terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sou mimado, hipócrita, fumo maconha e estudo na USP


Hoje acabou mais um episódio que na verdade é uma mancha da história do nosso país.


Na noite de 27 de outubro, uma quinta-feira, três alunos foram detidos por porte de entorpecentes, termo legal para porte de maconha. 
A detenção resultou no início de um protesto de 300 universitários contrários á ida dos suspeitos para a delegacia. Durante a ida dos três, houve confronto verbal entre os demais universitários e objetos foram jogados em direção à polícia, que revidou com cassetetes spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral. 

Ainda naquela mesma noite, a sala da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) foi invadida sob desculpa de protesto à atitude da Polícia Militar. E como se não bastasse esse ato babaca, disseram que só sairiam de lá caso a PM parasse de patrulhar a universidade (esse ano foi firmado um acordo entre a polícia e a universidade após a morte do aluno Felipe Ramos de Paiva, durante uma tentativa de assalto). A partir desse momento, a manifestação babaca passou a ser chamada de "movimento estudantil".

Não estou dizendo que movimentos estudantis são ruins, ao contrário. Admito que foram esses movimentos que fizeram do Brasil a república que é hoje, mas devido às últimas mobilizações o foco e a essência se dissiparam, e esses "revolucionários" são ridículos.

"Você foi alienado pela mídia comprada desse país" é um dos tipos dos comentários que surgirão sobre esse artigo. Não, não fui alienado, só estou falando a verdade. Estando entre as 10 principais universidades do Brasil, a USP tem um papel muito importante no cenário acadêmico, o que atrai muitos "filhinhos de papai". Esses mesmos personagens levantam bandeiras dizendo ser "contra a elite e a segregação", "a favor do povo" e que "devemos todos nos unir contra a corrupção". Ótimas palavras (palavras ditas por parte da elite) meus caros, pena que no mundo real o povo tem que trabalhar duro e não são todos bancados pelo pai e perdem horas no trânsito dentro de ônibus enquanto você, "comunista", vai pra universidade no Mercedes-Benz que ganhou da sua família ao passar pra faculdade.

Pedir para o fim das rondas da Polícia Militar é sem dúvida a mais ridícula das reivindicações. Talvez se a PM também desse "um tapa" com os alunos a situação seria outra, mas quanto a isso eu não irei me manifestar.

Para tentarem arrumar algum outro motivo, os estudantes disseram que a reitoria desvia verbas. Parabéns! Invadindo a o prédio e quebrando tudo fará com que essa roubalheira pare. Pena que gastarão mais dinheiro para pagar o prejuízo.
Mobilizações estudantis sempre serão muito bem vindas, desde que tenham algum nexo. Eu quero um país com democracia e seres pensantes, não babacas que querem a polícia fora do campus só pra poderem fumar mais maconha.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Contra a Injustiça #EmDefesadoRio

Ultimamente, nós cidadãos fluminenses temos nos deparado com uma situação muito crítica para nosso estado: a alteração no modo com que os royalties de petróleo são divididos. Você deve estar se perguntando "E no que que isso muda na minha vida?" Isso muda muita coisa, deixa eu explicar.

Sendo o maior produtor de petrolífero do Brasil, cerca de 75% de todo o petróleo tem como origem o Estado do Rio de Janeiro. Hoje, 45% do PIB do estado é proveniente da exploração petrolífera que ocorre em nosso litoral. 

Com a nova divisão dos recursos, o repasse que antes era de 30% para a União, 26,25% para os estados produtores e 26,25% para os municípios produtores passaria ser de 20% para a União, 20% para os estados e 4% para os municípios. Caso seja aprovado, o Estado do Rio terá um prejuízo de mais de R$1,2bi somente em 2012, prejuízo esse que seria crescente. Ainda não está satisfeito? Então vou te assustar um pouco mais.

Como já tinha dito antes, o petróleo faz parte de 45% do PIB do Rio. Com esse dinheiro, o governo, além de investir em infra-estrutura, paga a dívida do estado com a união e cobre o rombo financeiro que a previdência dos servidores do estado causa. Só para deixar bem claro: sem o dinheiro do petróleo, você, servidor estadual do Rio de Janeiro, ficará sem aposentadoria. 

Espero que todos comparecem à manifestação para lutarmos juntos por nossos direitos. Chamem seus parentes e amigos, convide todos! O link para o evento no facebook está aqui, então não há desculpa para não chamar os amigos. Conto com vocês na quinta para lutar contra a injustiça e em defesa do Rio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Interesses da OTAN na "nova Líbia"


Criada após a Segunda Guerra Mundial, a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), teve como principal objetivo defender as potências ocidentais da União Soviética e de seus satélites.

Com o fim da Guerra Fria, a OTAN passou a fazer parte de inúmeros conflitos, como a Guerra do Golfo e a Guerra do Afeganistão e Iraque. O que fez a organização ser fortemente criticada por várias nações do planeta.

Recentemente, essa aliança militar apoiou os rebeldes na Líbia, através do envio de caças e navios, que foram de suma importância para o êxito da operação dos aliados líbios. Mas qual seria o interesse da OTAN em apoiar essa rebelião?

A organização é composta basicamente por países europeus, os EUA e o Canadá (e ainda conta com alguns aliados ao redor do mundo). A Líbia é um dos maiores exportadores/produtores de petróleo do globo (tanto que é membro da OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo), tendo a Europa e os Estados Unidos como maiores compradores da commoditie.

Vejam a grande queda na produção de petróleo líbio
Contudo, na época em que o ditador Muamar Kadafi assumiu   o poder, ele reduziu consideravelmente a exportação/produção de petróleo para as nações citadas anteriormente, o que não as agradou. Isso porque este combustível fóssil é essencial para o desenvolvimento industrial desses países.

Portanto, apoiar os rebeldes na tomada da Líbia pode garantir que os membros da OTAN possuam algum privilégio no acesso ao petróleo daquele país, no futuro. Além disso, instabilidades políticas em nações que produzem muito a commoditie, fazem com que o preço desta fique altamente volátil, causando prejuízos aos investidores e empresas.

Então, caros membros da OTAN, parece que o seu discurso de defesa da democracia já está mais que manjado.