segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Falso Revolucionário


            O Conversa da Semana noticia e comenta muitas das “marchas” que acontecem pelo nosso país e fora dele. Como muitas coisas, as manifestações populares têm em sua origem um ideal justo e verdadeiro, lutando contra a repressão e feitas por pessoas que realmente estavam engajadas e/ou vivendo a causa. Essas manifestações, cujo nome popular do momento é marcha, continuam tendo ideais muito bacanas e, em sua absoluta maioria, justos, mas as pessoas que fazem parte delas...
        Bem, falemos sobre corrupção. O brasileiro de uma forma geral (finalmente!) está aprendendo que corrupção é uma coisa errada. (Não vou mexer na ferida e falar que “todo mundo” ainda rouba o lápis do coleguinha na escola, falarei apenas do campo político.) E, como está na moda, também organizaram marchas contra a corrupção. Uma proposta muito bacana de novo, com organizadores sérios que realmente tentam mudar algo, mas agora entra uma figura nova na nossa sociedade... O falso revolucionário.
         Se você estuda, faz faculdade ou convive com outras pessoas em um ambiente fechado de trabalho, provavelmente conhece uma penca dessas figuras. Pessoas que vivem abrindo a boca para falar mal da conjuntura “político-sócio-econômica” do município, do estado E do país (e possivelmente até da dos Estados Unidos) e... só. É, só. Mais nada. O revolucionamento para por aí. Agora me diz... Eu posso com uma coisa dessas?
         Mas tudo bem, pelo menos a pessoa está participando, né. Só que aí, o nosso amigo falso revolucionário, volta para a sua humilde (risos) residência depois da marcha e vai para as redes sociais dizer: “Caraaaaaca, mt booom lá na #MarchaContraCorrupção – tem q fazer sua parte msm!” Com um link para uma foto onde ele aparece com o rosto pintado de verde e amarelo e sua roupinha apertadinha sorrindo e fazendo pose no meio de outros iguais a ele. Na boa... Vai... ali no shopping, vai =)
         Marchas estão tão na moda que até Jesus tem uma agora.
        Quero deixar uma coisa clara antes que apareça alguém para dizer em comentários que eu estou me opondo a quem tem vontade de participar das manifestações “por um Brasil melhor”. Não. Jamais. Quem lê o que eu escrevo aqui no blog sabe que é justamente isso que eu busco, eu só estou repreendendo quem “participa”, porque está na moda (fingir) se preocupar com os problemas. Eu acho ótimo que as pessoas saiam às ruas, toda mudança só vem através da luta, mas, por favor, que só saia à rua quem realmente estiver disposto a lutar pela mudança.
Obrigado. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

New Nike Air Jordan XI Concord Causes Shopping Frenzy


The arrival of Nike's new Air Jordan 11 Retro Concords in stores just in time for Christmas brought pandemonium all over the country.

Thousands lined up across the country to shell out $180 for the black and white "J's" that went on sale at midnight.

Police were called to shopping centers in Indiana, Florida, Texas and Virginia among other states to control crowds of hundreds lining up for the shoes.

"I don't remember anything like this in the recent past at all, definitely not with the iPhone or anything like that," Linda Jackson, a spokeswoman for the Indianapolis Metropolitan Police Department, told ABCNews.com.

Indiana police were called to three malls to help control "hectic" scenes of hundreds of shoppers, including many teenagers and children.

"It was pretty much a surprise for us," Jackson said. "I imagine the malls knew, but I don't know that they were prepared for the response."

Frantic shoppers even tried to break down a door at one of the Indiana malls.

"There was a door that was damaged, but I don't believe they were able to gain access," Jackson said. "It sounded like these are the need-to-have item of the season, for some reason."

In Atlanta, at least four people were arrested in a mob scene at a suburban mall, according to the Associated Press. Twenty police cars responded and the crowd broke down a door to enter the mall before it opened.

Police had to smash the windows of a car to get two toddlers out after a woman had left them there to go buy the shoes. She was taken into custody when she returned, according to the AP.

Florida police used pepper spray on unruly shoe seekers and fights were reported in Kentucky; glass was shattered at stores in North Carolina.

Within hours, hundreds of pairs of the shoes were on sale on eBay, some for more than $500. Many of the pairs already had dozens of bidders.

"Tinker made it shine. Mike made it fly. You made it iconic," Nike said in a statement. "Jordan 11s only come around once a year, so don't miss this highly anticipated release."

