terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quando Me Deito

Deito a cabeça no travesseiro
Fecho meu olhos lentamente
E um mundo se abre na minha mente
Angustias propagam-se

Planos vão surgindo para o amanhã
Tudo o que eu quero é descansar
Para acordar pela manhã
Mesmo que meu consciente grite por uma noite de sono

Minhas ideias a mil me deixam tonto
Lembro do dia de ontem, 

Lembranças que fazem rir por dentro
Sinto borboletas no estômago,

Não aguento...
O coração dispara

Penso no próximo encontro
Ensaio todas as falas
Construo todo um futuro para nós dois
Pouco me importa se é fruto da minha imaginação
Disso eu tomo conta depois...
Quero pegar meu celular

Seu número discar
Interromper seu sono
Só pra te dizer que em ti não paro de pensar
A coragem não é suficiente nem para os olhos
 abrir
O que me resta é desejar bravamente
Para que em seus sonhos eu possa sorrir
Te dar um beijo de boa noite
Te fazer um cafuné

Admirar seu encantos
E dizer baixinho no seu ouvido:
"Boa noite meu amor, durma com os anjos"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Brasil e a crise mundial


O mundo está quebrado. As grandes potências do mundo já não conseguem sair do buraco, desde a Crise de 2008-2009 e muitos já falam em um novo período de grande recessão. O Fundo Monetário Internacional (órgão internacional que assegura o bom funcionamento do sistema financeiro) revisou a média de crescimento mundial para baixo. Será que o mundo enfrentará um “mergulho duplo” (W)?

Mas o que é “um mergulho duplo”? É um termo usado pelos falantes do economês para dizer que, depois de uma crise (como a de 2008-2009), o mundo teve uma leve recuperação, mas entrará em recessão novamente. Isso ocorre quando os problemas da última crise não foram devidamente solucionados, ou seja, ainda há muitas feridas abertas no sistema financeiro.

Esse anúncio de uma nova recessão pode ser confirmado por inúmeras notícias que vemos todos os dias nos noticiários: Zona do Euro em crise, Estados Unidos não saem do CTI, Japão ainda nem respira... Enfim, parece que é difícil crer que não estamos entrando em mais um período sombrio.

Enquanto isso, no Brasil, a inflação e a alta do dólar começam a incomodar. Isso porque, com a alta da moeda americana, produtos que são importados ficam mais caros e isso ajuda no aumento da inflação. E o como esse “mergulho duplo” pode atrapalhar a nossa nação?

O Brasil é profundamente dependente da exportação de commodities (gêneros agrícolas, petróleo, minério de ferro e outros). Os países desenvolvidos são os maiores comparadores desses produtos, logo, com uma crise, a demanda por commodities por parte dessas nações vai cair consideravelmente. Isso levará a uma queda nos preços destes produtos, que por enquanto se encontram em alta. Portanto, nossas exportações serão afetadas.

Contudo, como nem tudo em economia é completamente ruim, essa queda na demanda mundial pelos nossos produtos contribuirá para o controle da maligna inflação. Recentemente, outras medidas têm sido tomadas para controlar esse antigo fantasma. Uma delas foi a de segurar o consumo, através do aumento do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) sobre os carros que não são produzidos no MERCOSUL e/ou que não possuaem 65% do conteúdo brasileiro. Com isso, os analistas preveem um aumento de 25% a 28% no preço dos automóveis.

O mercado de ações daqui também será afetado se uma nova crise começar, já que as bolsas americanas e europeias ditam o humor dos mercados. E como estes países serão profundamente afetados por esse evento, suas bolsas também sentirão a forte pancada.  

Portanto, os efeitos de uma possível crise aqui não serão tão catastróficos, mas sim nos países desenvolvidos. Ainda assim, devemos torcer para que eles saiam logo dessa terrível situação, pois, para que a saúde financeira do mundo esteja boa, é necessário que a deles também esteja.       

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rock In Rio

 Eu já postei aqui sobre a realizaçãodo meu sonho de ir pro Rock In Rio, então hoje falarei sobre o evento em si.


