria mais: um diamante ou um copo de água?

Para tanto, usamos a razão. Uma pessoa racional sabe o quanto de cada coisa se deve utilizar. Se tiver uma prova dentro de 24 horas, a pessoa racional fará o máximo para obter seus objetivos de maneira sistemática. Dentro desse prazo, essa pessoa, não escolherá passar 24 estudando, muito menos assistir TV pelo mesmo tempo. Mas sim passar mais algumas horas revisando a matéria. Esses ajustes incrementais são chamados mudanças marginais. Pessoas racionais geralmente tomam decisões comparando benefícios marginais com custos marginais.

Quando pessoas estão em sociedade, têm de enfrentar decisões pois os recursos são escassos. Um clássico exemplo se dá entre "armas e manteiga." Quando uma nação está em guerra, gasta com defesa nacional (armas) e menos gasta com bens de consumo (manteiga) para elevar o padrão de vida interno.

Diariamente encaramos alternativas e nem sempre tomamos decisões racionais porque além da racionalidade tambem somos providos de emoção que influenciam nosso poder de escolha. Qual computador comprar, em quem confiar, que celular escolher, etc.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dessa vez em Realengo


De novo. É extremamente óbvio falar sobre violência, é um tema fácil, corriqueiro, mas enquanto crianças forem executadas, eu não vou parar de tocar no assunto. Cheguei à casa da escola hoje, liguei a TV para me fazer companhia durante o almoço (depois eu falo disso) e fui surpreendido com a notícia do que aconteceu na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo no Rio.

São por volta das duas da tarde agora e por enquanto o número de vítimas fatais de Wellington Menezes de Oliveira é de onze (além dele mesmo que também morreu). Não consegui encontrar em nenhuma mídia qualquer coisa que indicasse que este homem portasse qualquer doença que o pudesse levar a exterminar essas crianças, então não vou passar a mão na cabeça de ninguém.

Não estou preocupado em seguir qualquer estrutura literária, ou fazer ligações intertextuais, nem ao menos me posiciono como cronista neste texto, apenas como mais um brasileiro indignado pela perda de onze “futuros”, parafraseando nossa presidente.

Por mais que todos nós já tenhamos visto casos como este nos jornais, desta vez foi muito próximo, foi com a gente e, por isso, vai doer muito mais. Vai ter muita gente na rua fazendo passeata, pedindo paz e todas essas coisas que Max Gonzaga canta em Classe Média. Mas na boa, alguém tinha dúvida que ia chegar a nossa vez de ver algo assim?

Quem é do Rio, de São Paulo, ou de qualquer outra metrópole, sabe a influência que o tráfico pode ter na vida das pessoas quando quer. Aquele tipo de coisa que não passa no Jornal Nacional. Quem acompanha as invasões da polícia fluminense às favelas para a implantação das UPPs, vê a quantidade de armas que são apreendidas – e não vê as que não são. É muito mais fácil conseguir uma arma do que deveria ser e parte da culpa disso é da sociedade que disse “não” no referendo sobre o desarmamento em outubro de 2005 (para quem não tem memória curta e ainda lembra disso).

É claro que foi um caso isolado, é claro que a violência ainda é exceção, mas a facilidade com que aconteceu, apenas mostra como é frágil o nosso sistema de segurança. E aqui, não me refiro apenas ao Wellington (o qual eu adoraria que estivesse vivo para pagar o que deve à sociedade), me refiro a tudo, tudo o que acontece, toda a impunidade e toda a acomodação. Eu vou para escola todos os dias, o Roger, o Mateus, talvez você, talvez seu filho, poderia ter sido qualquer um de nós.

Vá sim às ruas, faça sim as passeatas, lute sim pelos seus direitos, pela sua vida, mas faça isso sempre que for preciso, o que no nosso caso é sempre, ponto. Porque a diferença desse assassinato para os outros tantos que acontecem todo dia é só o número e a idade das vítimas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Brazilian Green Dilemma

Continuing the energy program of the Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) (in English: Growth Acceleration Program 2), the president Dilma Rouseff plans to deforest 5,3 thousands km² of the national forest, what is almost the same area, according to the “O GLOBO” journal, of Rio de Janeiro. The goal is to build 61 plants.

So, the deforestation is inescapable, because the work will take place in Amazônia Legal (In English: Official Amazon). Nine Brazilians states include this area. If the project is concluded, 42 thousand megawatts will enter in the national energy system.

Besides the new plants, the area in question will be cut by 2.615 km of railroads and by 1.601 km of streets. According to environmentalists, it won’t be good, because of the effect “fishbone”, when people start to live along the streets, increasing the impact in the area.

It’s a little bit funny, because if environmentalists, like Greenpeace and the Avatar cast, fight against the Belo Monte Dam (a hydroelectric plant that will be built in Amazônia), it seems they will have to fight much more now. These groups say that there are lots of ways to compensate the construction of these plants.

Some defend the maintenance of the energy system, others say that the energy is badly distributed, because the Southeast (region of Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais and Espírito Santo), due to its development, receive more megawatts. And they say that if was necessary to build something, the wind energy would solve the problem.

The government says that this “green projects” are inefficient, or too expensive. Also, the government says that new energy project will contribute with the national development. And we can’t forget that, the Brazilian North states need new streets and railroads.

The problem has two faces. I think that, to grow, some sacrifices need to be done; however, we are in an era that preserve is a universal law. Our planet can’t lose his Great Lung, although this vital organ disturbing Brazil’s growth.

It’s a hard dilemma, and it’s much harder for a country that was considered the “greenest” nation by the COP-16 (Sixteenth United Nations Climate Change Conference). Therefore, Brazil is an excellent student at the subjects “Be Green” and “Socioeconomic Development”.