The shoes were widely released and are available at stores such as Foot Locker and Champs, in addition to Nike stores. Air Jordans bring in an estimated $1 billion for Nike every year.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

De olho na Coréia do Norte

A morte do líder norte-coreano Kim Jong-il fez com que o mundo voltasse os olhos mais uma vez para a conturbada península coreana. As previsões sobre o futuro do país e de suas relações com o resto do mundo são as mais variadas.

A Coréia do Norte é uma das nações mais fechadas do mundo se comparada a outros países comunistas como China, Cuba e até mesmo à extinta União Soviética. O regime norte-coreano é profundamente repressor e a figura do líder supremo é encarada como uma divindade, devido à eficiência da propaganda estatal.

Esse pequeno, porém poderoso, país asiático nasceu com a Guerra Fria. O norte da península coreana  foi ocupada pelos soviéticos e o sul pelas tropas americanas no fim da Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, a ideologia comunista e capitalista imperaram respectivamente nas duas regiões.

Esse racha ideológico criou dois governos distintos nas duas coreias e, como isso, uma guerra entre os dois países começou. O objetivo era dominar toda a península, entretanto nenhuma das nações, mesmo com apoio de duas superpotências (URSS e EUA), conseguiu obter êxito na campanha militar. Com o fim do conflito, nenhum acordo de paz foi assinado, o que levou uma tensão enorme à região e que se mantém até os dias atuais.

A guerra entre os dois países não foi retomada, mas o programa nuclear norte-coreano e os testes de lançamento de mísseis em águas sul-coreanas e japonesas sempre deixou a região em estado de alerta. Sem falar na fronteira entre as coreias que é fortemente guardada por soldados e tanques de guerra.

A economia norte-coreana é debilitada devido ao modelo comunista econômico que não vem apresentando bons resultados nas últimas décadas e a industrialização foi feita através de um enorme esforço nacional que matou 2 milhões de pessoas. Enquanto isso, os líderes do governo como Kim Jong-il vivem no luxo, consumindo os melhores vinhos franceses e assistindo a filmes ocidentais.

Com a morte do ditador, seu filho Kim Jong-um irá assumir o governo. Contudo, a sua pouca experiência política fez com que o mundo duvidasse de sua competência e de como ele vai administrar uma nação que possui um dos mais fortes exércitos do planeta. 

As potências ocidentais têm medo de que, devido a pouca experiência do novo ditador, pessoas do próprio partido possuam derrubá-lo, o que aumentaria a instabilidade na região.

A diplomacia e a inteligência dos EUA e da Coréia do Sul  estão trabalhando ativamente para que qualquer ameaça vinda do norte possa ser evitada. Contudo, esses dois serviços deixaram muito a desejara, pois a morte de Kim Jong-il só foi anunciada dois dias depois de seu falecimento. Ou seja, se os norte-coreanos tivessem lançado um míssil em Seul (capital sul-coreano) os governos ocidentais só saberiam disso, depois que a bomba atingisse o solo.

O governo chinês, aliado histórico do regime da Coréia do Norte, disse que apoiará o novo ditador. Mesmo assim, o apoio da China não acaba com a grande dúvida que paira no ar.  

Portanto, o mundo aguarda novas notícias da península mais badalada da Ásia, enquanto alguns já afirmam que o futuro dessa pequena potência nuclear mudará para melhor e outros preveem uma grande catástrofe política e militar.



  


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Matéria Prima

Vivendo uma vida que não é a minha
Pensando coisas nunca antes passadas pela minha cabeça
Desejando a felicidade de uma outra pessoa
Com a mesma intensidade com que busco meus próprios sonhos.


Sorrindo o sorriso do outro
Chorando um choro que não me pertence
Sigo em um caminho incerto
Por querer chegar em algum lugar
Só por ter a quem acompanhar
E alguém que te acompanhe.


Não importa se o caminho é longo ou curto,
Perigoso ou arriscado
O que passa a guiar minhas escolhas
É o bem do nosso bem,
Te ter como refém
de um sentimento que é meu
mas na verdade é todo seu.


Eu não o conheço, apenas lhe dou abrigo
Recolho dentro de algum lugar desconhecido
Um sentimento bipolar que tem uma força inconstante
Pode explodir de rancor por apenas sentir amor
Ou reconfortar minha tristeza por apenas sentir o amor
Ou desmanchar-se em um sorriso sem ao menos um motivo
Ou morrer de saudade por simplesmente viver de amor


Esse mistério que habita em mim, eu desconheço
É diabólico, melancólico, incolor
É a ânsia de estar perto o tempo todo
É o não querer de querer, mas querer
É o eterno inalcançável, 

É insaciável a todo instante
É um tudo ao mesmo tempo, a toda hora...


