quarta-feira, 30 de março de 2011

European Brain Drain

With the end of the Word War II, Europe was completely destroyed and many men and women were dead. These people worked and helped in their nation’s growth. However, with too many workers dead, how would the government grow back again? The American investments could not revive people.

The Europeans that survived didn’t want to make the hand work, because the salary wasn’t good. So, they found the answer to this problem: immigrants. They came from everywhere, India, South America, Africa… And they revived the oldest country in the world. But, in the decade of 1960, Europe was strong again, so the hands of the immigrants were not necessary anymore. So, the European governments tried to stop the immigration.

But many unqualified and qualified workers started to “escape” from their nations to find a good job in Europe. Many engineers and scientists fled from their countries to live better. It was the beginning of the “Brain Drain”.

The human capital flight was common, until the 2008-2009 Crisis knocked on the developed nation’s door. The governments started to take steps to cut spending. Not only the immigrants, but the Europeans didn’t like it. Then, the immigrants started to come back home.

To the Europeans, the situation only got worse, because any country couldn’t get out of crisis and the government steps were bothering the citizens of the Euro Zone. However, in the developing countries, the effects of the crisis were not that bad. So, many Portuguese, Spanish, Italians started to go to these developing nations, like Brazil, India, China, Russia and South Africa. Now, these new immigrants can find a job easily.

According to the magazine “The Scientist”, the European brain drain bothers the EuroScience, organization founded in 1997 for the support and promotion of science and technology in Europe, and the European Union.

The Brazilian journal, “A Folha”, interviewed the English Karl Gensgerb. He said that used to work with Molecular Biology, in the Birmingham University, in England. But he gave up on that to become a plumber. The reason, receive almost the double of his former salary. Many cases like this are happening around the continent, since the beginning of the XXI century and the situation became worse with the economic crisis.

Therefore, it is better to think deep before going to Europe looking for a job, because if the Europeans can’t find it there, it’s hard to think that a Latin or an Indian will do it.   


Another text in English - http://conversadasemana.blogspot.com/2011/04/brazilian-green-dilemma.html
En Español - http://conversadasemana.blogspot.com/2011/02/el-desarrollo-en-mexico_6439.html

terça-feira, 29 de março de 2011

Big Burros(?) Brasil


E hoje termina mais uma edição do Big Brother Brasil. O ganhador desta edição sai com nada menos (nada menos MESMO) que R$1,5mi de reais livres de impostos fiscais. Todos nós ficamos direta ou indiretamente acompanhando 16 pessoas isoladas numa casa passando por pressões psicológicas, provas de resistência. Passaram por festas regadas a bebida e comida, definitivamente, um lixo inutilizável da televisão brasileira. Ou não...

Assim como tudo que existe, o Big Brother tem seus pontos positivos e negativos. O programa é totalmente superficial e não traz adicionais para a nossa cultura, isso é fato. Alguns podem até se iludir com a palavras bonitas ditas por Pedro Bial na hora da eliminação, mas são apenas palavras bonitas, e mais nada.

Sei que isso é contraditório, mas num país como o Brasil, que é esquecido por seus políticos e pela própria população. Um programa como o BBB, chega a ser bom para um país ignorante como o nosso, precisamos de alguns judas para xingarmos, de alguém para descontar nossa raiva. Também precisamos de nossos "famosos" que mantém sua fama por no máximo um ano e que, casos bastante raros conseguem fazer uma espécie de carreira. O papel é entreter, e ele cumpre o que promete.

A realidade é: o Big Brother Brasil, assim como outros reality shows é um lixo necessário para um país sem cultura, e ainda bem que esta edição está acabando.

domingo, 27 de março de 2011

4000 visualizações!!!

Hoje o Conversa da Semana chegou a 4000 visualizações totais, com acessos do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Hungria, México, Inglaterra, Portugal, Espanha, China, Rússia, Cingapura e outros países.

Nós gostaríamos de agradecer a todos os nossos leitores que além de lerem o blog, nos criticam e dão sugestões.

Em Abril teremos novidades... Não percam.

Hora do Planeta, então tá bom


Para ninguém falar que eu não ligo para o meio-ambiente e que não sei o que, aqui vai um recado para aqueles que nunca entendem o que eu quero dizer: eu acho a Hora do Planeta uma iniciativa muito legal, muito bem pensada pelos organizadores e eu apoio como ato simbólico que é, mas como não podia deixar de ser, há seus poréns.