The impacts will happen anyway, but they can be smoothed with technology. However, as I always say in my texts, the technology investments are low in Brazil. Not only the USA, Canada, Australia and The European Union that make technology investments, China and India are doing the same too. So, why Brazil continues to base the economy in oil (one of the most polluted and delayed fuels, in the world)?

Maybe, technology investments can solve the hard dilemma that Brazilians are facing nowadays. 

sábado, 2 de abril de 2011

O fim é uma droga


Dedico este texto a Daniel de Araújo, o homem que me deu o sobrenome com o qual assino hoje e meu avô para sempre.

O fim é uma droga. O fim da vida de alguém que se ama é pior ainda. Quando morrermos, é isso, não haverá mais dor, não haverá mais sofrimento, não haverá nada, mas quando essa pessoa que amamos parte e nos deixa aqui, sem o seu amparo, parece que somos nós que estamos morrendo.

Sentimentos dos mais variados tipos, de diversas intensidades, caem instantaneamente em nossas mentes e silenciam do peito o coração que chora com os olhos as lágrimas da dor visceral da perda. O cimento da selva sob seus pés se torna areia movediça e por mais que fuja das lembranças, que afaste seus pensamentos, qualquer movimento que faça acaba levando-o cada vez mais fundo em seu poço particular e intransponível de recordações.

O mundo é por diversos dias um local abominável. Qualquer sorriso à sua volta lhe causa raiva, faz-lhe sentir-se escanteado, como se ninguém além de você ligasse para sua dor, como se além disso, zombassem do seu choro. Nada o alegra, nada o anima, nada o motiva. Você apenas vive por faltarem-lhe as forças para deixar de viver.

E depois de assimilar um pouco a dor, aceitar que a vida é assim e, forçosamente, se convencer que foi o melhor ou que então era para acontecer, que estava na hora, você se entrega à única coisa que sabe fazer e faz, na esperança de que aquela pessoa para quem você escreve, possa ouvir-te, ver-te e saber, depois de você não ter tido a oportunidade de dizer adeus o quanto você a amou, por mais que jamais tenha dito isso.

A vida simplesmente continua, impiedosa, mas com você vai embora uma parte dela. Obrigado pelas lembranças que o senhor deixou para mim, vovô.

Por Davi Araujo, neto orgulhoso de Daniel de Araújo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobre números e presidentes


Hoje, dia 31 de março, o Banco Central divulgou o relatório trimestral da inflação. A brincadeira de adivinhações estaria tranqüila não fosse o fato de estar acima do previsto no documento anterior ,houve um subida de 5% para 5,6%.


Não podemos nos esquecer que uma das promessas da nossa “presidenta” foi tentar frear a inflação.


Alexandre Tombini, sucessor de Henrique Meirelles no Banco Central, afirmou que “as expectativas estão mais focadas na inflação corrente e não a esperada para os próximos anos”.


Uma explicação plausível para a afirmativa de Alexandre é que o Copom reconhece que a meta pra esse ano não será a prometida pela nossa 1ª presidenta: 4,5% com uma tolerância de 2 pontos percentuais.


Economistas apostam que no final do ano chegaria a 5,6%, segundo os cenários de referência e de mercado, e no fim de 2012, em 4,6%. No primeiro trimestre de 2013, estaria em 4,5%.


Mudando de assunto mas não de contexto, vale lembrar que o ex-presidente Lula apadrinhou a atual presidente e chegou a chamar de “mãe do PAC”. Acontece que várias promessas do PAC foram descumpridas mas o Lula sempre escapava pela lateral, usando metáforas com o futebol para escapar de acusações onde respostas técnicas eram necessárias.


O fato era que Lula era um presidente populista e levava tudo no carisma. Acontece que com Dilma é diferente: ela é técnica, sucinta e mais reservada. Ao menos por enquanto. O que fará quando resultados forem cobrados além de falar que o Corinthians vai bem (ou não)? O tempo dirá.


É certo que ainda é cedo para tentar ver a verdadeira face da presidente e não podemos cobrar resultados no primeiro trimestre.


Mas é certo que com uma taxa Selic na faixa de 11,75% as aplicações estrangeiras não vão parar de entrar ,pois os juros no exterior estão mais baixos. De fato é necessário proteger o trabalhador brasileiro do tão comentado “fantasma da inflação”.

Mudanças no Conversa

Boa tarde leitores! Como deu para vocês perceberem, a minha despedida foi uma pequena brincadeira de 1º de Abril (que não teve muita graça mas beleza). A partir de hoje o conversa vai mudar! Teremos um layout mais clean para diminuir a poluição visual e também teremos um novo integrante.
Daqui a pouquinho o Luis Filipe, o novo integrante da nossa equipe, vai postar seu primeiro texto aqui, deem uma olhada no blog mais tarde.

Sigam o twitter do blog! http://twitter.com/blogconversa,  aos que também estiverem interessados em nos seguir, eu (Roger), Mateus e Davi também temos os nossos perfis.

Enfim galera, espero que gostem das novidades no blog e que nos sigam no twitter! Até mais!

Adeus

Eu não queria passar por este momento tão cedo, mas ele é necessário. Por motivos pessoas deixarei o blog.
Desde já deixo aqui meus agradecimentos a todos vocês leitores pelas críticas, sendo elas positivas ou negativas. Também agradeço aos meus companheiros de blog, Davi e Mateus por esse tempo que fiquei aqui. Como não sou bom em despedias, vou parando por aqui. Até a próxima pessoal!