Numa época em que shows no nosso país eram raros (pela falta de infraestrutura, por furtos de equipamentos e históricos de “calote”), Roberto Medina, publicitário e empresário brasileiro, um dia teve a ideia de criar um festival que provasse que o Brasil podia fazer shows internacionais. Daí nasceu o Rock In Rio.

Durante a construção da Cidade do Rock (local onde aconteceu o primeiro evento) um problema em específico veio à tona: o terreno. O solo era instável, de difícil construção, mas depois de o evento quase ter sido cancelado, eles conseguiram cumprir o prometido. Para se ter uma noção, a primeira Cidade do Rock tinha uma área de gramado de 87mil m² (mais ou menos 12 Maracanãs), três palcos giratórios de 5500 m², uma verdadeira cidade. Tudo pronto, o evento começa e... Chove. Acredite, a chuva foi animadora. Jovens de jogando no chão, fazendo guerra de lama, pareciam todos crianças.

Foram 10 dias (11 à 20 de janeiro) de muita música. Com atrações como como Iron Maden, AC/DC, Ozzy Osboune, James Taylor, e Queen (com sua lendária apresentação de“Love of my life”), o Rock In Rio foi um sucesso, levando mais de 1 milhão de pessoas à Cidade do Rock. Estampou as capas de revistas de jornais não só brasileiros como de toda a mídia internacional. A missão estava cumprida: Roberto Medina provou que o Brasil era sim capaz de produzir um mega evento musical. O primeiro deixou um gostinho de mais, e que assim seja...

Com a Cidade do Rock demolida, a segunda edição teve de ser no Maracanã. Mesmo com o público reduzido em quase metade, foi outro sucesso, que fez com que a marca se tornasse mais forte ainda. 

A partir de 2001, o festival começou com a campanha “Por um mundo melhor”, campanha essa que foca em ações sociais e ecológicas, numa época que ainda não se falava de aquecimento global, efeito estufa e outros fenômenos climáticos. Durante essa edição, antes dos shows começarem, houve um ato simbólico: mais de 3000 emisoras de rádio e TV de todo o mundo pararam por três minutos por um mundo melhor. A partir daí surgiram os programas sociais do Rock In Rio.

Em 2004, o Rock In Rio se tornou internacional. Em maio daquele ano, acontecia o primeiro Rock In Rio Lisboa, evento que como todos os outros anteriores, foi um sucesso. A vez de Madrid chegou em 2008 e como os outros também teve o mesmo resultado.

Hoje, 26 anos depois da primeira edição, o Rock In Rio volta à sua terra natal mais amadurecido. Considerado um dos maiores festivais de música do mundo e top of mind no Brasil, na Espanha e em Portugal, tendo mais importância do que a Fórmula 1 em Madrid, por exemplo. O Rock In Rio não é mais um simples evento, é algo bem maior que a primeira edição. Esse ano o festival agradará todos os estilos musicais. Grandes nomes da música como Elton John, Stevie Wonder e Guns 'N Roses marcarão presença no evento musical mais esperado do ano no Brasil. Aos que ainda não sabem os artistas que se apresentarão (o que é meio difícil, admito) o link do line up completo está disponível aqui.

Com uma Cidade do Rock inteiramente nova, com 150 mil m², dois palcos, tenda eletrônica, espaço fashion, a rock street (uma “rua” inspirada em New Orleans onde tocará bastante blues, jazz e também terá restaurantes) e briquedos como o kaboom, montanha russa, tirolesa, roda gigante. Depois do Rock In Rio, o terreno ficará disponível para shows e outros eventos na cidade.

Aos que não irão aos show, existem alternativas: Quem tiver tv por assinatura, pode assistir a transmissão pelo canal Multishow a partir das 16h30. E a partir das 19h, a cobertura também será feita pelo portal Globo.com. Já os que estiverem fora do Brasil, poderão ver pelo YouTube neste link aqui.