Apagar a luz por uma hora, não resolve nada. Aí você diz: “Ai, Davi, como você é burro, é claro que não resolve, é só para chamar a atenção.” E é disso mesmo que eu estou falando. A Hora do Planeta é uma oportunidade para um bocado de desleixados ambientais desligarem os interruptores por uma hora e sentir que estão em crédito com a natureza e que estão fazendo sua parte para salvar o mundo.

Mas e depois das nove e meia? Eu nem preciso responder a essa pergunta, mas só por via das dúvidas, volta tudo ao normal, e normal nesse caso não é bom. Todo mundo volta a esbanjar e fazer as mesmas coisas de sempre depois de os governos terem feito sua propaganda apagando as luzes de seus monumentos e atrações turísticas.

Aí você diz de novo, para fugir da carapuça: “Ai, Davi, vai dizer que você faz tudo direitinho igual falam na tv?” Se eu faço ou não faço, se o Papa faz ou não faz, pouco importa, o que importa é que você deveria fazer, porque você se preocupa e não porque os outros fazem.


Mais uma vez, caso eu não tenha sido claro, a Hora do Planeta é bem legal, o problema é como as pessoas a encaram. Mais uma vez, caso eu não tenha sido claro, a Hora do Planeta é bem legal, o problema é como as pessoas a encaram.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O renascer da fênix



-Ela voltou! Disse o geek animado. Sim, ela voltou.

Depois de ter explodido no mercado de celulares com sua linha RAZR (que foi uma revolução em design), a Motorola ficou completamente fora dos holofotes da telefonia celular. Em um momento no mínimo infeliz, ela resolver lançar os aparelhos ROCKR, uns piores que os outros, o que a fez cair cada vez mais nos rankings de venda. A Motorola havia entrado em crise.


De repente, a primeira empresa a comercializar aparelhos celulares começa a declinar. Quando estava no fim do túnel, apareceu a luz: o Android. Aproveitando a plataforma aberta da Google, a Motorola criou o MotoBlur, Serviço que integra redes sociais, contatos, e-mail em um só lugar, também é possível localizar e apagar os dados do seu aparelho à distância. Serviço fantástico, não? Não. O MotoBlur faz o aparelho travar, e não funciona como deveria, os únicos recursos que funcionam são o de sincronização de contatos, localização, e o de apagar dados remotamente. Um tiro no pé? Também não.


Com o lançamento do DEXT, seu primeiro Android, a marca viu que poderia crescer no mercado, pesquisou, investiu, e lançou o tão renomado Motorola MILESTONE, e foi ai que a marca voltou a explodir. O MILESTONE foi (e ainda é) um sucesso. Todo o mercado corporativo, a partir desse momento, tinha o seu smartphone Android. Daí os aparelhos foram brotando, BACKFLIP, SPICE, FLIPOUT, QUENCH (um celular voltado para as classes C e D) e, o meu favorito (sim, eu sou culpado!) o Motorola DEFY.


Resistente a água, arranhões, e a quedas. Ele é perfeito pra quem é descuidado como eu. Sim, sou suspeito de falar, pois esse é o meu aparelho, mas voltando ao assunto principal... Também foram lançados o i1, o primeiro Android com tecnologia iDEN, e o MILESTONE 2, mas a arma de destruição em massa da Motorola já foi apresentada.


O nome da arma é Motorola ATRIX, processador dual core de 1GHZ, 1GB de memória RAM, 16GB de memória interna, a, um pequeno detalhe: ele tem um dock que o transforma em um notebook. Celular melhor do que muito computador por ai...

A Motorola achou sua galinha dos ovos de ouro, trabalhou muito bem para conseguir o devido destaque e respeito. Agora o que lhe resta é aproveitar o momento para retomar mercado e explorar os recursos do Android, porque ninguém quer a sombra da linha ROCKR de volta.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vida de cão


Hoje vamos conhecer dois personagens muito especiais, o José e o Alfredo. O primeiro mora na rua, o segundo tem uma casa bastante confortável somente para ele.

José tentou por muito tempo conseguir trabalho, mas era rejeitado sempre. Com o tempo, ele não tinha mais reservas para pagar o aluguel do barraco em que morava na favela e teve de ir para a rua. Às vezes, ele conseguia uma vaga no abrigo para passar à noite, às vezes não.

Alfredo era bem-nascido, nunca tivera que se preocupar com trabalho. Na verdade, sempre teve pessoas que o faziam para ele, nunca precisou dormir ao relento ou se preocupar se conseguiria comer no dia seguinte. Ele tinha restaurantes que preparavam sua comida preferida especialmente para ele, enquanto nosso amigo trabalhador, que foi escanteado da sociedade, agradecia feliz o pão velho com queijo que o dono da padaria o dava vez ou outra.