Generalizador de sentimentos,
Inspira tudo e todos
De uma matéria simples e invisível
Nasce tudo...
É o amor que cria, que nasce e se multiplica
E faz inexplicavelmente amar-se tanto assim a vida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Frear para acelerar

O crescimento nacional perdeu gás no último trimestre. O PIB (conjunto de bens produzidos pelo país) nesse período cresceu 0%, a produção industrial vem sofrendo quedas , o consumo das famílias vem diminuindo, a inflação aumentou e vai ficar fora do teto de 6,5% estabelecidos pela equipe econômica. Para conter o crescimento desse fantasma de que o brasileiro tanto tem medo, o COPON (Comitê de Política Monetária) diminuiu os investimentos e apertou o crédito.

Essas notícias parecem ruins e muitos já culpam o governo pelo baixo desempenho econômico desse ano, contudo, em economia, tudo possui um lado bom e um ruim. Nesse caso, as medidas do COPON trarão mais benefícios a longo prazo do que prejuízos para o desenvolvimento econômico.

Vocês devem estar pensando: “mas travar o crescimento não vai ser ruim para o país?”. Calma, senta lá. Crescer nem sempre é bom e a política econômica do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) pode explicar a minha afirmação.

No início dos anos 70, o Brasil estava apresentando altas taxas de crescimento, a industrialização e a modernização eram crescentes... Estávamos vivendo o milagre econômico! Em 1974, o então presidente Geisel decidiu manter esse alto ritmo crescimento, mesmo que o cenário externo não ajudasse, devido à crise do petróleo. Foi a chamada “Marcha Forçada”.

Nos anos seguintes, devido a esse movimento, a dívida pública aumentou demais (por causa dos investimentos feitos pelo governo) e a inflação ficou descontrolada. Além disso, os juros baixos só contribuíram para que a última crescesse mais. Resultado: o Brasil entrou completamente endividado e debilitado economicamente nos anos 80. Esses erros nos levaram a ter uma década perdida, em que ficamos a mercê do FMI e o crescimento ficou estagnado.

O quadro atual parece ser um tanto semelhante ao do passado, onde tivemos a opção de crescer muito agora ou deixar isso para os anos seguintes. Mas parece que o COPON fez a coisa certa e não passou a marcha, ao invés disso colocou o pé no freio.

Crescer agora não é interessante, pois os países desenvolvidos estão em crise. Com isso, a demanda deles por produtos vai cair. Se colocássemos as nossas indústrias para trabalhar agora, ninguém teria dinheiro para comprar os nossos produtos. Logo, eles iriam ficar estocados, fazendo com que as empresas perdessem dinheiro.

O mercado de commodities (do qual somos completamente dependentes) também está sendo afetado pela crise. A demanda da China por minério de ferro caiu consideravelmente, fazendo com que grandes empresas como a Vale, Usiminas e MMX tivesse grandes prejuízos. Como procura por commodities vem caindo, o preço delas no mercado tende a diminuir.

Uma das razões que explicavam a alta da inflação nacional era a alta dos preços das commodities. Então, creio que agora o nosso fantasma vai deixar de nos assombrar... Por enquanto.

Portanto, o governo fez uma opção de não crescer esse ano, para não prejudicar o desenvolvimento dos anos seguintes. Ainda assim, medidas para aquecer a economia já estão sendo tomadas, como a diminuição da taxa juros para incentivar o consumo. E ele é uma das armas mais fortes contra crises.

Parece que o governo está no caminho certo no que diz respeito à política econômica, espero que ele continue assim.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

All US troops Out Of Afghanistan



Obama’s speech on “the way forward in Afghanistan” offered only years more of a dirty colonial war that both the American and the Afghan people overwhelmingly oppose.


The empty rhetorical claims that “the tide of war is receding” and “the light of a secure peace can be seen in the distance” are belied by the undeniable facts of Obama’s so-called withdrawal plan.

In December 2009, when he launched his surge of 33,000 additional troops into Afghanistan, Obama told the American people that it was designed as a temporary measure, which would allow Washington to begin pulling out of Afghanistan within 18 months, that is, by July of this year.

But the plan announced from the White House will, by the end of this year, keep in Afghanistan nine out of ten of the American troops presently deployed there. By September of next year, the only forces to be withdrawn will be the 33,000 sent into the country in December 2009 on the pretext that their efforts would allow the rest of the US force to come home.