Aos nossos leitores que como eu também irão, só lhes tenho a desejar um bom Rock In Rio.

domingo, 18 de setembro de 2011

Os Onzes de setembro



- Entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, o Japão, depois de ter 67 cidades bombardeadas, teve as cidades de Hiroshima e Nagasaki atingidas por bombas atômicas.

- 20 de março de 2003: O Iraque é bombardeado por horas. Por mais que existam controvérsias sobre os motivos da guerra, inocentes morreram ( e morrem até hoje pelas consequências da guerra).

- 11 de setembro de 1973: Morre o presidente Salvador Allende, do Chile, durante um bombardeio ao Palácio de la Moneda, gerando um golpe militar, o que causou a ditadura de Pinochet. Muitos morreram durante a época pós - golpe, durante a ditadura.
- 11 de setembro de 2001: Após quatro aviões terem sido tomados pelo Al-Qaeda durante paradas em suas rotas, um caiu no Pentágono; outro, em uma área rural após os passageiros tentarem retomar o controle. Os dois últimos, no World Trade Center, as torres gêmeas.

Domingo, dia 11 de setembro de 2011, 10 anos do ataque às torres gêmeas, em Nova Iorque, Estados Unidos. A televisão brasileira, assim como todos os jornais, já preparavam desde o início do mês algumas prévias sobre a reportagem que viria a acontecer no fatídico dia dos atentados. Mostraram de tudo, desde como tudo aconteceu antes e durante os ataques, até diferentes perspectivas sobre o acontecido.

Nada mais digno do que relembrar essa lástima que se passou durante um dia normal de trabalho, escola, faculdade ou até passeio na agitada cidade americana. Todas as pessoas foram homenageadas, inclusive dois brasileiros que morreram no atentado principal. Toda aquela espiritualidade das homenagens sendo calorosamente demonstrada, nada que não emocionasse, mas... Será?


Não se lembram anos e anos das bombas de Hiroshima e Nagasaki, ou da guerra do Iraque, que até hoje causa sequelas. Quem irá lembrar o ataque do Chile? Do início da ditadura no Brasil? Quem irá fazer uma semana de reportagens, cheia de prévias, espiritualidade e motivações para a paz no mundo? No máximo fazem uma reportagem só.

Mas agora, porque se dá mais valor a uma coisa do que a outra? Simplesmente não dá para entender de fato. Estaria mídia brasileira sendo pelega do governo americano? Ou é somente pelo fato de o que é do solo estadunidense dá mais capital do que outras coisas que, aparentemente não tem importância econômica? Ou é empolgação dos produtores que gerou uma boa idéia, que fez surgir pequenos cifrões nos olhos dos ‘grandões’ da TV e jornais?

Simplesmente não dá para saber, mesmo parando para pensar, analisar e especular de acordo com a história da TV brazucona; até porque se formos fazendo teorias de conspiração aqui isso vira um blog de mistérios, e não um blog informativo, né rapaziada do bem ;D
Fazer o que.

Agora, vamos ver por outra perspectiva, uma mais real.
Se formos ver por um outro lado, iremos perceber o seguinte: Pra que, Deus meu, alguém vai fazer isso com tanta coisa acontecendo no mundo?

Quer homenagear? Homenageia, cara! Foi horrível? Muito, demais!

Mas não se deve tratar como a coisa mais importante que existe.
Ouvi dizer muitas vezes que foi “o maior atentado terrorista da história”.
Sério?

No Japão, 67 cidades foram bombardeadas, e, durante 3 dias, sofreu um terror absurdo: No dia 6 de agosto, a bomba atômica denominada “Little Boy” caiu na cidade de Hiroshima... Três dias depois, no dia 9, a bomba também atômica “Fat Man” foi lançada sobre a cidade de Nagasaki, causando mortes, deformações, e radioatividade em altos níveis, que causa sequelas até hoje, por conta de deformações serem hereditárias. Imagina só!

No Iraque, Bagdá foi quase completamente bombardeada, deixando muitas mortes. Além disso, muitos inocentes foram presos, torturados e mortos, mulheres foram estupradas... Crianças foram desnudadas e ridicularizadas na frente de muitos soldados. E alguns ainda botaram vídeos na internet. Imagina de novo.