Alfredo sempre tinha roupas novas, limpinhas, que comprava em lojas especializadas no seu público. José vestia uma camisa que ganhara de um político corrupto durante a campanha eleitoral e um short velho rasgado do lado há quase seis dias.

Quando Alfredo viajava, ficava em hotéis maravilhosos onde há vários especialistas para atender às suas necessidades e “fru-frus”, para José, o único meio de viajar era com a droga, e ele se recusava a experimentar.

Não pense você que José foi um vagabundo antes de ir para rua, ele estudou o máximo que pode para ter uma vida digna e sempre foi muito dedicado na escola, contribuía e ajudava seus amigos como podia. Já Alfredo, nunca assistiu a uma aula e não acrescentou nada à sociedade durante toda sua vida.

Uma certa tarde, José, que havia conseguido vaga no abrigo na noite anterior, tinha tomado banho, trocado de roupa e se alimentado, estava sentado à uma mesa em uma praça saboreando sua única refeição do dia, o pão velho com queijo, quando viu Alfredo passando do outro lado da rua e foi acometido por uma enorme inveja.

O problema disso tudo é que o Alfredo é um cachorro.

Eu concordo que os animais devem ser tratados com respeito, amados e tudo mais, mas eu só vou aceitar o Alfredo, no dia que nenhum homem ou mulher no mundo esteja sofrendo e jamais aceitarei que um cachorro seja mais importante que um ser humano.
Eu jamais maltratei um animal, mas uma pessoa que mantém um cachorro como o Alfredo está cometendo um crime contra a sociedade, contra a humanidade e deveria se envergonhar muito disso!

terça-feira, 22 de março de 2011

O declínio do preconceito no século XXI

A imagem desse texto deveria ser considerada um fato histórico, não só para a história brasileira e americana, mas para a história de todo o mundo. A razão é simples: se voltássemos 30 anos no tempo, as duas figuras da foto não estariam nela.

No nosso país, há 30 anos, era inimaginável uma mulher como Presidente da República, ainda mais uma que havia lutado contra o regime ditatorial vigente na época. Não só ela, mas vários cidadãos lutaram para trazer a democracia de volta e eles conseguiram, possibilitando que Dilma Rousseff assumisse a presidência.

Na mesma época, nos Estados Unidos, a Guerra Fria preocupava o governo de Ronald Reagan que investiu pesado em armamentos para combater o “Império do Mal” (modo como ele chamava a URSS). Nesses tempos, era incogitável o fato de se ter um presidente negro controlando a nação mais poderosa do mundo, pois o racismo, algo que sempre existiu no país em questão, era muito forte. Contudo, com uma grande mudança na ideologia norte-americana e com sucessivos erros no governo do Presidente George W. Bush, Barack Obama pôde se tornar governante dos Estados Unidos.

Essas duas figuras importantes são apenas exemplos de uma radical mudança na ideologia de uma grande parte das pessoas em vários países. Além disso, mostra que antigos dogmas e opiniões, que atrapalhavam a boa convivência em algumas nações, estão sendo superados.

O próprio ex-presidente Lula é um exemplo dessa mudança. Antigamente, no Brasil, ninguém votaria em um homem que era líder sindical, operário, de escolaridade baixa e que não "falava difícil". Demorou, mas ele conseguiu se tornar presidente e fez o melhor governo já visto pelos brasileiros até então. Não estou fazendo apologia ao PT, pois esse fato é inquestionável, basta olhar os dados de crescimento durante os anos de 2003 e 2011.

Outras figuras importantes no cenário mundial também passaram por barreiras ideológicas. Evo Morales, atual presidente da Bolívia, foi o primeiro índio a chegar ao poder de um país onde, mesmo sendo uma grande parte da população, os indígenas são discriminados. Angela Merkel, atual chanceler da Alemanha, foi a primeira mulher a assumir a chancelaria do país desde o início de sua formação e hoje é uma das pessoas mais poderosas do mundo.