This entire withdrawal plan put forward by Obama will leave 68,000 US troops inside the impoverished, war-torn country into 2013—roughly double the number of US soldiers and Marines who were deployed there when the Democratic president took office at the beginning of 2009.

Following that, there is the vague pledge that by 2014 a “process of transition” would put Afghan puppet forces in charge of suppressing the popular resistance to the US-led occupation.

In reality, Washington is engaged in frantic negotiations with the regime of President Hamid Karzai aimed at securing a strategic partnership agreement that would grant the US access to permanent bases in Afghanistan and could well leave tens of thousands of American military personnel deployed there indefinitely.

The plan announced by Obama will spell an escalation rather than a reduction in the bloodshed in Afghanistan. The aim is to carry out a military offensive over this summer and the next in an attempt to militarily crush the popular opposition to US occupation. To the extent that the withdrawal affects firepower available to US commanders, it will inevitably lead to the use of more air strikes and drone missile attacks and, as a result, an even greater number of civilian casualties.

Among Obama’s most cynical claims is that the limited withdrawal from Afghanistan will spell greater investment in jobs and a “focus on nation building here at home.”

There is no question that the military decisions being taken in Afghanistan are driven in large part by the increasingly desperate crisis of US capitalism. The spending of $1.3 trillion or more on the two wars in Afghanistan and Iraq, combined with the trillions more lavished upon the US military and intelligence complex, has played no small role in leading America into an economic shambles.

But the strategy of the US ruling elite, for whom Obama speaks, has not suddenly been transformed into peace abroad and social reforms at home. On the contrary, Washington has now launched new wars and military interventions in Libya and Yemen, and no doubt has plans for troop deployments elsewhere.

The explosive spread of militarism abroad is driven by the economic crisis. Having lost its position of unchallenged preeminence in the affairs of world capitalism, US imperialism leans ever more heavily on its residual military might to pursue its global interests and counter its capitalist rivals. This means in the first instance asserting hegemony in the energy-rich regions of Central Asia and the Persian Gulf.

At home, the financial oligarchy that rules America seeks to off-load the crisis of the profit system onto the backs of the working class, pursuing a ruthless offensive against jobs, living standards, social benefits and basic democratic rights.

War abroad and the assault on the working class within the US itself are two sides of the same class policy that finds its expression in Obama’s speech, which promises neither peace nor, for that matter, any peace dividend.

Within the existing political establishment and the two-party system the seething hostility to war felt by the majority of working people finds no genuine expression.

A central role in facilitating the expansion of US militarism is played by the official “antiwar” movement, dominated by a layer of the affluent middle class that supports the Democratic Party and has undergone a protracted shift to the right. Tailoring its activities to the electoral interests of the Democrats, it managed to smother the mass antiwar outpouring that was seen in 2003 on the eve of the Iraq invasion, when millions took to the streets in the US and around the world.

With the election of Barack Obama in 2008, this layer has integrated itself ever more closely into the Democratic Party’s orbit.

Their outlook finds expression in the response to Obama’s speech drafted for the Nation magazine by Tom Hayden, the former Vietnam War protester and longtime Democratic state legislator in California.

Entitled “Obama quickens Afghan withdrawal in face of pressure for peace,” Hayden’s article argues that Obama is “responding to massive public pressure for rapid troop withdrawals,” adding that “Peace advocates should feel a sense of gratification.”

He further insists that there will be a “strategic opportunity … to demand more withdrawals during the key period of Democratic and Republican conventions next year and during the presidential campaign itself.”

Once again, the aim of this layer is to subordinate opposition to the war to the Democratic Party. At the same time, Hayden provides Obama with an alibi for protracted war, writing, “There will be stages involved, because getting out of a military mess of your own making is one of the most difficult challenges.”

In addition, Hayden writes that the “peace movement” should fight to “check Obama’s executive ambitions towards Libya,” a twisted formulation that rejects opposition to the war on Libya itself, but only objects to the refusal of the White House to seek congressional authorization. In the US-NATO war on Libya, a whole layer of these ex-lefts has found its way to the open embrace of imperialism, based on the cynical slogan of “human rights”.

The popular hostility against war that has been politically suffocated by the Democrats and their ex-left defenders can find genuine expression only through the mobilization of a mass independent political movement of the working class against the Obama administration, the two-party system and capitalism, which is the root cause of militarism.