No Chile, enquanto todo mundo tinha a esperança de um governo democrático, Salvador Allende foi morto, iniciando o maior terror que o país já teve: Pinochet. Nem preciso falar como uma ditadura é.

Ainda tem mais, só que eu escolhi esses três exemplos pra vocês darem uma olhada só.

Agora, a parte mais importante desse texto:
Pessoal querido do meu coração, prestem atenção. Não estou sendo antiestadunidense, estou simplesmente fazendo uma crítica construtiva a nossa mídia. O que eu estou querendo dizer, é:

Todo atentado, deve ser tratado como igual ;D

Se pessoas morreram, se feriram (física e psicologicamente), sofreram consequências quaisqueres que sejam, isso é indiscutível. Vamos homenagear a tudo e todos, como iguais! Não estou dizendo aqui que o terror americano foi pior ou mais ameno do que o chileno, ou japonês, iraquiano, armênio, chinês, qualquer um. Estou falando que se é ruim, é ruim e acabou.


Vamos pensar um pouco sobre o que vem até a gente pela TV e jornais, nem sempre é algo super confiável. A mídia pode ter boas intenções em algumas vezes, mas em outras, o que prevalece é o
interesse.Um abraço!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Escalada

Tanta coisa se passa pela minha consciência
Tornando-a um labirinto sem coerência
Só o que queria era poder enxergar através dessa neblina
Poder ter o sol a favor da minha reflexão divina
Vou escalando montanhas, uma por uma
Não tenho pressa nenhuma
Pois não há montanha que suma
Quando cair,
Levanto e continuo a subir
Não há limites, a queda é dura
Mas não tenho medo de altura
Me apavora muito mais o chão tão certo
Do que a sensação de se jogar num céu aberto
O céu azul
Me guia pro Sul
E as vezes aponta pro Norte
Só o que eu faço é seguir,
não tenho medo da morte.
A morte não é morte se faz parte da vida
É apenas outra etapa com passagem só de ida
No caminho a gente se aventura com cada pessoa
Descobrimos que tem gente até que voa
Estaciono o meu olhar a cada ilha
Tem que aproveitar as oportunidades
Porque a vida nem sempre é só maravilha
A tarde escurece e a lua ativa
Pra gente aprender que a noite também cativa
Entra na fila, pega senha
E espera porque não há dia em que o sol não venha.

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro e a economia americana

No dia 11 de Setembro, de 2001,os Estados Unidos sofreram um grande ataque terrorista desenvolvido pelaorganização Al-Qaeida. Como consequência disso, o Pentágono (sede doDepartamento de Defesa norte-americano) e o World Trade Center foram atingidospor aviões comercias da empresa American Airlines, o que causou a morte de milharespessoas.

Em reposta aos ataques, o entãopresidente George W. Bush iniciou uma campanha militar no Oriente Médio paracombater o terrorismo. Com isso, o Afeganistão foi invadido sob a alegação deque o governo extremista do país (Talibã) estaria protegendo um dos principaisautores dos ataques do 11 de Setembro: Osama Bin Laden. Entretanto, este nãofoi encontrado no país em questão.

Posteriormente, o Iraque foiinvadido sob a alegação de que o regime de Saddam Hussein possuía um grandeestoque de armas de destruição em massa, o que colocava, segundo o presidenteBush, os EUA em risco. Contudo, nenhuma arma com tal capacidade de destruiçãofoi encontrada.

No início desse ano, Bin Ladenfoi morto no Paquistão por soldados das forças especiais americanas, em umaoperação secreta.

Toda essa grande cruzada causou amorte de vários americanos e, além disso, um grande rombo nas contas públicas.Isso porque, devido à grande expansão militar americana no Oriente Médio, asforças armadas desse país necessitavam de cada vez mais homens e armas. Logo, ogoverno Bush investia (leia-se jogava fora) bilhões de dólares para manter astropas e produzir mais armamento.