O olhar do mundo quanto a certos valores, que se mostraram retrógrados, está mudando ao longo dos anos. O que é a consequência de um planeta cada vez mais globalizado, onde a palavra preconceito já não é mais cabível no vocabulário do século XXI.    

sábado, 19 de março de 2011

Homenagem ao Mestre Ariano


Nasceu na então cidade da Paraíba, que por incumbência dos acontecimentos históricos deste país, é hoje conhecida como João Pessoa. Foi em 1927, o mês era junho, Rita de Cássia Vilar deu a luz a um menino. Filho de um João, mas não um João ninguém, era João Ubaldo Pessoa de Vasconcellos Suassuna, presidente do estado da Parahyba. O menino Ariano começava neste dia 16 sua vida e sua obra que, ainda hoje, encanta e fascina em português, inglês, francês, espanhol...
Em 1930 veio a revolução. Seu pai era político influente; foi assassinado. Para fugir daqueles que se opunham ao ex-presidente do estado, Rita levou toda a família para o Cariri. Taperoá.
Dando um salto de doze anos na história, o ainda menino muda-se para o Recife. Lar definitivo do mestre. Lá, Ariano terminou seus estudos e se formou em direito e filosofia. Foi também na capital pernambucana que o Brasil passou a conhecer Ariano, agora, Suassuna. Quando tinha apenas dezoito anos, teve seu primeiro poema a ser publicado, e em destaque, no Jornal do Comércio do Recife.
Uma mulher vestida de Sol era o marco definitivo de que o filho de Rita estava decidido sobre o que fazer. E quando as harpas de Sião cantaram no Teatro do Estudante de Pernambuco, em 1948, todos tiveram a chance de ver que ele não estava ficando louco. Ariano não parou mais, peças se seguiram após estas e o menino que cresceu em Taperoá ganhava o rincão brasileiro.
Falando em Taperoá, foi nesse cantinho de mundo que o não mais menino ambientou a sua magnum opus. Auto da Compadecida narra a história de Chicó e João Grilo e suas peripécias e aventuras na busca do amor e da sobrevivência na vida difícil dos sertões nordestinos. Tremendo foi o sucesso ao qual se contabilizam quatro adaptações da peça para televisão e cinema e incontáveis remontagens nos teatros Brasil afora.
Aliás, foram estas as características que marcaram o Movimento Armorial, idealizado e praticado por Suassuna. Ele defendia que todos os ramos da arte deste pedaço do país deveriam narrar o Nordeste com o devido respeito a sua cultura e lealdade à realidade do seu povo. Enfim, criar uma “arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste”.
Hoje, Ariano Suassuna tem oitenta e três anos e continua ativo, participando de eventos e até mesmo tendo mais uma de suas obras adaptadas para televisão. A microssérie A pedra do reino exibida em 2007 foi uma homenagem aos oitenta anos do escritor, baseada no livro O romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.
Ariano está imortalmente sentado sobre a proteção do Barão de Santo Ângelo, na cadeira de número trinta e dois da Academia Brasileira de Letras. Ocupa este lugar há já vinte e um anos; o maior reconhecimento para um escritor que foi, com todo mérito, concedido ao grande expoente paraibano das palavras.
Mas, mais do que os títulos e prêmios ganhos, mais do que o dinheiro juntado com os direitos autorais de seus escritos, mais do que a fama, mais do que ter seu nome reconhecido por todo cidadão brasileiro que aprecie a boa arte, Ariano Vilar Suassuna, você tem o carinho e a admiração do povo do seu país. Cresceu em meio às limitações do sertão e, mesmo não tendo tido uma vida difícil, sofreu com os que tiveram e, em sua obra, narrou com verdadeira paixão o sofrimento daqueles que não somente vivem no sertão, mas vivem o sertão e mostrou-se um cabra arretado quando fez isso mostrando o lado mais belo das adversidades: a alegria de quem as enfrenta e, sobre todas as coisas, a esperança e a fé.
Obrigado, por ter dado ao mundo a chance de ser brindado com seu talento.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Formando fanáticos


“Vocês sentem medo das previsões apocalípticas da Bíblia?” Foi com essa pergunta que começou o meu dia, mas o que me deixou espantado foi a resposta de alguns dos meus colegas de classe: “Sim!” Depois disso, senti que a situação não iria chegar ao ridículo ao qual se dirigia, a professora, que estava ensinando valores à cidadãos em formação, disse que não deveríamos ter medo das previsões do fim do mundo – “Ufa”, pensei – mas sim aceitá-las, aceitar a nossa hora quando ela viesse. É, fodeu.

Você ta pensando que foi só isso, né? A frase ainda não tinha acabado. Na concepção desta professora, nós não apenas devemos aceitar o apocalipse, como pedir a Deus que, quando chegar a hora, ele o apresse. Apresse o nosso fim. É, amigo, fodeu de vez.

Eu não vou nem dizer que ela falou que “o que prevalece é a vontade do Senhor”, ou assumiu um dogma católico e disse acreditar nele ou ainda que eu só consigo as coisas se for da vontade de Deus, porque seria desnecessário depois dos dois primeiros parágrafos.