The struggle against war must be joined with the struggle for jobs and the defense of living standards and vital social services against the onslaught that has been unleashed by the profit system. This can be achieved only on the basis of the socialist and internationalist program fought for by the Socialist Equality Party.

domingo, 4 de dezembro de 2011

FMI X Brasil, uma mudança nas relações de poder

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi criado em 1944, Washington, DC durante a Conferência de Bretton Woods com o objetivo de cuidar da saúde do sistema financeiro internacional. Hoje, esse órgão conta com 187 nações que contribuem financeiramente para a manutenção do fundo. A regra é simples: quem dá mais, tem mais poder dentro do órgão.

Durante a década de 80, o Brasil esteve encrencado com o FMI, já que a nossa dívida externa era enorme e não tínhamos condições de paga-la. Além disso, a inflação estava completamente fora de controle. Para resolver esse grande impasse, inúmeros planos econômicos foram feitos, mas nenhum obtinha êxito.

No meio dessa crise, o FMI enviava fiscais para puxar a orelha do governo brasileiro. Já o povo, sofria com as constantes mudanças de preço e com a frustração de ver que ninguém era capaz de resolver o problema nacional. Contudo, depois de 4 planos econômicos, o Plano Real conseguiu acabar com a inflação galopante e, em 2008, a dívida externa foi finalmente quitada (até hoje muitos duvidam da veracidade desta última afirmativa).

Com isso, a guerra entre o FMI e o Brasil teve fim, entretanto, esse órgão trava batalhas em vários outros fronts. Atualmente, a debilitada Europa é o seu maior alvo, pois os países de lá não estão conseguindo controlar suas dívidas que já ultrapassam o PIB (Produto Interno Bruto) de alguns deles.

Para resolver esse problema, fortes medidas de contenção de gastos públicos estão sendo adotadas por vários governos do continente, o que tem deixando a população enfurecida e sem esperança. Muitos economistas já falam que está será uma década perdida para os europeus, assim como aconteceu aqui durante os anos 80.

Para ajudar a resolver o impasse europeu, a diretora gerente do FMI Christine Lagarde está visitando alguns países para convencê-los a ajudar a Europa. Lagarde esteve no Brasil com esse objetivo, mas não conseguiu nada, pois a equipe econômica se recusa a comprar títulos da dívida (quem não sabe o que são títulos da dívida leia o nosso texto Mas o que é uma dívida AAA?) de países em crise, devido ao alto risco de calote.

Ainda assim, o governo brasileiro afirmou que pode ajudar os europeus através do envio de recursos via FMI, dessa forma não haveria chance de calote e a nossa cota (leia-se influência) no fundo iria aumentar.

É interessante como o mundo dá voltas. No passado, os países que hoje estão em crise ditavam as regras do FMI, entretanto, nos dias atuais, eles precisam de nós. Creio que esse seja apenas mais um sinal de que as relações de poder (a nível mundial) estão sofrendo uma grande transformação.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Falando de sexo

Confesso que demoramos muito para escrever sobre esse tema, que ainda é muito delicado para se falar em nosso país, mas antes tarde do que nunca, não?

Num mundo “moderno” como o de hoje, falar sobre sexo abertamente ainda é um tabu. Pais evitam discutir o assunto, a escola também não aborda, o que cria um grande buraco na educação sexual da pessoa, algo que é necessário para a formação de um ser humano.

Com a falta desse conhecimento, jovens vão procurar esclarecer suas dúvidas com amigos e na internet, o que as vezes não é bom. Na internet muitas informações são errôneas, o que acaba fazendo com que os jovens muitas vezes se confundam. Como alguns pais mantém um diálogo sobre sexo aberto com seus filhos, muitas das vezes a conversa com amigos é a que traz informações mais importantes e seguras.

Pais não conversam, escolas não dão a devida explicação, o que acontece? A falta de conhecimento gera problemas de saúde. A gravidez prematura é o mais comum deles. Adolescentes de 12 anos com dois, três filhos e na maioria dos casos, pobre. A falta de conhecimento faz adolescentes arriscarem suas vidas com DSTs e gravidez de alto risco. Em muitos casos é ainda pior quando as crianças são levadas à clínicas clandestinas de aborto, que não têm material nem higiene adequados para que a cirurgia seja feita adequadamente.

A educação sexual é algo extremamente importante principalmente no mundo atual. O esclarecimento de dúvidas e o diálogo aberto ajudam não só a tirar as dúvidas de seu filho como também auxiliam uma aproximação entre as duas partes.  

Converse com seu filho, tenha uma relação amigável e sempre escute-o quando ele precisar. Um diálogo aberto traz confiança, e isso é indispensável, ainda mais para um adolescente. Afinal, é melhor você saber das aventuras e ter certeza de que ele está se protegendo a você ser surpreendido com a notícia de que será vovô ou vovó.