Mesmo com o orçamento ficandocada vez mais apertado, o presidente Bush não mudou a sua política militar. Porisso, o mesmo era alvo de várias críticas dos cidadãos que já estavam fartos deuma cruzada que estava acabando com a vida de vários jovens e arruinando ascontas públicas.

A situação realmente se agravoucom a Crise de 2008. Essa catástrofe financeira, que teve início nos EUA,abalou profundamente a economia da nação em questão, que estava crescendo abase de inúmeras dívidas acumuladas durante oito anos de governo.

Portanto, quando Obama assumiu apresidência, ele se viu chefe supremo de uma instituição afogada em uma crisefinanceira e profundamente endividada. Recentemente, Obama tem tentado aprovarpacotes de estímulos à economia de seu país para tirar o mesmo do buraco,entretanto Republicanos e Democratas não conseguem chegar a um acordo sobretais medidas. Segundo a revista “Exame”, a dívida americana representa 93,2% doPIB da nação.

Dessa forma, é possível percebero tamanho do impacto do 11 de Setembro nos Estados Unidos, já que, até hoje,não só as famílias das vítimas sofrem devido às perdas de parentes no atentado,mas a economia ainda apresenta feridas dessa época que ainda não foramcicatrizadas e que hoje causam dores nos bolsos de muitos americanos.


Gráfico de gastos militares dos EUA na última década.






sábado, 10 de setembro de 2011

Esse é o meu Brasil!


 “Esse é o meu Brasil!” É uma frase muito bonita, de fato. Precisamos encher a boca e estufar o peito para falá-la. “Esse é o meu Brasil!”, ele é meu, não seu, mas meu. E é assim que todos os pseudo-patriotas que usam essas palavras com tom pejorativo e sarcástico deveriam pensar, pois o Brasil deles, o Brasil “sem concerto”, o “país de ladrões” é o Brasil deles, e não o meu.
         
E sabe o que é mais legal ainda? É que essas pessoas, a maioria da população, vão a ginásios ou eventos esportivos quaisquer e gritam euforicamente que são brasileiros e mais, repletos de orgulho e amor. Imagino as conversas dentro dos carros, no engarrafamento para voltar para casa ao fim do dia. “Olha esse trânsito? Tinha que ser no Brasil mesmo! E ainda querem fazer Copa do Mundo aqui.” Bem, uma novidade aos que cantam o mesmo refrão batido nos ginásios brasileiros desde, pelo menos, quando eu me entendo por gente. Equipes esportivas não são o nosso país e nem representam ele. Selecionados de atletas são, olha que surpresa, selecionados de atletas. Não um país, por mais que seja essa a imagem que é vendida.
         
O país, o Brasil de verdade, é o povo. O povo e as nossas riquezas, nossas matas, nossa bandeira, nossa cultura, nossa multicultura, nossa miscigenação, nossa música, só que disso a massa não se orgulha. Ninguém bate no peito pra dizer que tem orgulho de ser brasileiro quando uma fatia da população deixa o nível da pobreza, ninguém bate no peito para dizer que é brasileiro quando o país se torna credor do FMI. Ninguém bate no peito para dizer que é brasileiro quando uma mãe solteira com dois empregos vê um filho passar para a universidade depois de tanto sacrifício.
         
A que conclusão nós podemos chegar? Que o brasileiro, este que canta, tem orgulho do Giba, do Leandrinho, do Neymar, mas não consegue ter orgulho dele próprio.
       
Eu espero que vocês também percebam que a algo errado com isso. Um país onde o povo se desmerece, ataca à política e continua insistindo nos mesmos erros burros em relação a ela, uma pátria que dá motivos de orgulho aos seus filhos e é renegada. O Brasil é uma mãe que apanha do filho viciado.
   