Mas eu não quero falar dessa professora, eu quero falar dos meus colegas que disseram sim e da significante parte da população que eles representam. Fanáticos religiosos. Talvez você queira argumentar e dizer que só porque eles acreditam no que está escrito naquele livro, não quer dizer que sejam fanáticos. Tudo bem, sua opinião, mas na minha, quem tem medo dos Cavaleiros do Juízo Final é fanático sim.

Nenhum tipo de fanatismo é saudável, mas o que mais me irrita é o religioso. Na boa, você tem o direito de acreditar no que quiser, viver a sua vida da forma que você quiser, o problema é seu, mas não pode dizer uma vírgula da minha opção e eu só estou escrevendo isso, contradizendo-me, porque já cansei de fanáticos querendo me dizer que eu estou errado. Não, eu não estou errado, eu sou apenas tão crente como você, só que eu acredito em outra coisa, simples.

Por serem cegos, milhares já foram submetidos a vidas vividas em vão, já lutaram por uma causa que não era a deles em troca de um lugar ao lado de Deus, comeram o pão que o Diabo amassou nas mãos dos representantes desse mesmo Deus e criaram em suas casas legiões de cegos molestados que os sucederam em sua nobre missão de servir ao senhor. Eu desertei, e estou com a minha consciência tranquila.

E, por mais que me doa, não pude ver meus colegas de classe de modo diferente, como se não fossem a continuação dessa cadeia, mas a opção de vida é deles e esse será meu único e silencioso protesto em relação a isso, jamais farei aquilo que condeno e esfregarei a mão na cara das pessoas para imprimir meus dogmas.

Este texto é um desabafo, não quero que ninguém tome como afronta, como tentativa de convencê-los que meu modo de pensar é correto. Não existe algo assim, cada um tem sua individualidade e é dever do outro respeitar, e cada um tem sua opinião e é seu direito expressá-la, eu apenas resolvi expressar a minha.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A prancheta mágica


Quem nunca quis um equipamento fino, portátil, algo entre um smartphone e um netbook, com tela boa pra ler livros, ver vídeos e acessar a internet? Então, esse equipamento tão desejado por todos nós é o tablet.


No início eram mais usados por executivos, não tinham um foco no entretenimento, até que a nossa “amiguinha”, a Apple lançou seu iPad (que em sua primeira versão era nada mais nada menos que um iPod gigante com versões em 3G). A partir daquele momento os tablets nunca mais seriam os mesmos.


Atrás da Apple vieram marcas como Samsung, Dell, ASUS e HP. Mas até agora, só a Samsung conseguiu lançar um tablet com vendas expressivas, o Galaxy Tab.


Apesar de ter parte de seu público afastado pelos iPhones e Androids, a RIM (fabricante do BlackBerry) também está investindo em seu próprio aparelho, com configuração robusta e interface caprichada, capaz de fazer videochamadas e de se integrar totalmente com um smartphone da marca, o que pode ser um chamariz para o mercado corporativo.


O mercado ainda tem muito a crescer. Só em 2010 foram vendidas 18 milhões de unidades, sendo que desses 18 milhões, 10,1 foram vendidos no último trimestre, e as projeções só apontam crescimento. Escolas já estão começando a substituir seus livros e apostilas por tablets, uma grande rede de ensino, a Estácio de Sá, começará a distribui-los para os alunos de Direito a partir do segundo semestre desse ano e tem meta de chegar a todos os cursos até 2013. Alguns restaurantes hoje em dia já usam iPads no lugar de cardápios e querem investir nesse tipo de inovação.


De fato os tablets crescerão em número, e poderão acabar com os netbooks gradativamente a partir de cada atualização de hardware. E, daqui a algum tempo, será comum nos depararmos com pessoas lendo livros e jornais com seus tablets em locais públicos, e, quem sabe, até em ônibus e metrôs.

sábado, 12 de março de 2011

Catástrofe aumenta a dívida japonesa

Moderno, desenvolvido, tecnológico, pequeno gigante... São uns dos termos utilizados para se referir ao Japão. Este país viveu um rápido crescimento econômico no início do século XX, pois conseguiu se industrializar, assim como as grandes potências da época. Esse crescimento durou até o início da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1941, quando o Japão atacou a base norte-americana de Pearl Harbor.

Com esse ataque, o Japão entrou na guerra ao lado das nações do Eixo (Alemanha, Itália e outros países) e passaram a lutar contra os EUA, que por sua vez passaram a integrar o grupo dos aliados (Reino Unido, França, URSS e outras nações). Forças norte-americanas e japonesas travaram inúmeras batalhas nas ilhas e no mar do Pacífico.

Mesmo com muita bravura, o “pequeno gigante” se redeu, pois duas bombas atômicas foram lançadas em seu território, matando inúmeros civis. Como consequência do conflito, o Japão perdeu parte da sua população, teve duas cidades infectadas pela radioatividade das bombas e a economia passou a não caminhar como no início do século.

Entretanto, assim que a Segunda Guerra terminou a Guerra Fria começou e os EUA precisavam de aliados na luta contra os socialistas. Logo, para ter o Japão como aliado estratégico nesse “conflito” (pois este ficava perto da União Soviética), os americanos ajudaram financeiramente os japoneses. Como conseqüência disso, o país passou a crescer e prosperar. O crescimento se estendeu pelas décadas de 60, 70 e 80 o que fez com que a pequena ilha do Pacífico se tornasse a segunda maior economia do mundo e sinônimo de desenvolvimento e inovação.

Contudo, a crise de 2008-2009 bateu à porta dos países desenvolvidos e nem mesmo o país em questão conseguiu escapar dela. Os inúmeros gastos com a população para manter o estado de bem-estar social (e outras razões), fizeram com que a dívida pública aumentasse durante os últimos anos, entretanto, mesmo perdendo o lugar de segunda maior economia do mundo (devido ao encolhimento do PIB) para os chineses, os japoneses fecharam 2010 com leves sinais de recuperação. Ainda assim, no ano passado, a dívida pública do país chegou a 225% do PIB.

O ano de 2011 está sendo terrível para o Japão, pois um terremoto, seguido de um tsunami devastou o nordeste do país. Nessa região, havia usinas nucleares e uma refinaria de petróleo que acabou explodindo, sem falar na grande quantidade de automóveis e embarcações que foram arrastadas pelas fortes ondas.

Ainda não foi calculado o custo do desastre, mas é evidente que não sairá barato e em um país onde as contas não estão em dia e que ainda não possui um plano coerente para controlá-las (lembrando que a dívida pública no ano passado foi calculada em 225% do PIB), mais um gasto irá endividar ainda mais os japoneses.

Com uma grande parte da população velha (leia-se aposentada), uma parcela jovem altamente qualificada e educada, mas desiludida, já que não consegue emprego devido ao mercado de trabalho saturado e um rombo nas contas públicas, o moderno Japão parece estar perdendo todo o seu esplendor e brilho alcançados nas últimas décadas. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Made in China agora com qualidade

Carro da empresa chinesa Chery
A fama dos produtos made in china nunca foi muito boa. Governos do mundo inteiro já enfrentaram problemas devido à baixa qualidade dos produtos vindos da segunda maior economia do planeta, já que inúmeros recalls e processos foram feitos e movidos contra companhias chinesas ao longo dos últimos anos.

Os chineses possuem uma indústria grande, avançada e adaptável às exigências do mercado interno e externo. A mão de obra é a maior do mundo e uma das mais baratas. Logo, se o país possui uma forte, barata e vasta força de trabalho e uma indústria altamente produtiva e competitiva qualquer coisa pode ser desenvolvida na China. Então, por que muitos produtos de lá são de baixa qualidade?

O governo chinês sempre esteve de olho nas classes mais baixas, que não podem comprar produtos muito caros. Então, para atrair esse tipo de mercado consumidor, muitos produtos made in china são de baixa qualidade, pois o custo da produção destes não é caro, por conseguinte o valor final fica muito mais barato, assim podendo ser adquirido pela classe D. Além disso, com a desvalorização artificial do yuan as mercadorias exportadas ficam muito mais baratas. Essa lógica domina a nação em questão, pois é investimento certo e muito lucrativo devido ao grande número de nações pobres no planeta.

Contudo, isso está mudando. Visando dominar vários setores produtivos, hoje liderados pelos EUA, Alemanha, Japão e outras nações com indústria competitiva, A China estabeleceu 2011 como o “Ano do Reforço à Qualidade das Mercadorias Exportadas”. Os ministérios de Hu Jintao começaram a adotar medidas para aumentar a qualidade dos produtos chineses.

Com a produção de “qualidade” no país, o governo passa a adotar a terceirização dos antigos e difamados produtos que agora serão produzidos em países como a Índia, Malásia, Indonésia e Vietnã, onde a mão de obra é barata. Essas medidas já estão tendo reflexo no Brasil.

Segundo o jornal “O GLOBO” (10-03-11), os equipamentos para a indústria brasileira vinham dos EUA e da Alemanha, agora, entretanto, a China passou os alemães e consolidou-se como a segunda maior exportadora. Os dados preocupam o governo que já está adotando medidas para proteger o mercado nacional contra a crescente enxurrada de produtos vindos do Oriente.