Falando com toda a honestidade possível e sem sensacionalismo, dói muito em mim quando eu escuto alguém de dizer que tem vergonha de ser brasileiro. De verdade. Sinto um aperto no peito e uma tristeza repentina ao pensar que um filho da terra não a quer bem. Dói quando escuto alguém dizer que gostaria de ter nascido em outro lugar, por mais que seja uma questão de escolha, foi aqui que você nasceu, e é essa a sua pátria. Nós não escolhemos nossos pais ou nossas mães, mas nós os amamos, da mesma forma deveria ser com o nosso país para que não nos coloquemos em estado de comparação com aqueles que rejeitam os seus pais, aqueles que lhes deram a vida. O Brasil não deu vida a nenhum brasileiro, mas é este país, sua cultura e sua estruturação social que lhe fazer ser o que é hoje, pois você produto do teu meio e é este o teu meio.       

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

UPP



O Estado retoma o poder que estava sendo controlado pelo tráfico há cerca de pelo menos 20 anos, mas os moradores ainda continuam sendo reféns do medo e da manipulação de ideias. 

Uma palavra, na minha opinião, traduz o governo do Estado do Rio de Janeiro, sua incursão e invasão do complexo do Alemão: o “Diversionismo”. Ele é a arma utilizada para reduzir a importância, embaçar o brilho e colocar em pauta todas as questões sobre o controle social e cultural que irão acontecer nos próximos capítulos dessa novela escrita pelo governador do Rio Sergio Cabral. 

No mês de novembro do ano de 2010, os olhos do Brasil estavam voltados para a conquista territorial do Complexo do Alemão. A meu ver parecia uma cena de guerra e sem dúvida era uma guerra, caminhões lotados de soldados preparados para o que de e vier, policiais com suas armas em punho esperando apenas o momento da invasão e todos os cidadãos brasileiros esperando por uma carnificina. Algo que não aconteceu, devido à grande circulação de jornalística (fato histórico na policia do Rio de Janeiro). 

De certa forma, mesmo sendo um crítico de todas as reformas governamentais, pois as enxergo como uma forma de arrecadação de votos, tenho que salientar a grande importância da retomada de uma área tão populosa que até então era dominada pelos criminosos que circulavam impunes no interior da favela com seus fuzis e metralhadoras. 

Entretanto, também temos que tomar ciência de que esse tal projeto que acaba de iniciar precisa de reformas, deixar para trás o ufanismo e colocar em prática todas as medidas construtivas e interacionistas entre a comunidade e a policia, que nas últimas décadas vem travando uma batalha de interesses contraditórios e às vezes irrelevante. 

Precisamos esquecer um pouco que, com a ocupação das comunidades pacificadas, os problemas irão se dar por encerrados. Mito. Eles acabam de começar, pois os moradores dessas comunidades convivem há anos com a ausência do poder público. Contudo, também convivem de perto com o abuso e a intolerância dos policiais corruptos. 

O que estamos vendo é uma tentativa de reorganização do poder público, enfatizando apenas a segurança pública e esquecendo todos os aspectos sociais e geopolíticos da sociedade que ali vive. Também devemos cobrar não só segurança mas também infraestrutura, saneamento básico, educação e moradia. Caso o governo não dê tanta importância a tais projetos, a ocupação será apenas um mero marketing estratégico de como arrecadar votos e acreditar na mentira alheia. 

Esta ocupação trata-se do maior golpe já feito através de uma política de repressão criminal no Brasil. Apesar do acontecimento histórico do poder público de “letalidade baixa", o governo precisa punir policiais que abusam do seu excesso de autoridade arbitrária. Essas denúncias são preocupantes e não irrelevantes neste processo de interação do policial com a comunidade. Tal processo deve ser acompanhado de perto, já que essa escassez de entendimento de ambas as partes coloca o mesmo em xeque. 

O governo garante que não faltarão punições aos maus policiais, mas não adianta repreender. Devemos educá-los psicologicamente, pois os mesmos tratam os moradores como marginais. Todavia, o que agora estamos assistindo em todos os meios de comunicação é uma tendência de melhorias e de uma melhor qualidade de vida para a população local. Devemos destacar a importância de cobrar e de mostrar à sociedade que não vamos viver em um mundo de pertinências utópicas governamentais.

Queremos soluções adequadas, progressos construtivos nas comunidades e no modo de repressão policial. Acabar com as festas no alto da comunidade de uma forma arbitrária, nos traz o sentido de um apartheid cultura e social (difundida a ideia de que o funk, pagode ou qualquer outro estilo musical não é cultura). 