Para as indústrias daqui, que estão com a infra-estrutura precária e consequentemente com a competitividade comprometida, devido à falta de investimentos, grande carga tributária e valorização do real, as ações do governo chinês colocam a produtividade em xeque.

Seria interessante se o governo brasileiro investisse mais na exportação de produtos industrializados, modernizando as indústrias nacionais, ao invés de ficar se preocupando com “velhos produtos made in brazil” (leia-se commodities).

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia da Mulher, o que fizeram com você?


O dia oito de março é o dia anual da bajulação à mulher, pelo menos é dessa forma que o vemos. O dia em que somos obrigados a dar flores, chocolates, fazer juras de subordinação e todas aquelas coisas para levantar a moral feminina que, se realmente verdadeiras não precisariam de um dia para ser feitas.

Mas o Dia da Mulher não tem nada a ver com isso.


O Dia da Mulher é uma data de sangue. O dia oito de março marca o acontecimento mais triste, mais covarde da história da luta do sexo feminino pela igualdade de direitos. No ano de 1857, cerca de 130 mulheres foram trancadas na fábrica onde trabalhavam em Nova Iorque e queimadas até a morte como forma de represália aos protestos que vinham fazendo.


Talvez seja eu, mas não enxergo onde os chocolates se encaixam nessa carnificina.




Porém, mais uma vez somos entregues aos caprichos capitalistas, que não respeitaram nem mesmo o luto desta data, e somos entregues à nossa ignorância que nos faz permitir que algo assim simplesmente seja esquecido, ou pior, nem mesmo conhecido. O dia da mulher é um dia comercial, uma oportunidade para a indústria voltada ao público feminino multiplicar suas vendas e fazer isso com o sangue daquelas tecelãs norte-americanas.


Você que é mulher, não deveria esperar por presentes, cobrar congratulações ou brigar por não recebê-los. Deveria ir às ruas para honrar o nome daquelas que morreram por você, daquelas que realmente morreram por você. Sair às ruas, como tantas mulheres conscientes fazem neste dia e lutar, porque muita coisa mudou desde aquele episódio dois séculos atrás, mas muita coisa ainda precisa mudar.

Hoje é dia oito de março, o dia em que você deve gritar sua liberdade, crescer as iniciais desta data e crescer como mulher e cidadã. Não espere os meus parabéns.

sábado, 5 de março de 2011

Poluição sonora


O carnaval enfim chegou. Todo mundo está brincando o feriado preferido dos brasileiros e um ato de extrema falta de respeito parece se intensificar nessa época do ano. Os paredões se multiplicam pelas ruas, parece que todos têm um rádio novo e fazem questão de mostrar que ele toca alto, pois é, caso não tenham reparado, eu não tenho a menor obrigação de escutar o seu barulho.

Estou escrevendo agora ouvindo um duelo sonoro entre o vizinho da direita com o vizinho da esquerda, são menos de nove horas da manhã e isso já está durando uns três CDs e algo me diz que eu vou dormir e eles ainda estarão decidindo quem tem o pinto maior.

Só que o grande problema não é que as pessoas façam isso no carnaval, seria suportável ter seis dias barulhentos no ano, o grande problema é que não temos um de sossego. Ou tem alguém na sua rua ouvindo música alta, ou as lojas gritam suas ofertas nas calçadas, ou carros de som passam na porta da sua casa ou, o pior, tem algum sem noção ouvindo música no ônibus. Se você quer ouvir sua música, ponha seu fone de ouvido, eu tenho certeza que você tem um.

E essa situação fica ainda mais crítica, com o passar do tempo e das caixas de som mais potentes, essas pessoas vão perdendo a audição, juro que acharia ótimo se elas simplesmente parassem de fazer barulho, porque não escutam mais a ele, mas elas escutam, só precisam aumentar ainda mais o volume, pois é, sou eu que estou quietinho na minha casa que me dou mal de novo.

Mas esse é só um exemplo de uma série que evidencia um grande problema da nossa sociedade: falta de educação. A gente sabe que vai incomodar o outro ouvindo música alta, a gente sabe que é errado furar fila, a gente sabe que é errado depredar as coisas dos outros, a gente sabe, mas faz do mesmo jeito, porque são os outros que vão sair perdendo, agora, quando é com você, amigão, você não gosta.

Custa abaixar o volume? Custa esperar um pouquinho? Custa se levantar para um senhor poder ir sentado no ônibus? Não, não custa e se você pensou que sim, você tem que melhorar muito para começar a almejar o seu lugar como cidadão.
Vamos respeitar os outros, só para experimentar, se você não sentir um momento sequer de gratificação pessoal por isso, se em nenhum momento você se sentir bem por ter ajudado uma pessoa gratuitamente, eu calo a minha boca, mas você vai, amigão, eu tenho certeza que vai.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Um corte mal feito

O corte de 50 bilhões de reais, anunciado pelo Ministro Guido Mantega, já está sendo uma pedra no sapato de alguns brasileiros. Um dos exemplos disso são os concursos públicos federais, que não serão realizados no ano de 2011. O programa “Minha casa, minha vida” também sofreu com o corte, assim como muitos outros projetos do governo.

Essas medidas não faziam muita diferença no meu dia a dia, entretanto hoje (02-03-2011) vi o que um corte pode fazer. No Colégio de Aplicação da UFRJ, 30 professores substitutos estão sem receber os seus salários desde Janeiro. Além de não terem um contrato estável como os professores efetivos, recebem uma menor remuneração.

O Cap-UFRJ é uma instituição de ensino renomada no Brasil, contudo sua infra estrutura é completamente precária, onde os alunos sofrem com o calor dentro das salas de aula, devido à falta de ar condicionados. Sem falar no estado do laboratório de Física e da sala de vídeo. Por isso e por muitos outros motivos, um protesto foi realizado e amanhã (03-03-11) não haverá aula.

É evidente que um corte teria que ocorrer cedo ou tarde. Entretanto, este está sendo feito de forma incoerente, o que está afetando setores importantes para o crescimento do país.

A grande fatia tirada da verba da educação só comprova como o governo está sendo completamente incompetente na questão do corte. Projetos bilionários e que podem ser adiados ou até mesmo esquecidos, devido a sua inviabilidade, são as meninas dos olhos do governo Dilma.

O Trem Bala, que ligará as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, custará 33,2 bilhões de reais (só lembrando que o corte anunciado pelo governo é de 50 bilhões de reais). Muitos têm criticado esse projeto, afirmando que o Brasil precisa de mais estradas de ferro para poder escoar mercadorias, matérias primas, pessoas e etc. pelo nosso território de dimensões continentais. A Rússia, que possui o maior território do mundo, é cortada por extensas estradas de ferro. Desde a era socialista, elas são vitais para a economia do país.

Belo Monte, que já é criticado mundialmente, é um dos projetos que o governo insiste em tirar do papel, custará quase 19 bilhões (lembrando novamente que o corte anunciado é de 50 bilhões). Muitos falam de sua inviabilidade e que este pode ser substituído por outras fontes renováveis e rentáveis.

Gastar muito e mal é, infelizmente, uma das políticas de Dilma. Nossa presidente precisa entender que outros inúmeros setores precisam de maiores investimentos, pois estes são chave para o desenvolvimento do país.  

Portanto, se Dilma Mãos de Tesoura não souber aparar devidademente os verdadeiros e inflacionários gastos, protestos como os do Cap-UFRJ se transformarão em manifestações a nível nacional, como as que vimos nos países europeus e árabes. 

terça-feira, 1 de março de 2011

O acordo da morte (?)


Muito tem se comentado sobre o acordo que a Nokia fez com a Microsoft, isso inclusive rendeu uma matéria aqui no blog. O que muitos ainda não sabem é que esse acordo pode acabar manchando a imagem da empresa finlandesa. Pode até parecer um pouco improvável, mas é possível que aconteça.
 
A Nokia, apesar de ser uma empresa consolidada no ramo de telefones celulares, sempre foi vítima de duras críticas sobre problemas de adaptação do seu sistema operacional, Symbian, com aparelhos de tela touchscreen e uma série de travamentos em aparelhos da marca, mas sempre investiu em melhorias. Agora a situação é diferente...
 
Com a adoção do Windows Phone como seu principal sistema, a gigante dos celulares deixa seu outro projeto, o MeeGo, fruto de um acordo com a Intel, em segundo plano.
 
Assim, fica uma dúvida no ar: “Será que ela pode fazer um sistema operacional eficiente?” Essa incerteza pode e já está afastando investidores da Nokia, que não se convenceram e por causa disso, as ações caíram mais de 11%.
 
Como na informática nada é certo, esse suspense irá pairar até o lançamento dos primeiros telefones com o até agora fracassado Windows Phone 7. A Microsoft com certeza será a maior beneficiada nesse acordo, mas a Nokia só o tempo dirá. Talvez, desse acordo que tem tudo para ser um fracasso, saia uma revolução do ramo da telefonia celular.