Portanto, saliento que essa interação deve ser avaliada de perto e fazer parte da obrigação do Governo ou da Polícia Militar respeitar os moradores e dar vida digna a tão e não continuar fabulando promessas ilusórias.

Por: Teco Trajano.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Preferência Nacional


Ganhei um carro no dia de São João.  Fiquei tão feliz com a surpresa que resolvi batizar o carro com o nome de João, ele faz parte da minha vida e da minha história.

No primeiro ano com o João, no dia de São Cosme e São Damião saí com meus filhos, os do vizinho e de parentes, todos dentro do carro.  João ficou tão lotado de crianças que não tinha espaço para os doces.  Todo mundo se divertiu muito, menos, é claro, meu marido quando descobriu que o tanque de combustível que ele deixou cheio, estava vazio.

De uns tempos para cá, João tem andado “caído”, está precisando de “trato”.  Não tenho previsão para trocar de carro, mas o nome dele já está decidido: será “bunda”.

Você deve estar pensando agora, porque eu faria isso?  Evidente que é para me divertir mais.  Já imaginou meu carro sendo uma “bunda”.  Vai chamar atenção por onde passar, meu marido vai querer zelar o tempo inteiro por ela, todos vão querer pegar na minha “bunda”, encostar então nem se fala.  Se um dia algum desavisado quiser roubar, terá um alarme que tocará: “larga minha “bunda”, larga minha “bunda”,... e irá aparecer um monte de valentões para defendê-la.  Já reparou que a “bunda” tem preferência nacional, basta olhar o destaque que tem nas capas de revistas e jornais, e para as pessoas que “quebram o pescoço” quando ela passa.

Pena que o Brasil não tem bunda.  Pois se ele tivesse, o povo se interessaria por, pelo menos, uma parte do país, e ele teria mais atenção e seria mais admirado.  O curioso é que, mesmo o Brasil não tendo bunda, tem aparecido muita “merda” para tudo que é lado.

Quem anda fazendo tanta “cagada” por aí, anda tentando esconder, porque já está fedendo muito.  Com certeza é aquele “outro” povo que anda escondendo nas malas, nas cuecas e empurrando para debaixo do tapete fingindo, desta forma, que não estão vendo.  Também há os que “peidam” solenemente e disfarçam que não foram eles, só para outro levar a culpa em seu lugar.

Tenho vergonha disso tudo. Será que um dia algum brasileiro terá coragem de limpar toda esta “cagada”?  

Maria Helena Galves - ago/2011

(integrante do MAB - Movimento de Atitude Brasileira )

sábado, 3 de setembro de 2011

(RED) - Do something about HIV/AIDS


In 2009, 370,000, babies were born with HIV. In 2015, that number could be ZERO. Since its launch in 2006, (RED) has generated over $170 million for the Global Fund and over 7.5 million people have been impacted by HIV and AIDS programs supported by your (RED) purchases. 

(RED) is an incredible organization, truly devoted to people. And so are these friends of (RED): One, Malaria NO MORE, Bill & Melinda Gates foundation, Friends of the Global Fight against AIDS, Tuberculosis, and Malaria, Care, United Nations Foundation, UNAIDS. 

Facts about HIV/AIDS: 

Of the 33.3 million people living with HIV/AIDS across the world, 22.5 million are in Africa. 

More than 29.4% of people are said to be living with HIV/AIDS in South Africa, the highest number of any country in the world. 

In 2009, 1.8 million people died due to HIV/AIDS. 1.3 million lived in Africa. 
Women account for 59% of adults aged 15 and over said to be living with HIV/AIDS in Africa. 

South Africa has been hardest hit by the AIDS epidemic. One in five adults is HIV positive. 

South Africa also has one of the highest numbers of children under 15 living with HIV/AIDS in the world; estimates range from 180,000 to 280,000. 

2.5 million people in Africa receive Antiretroviral Therapy (ART), medications for the treatment of infection by retroviruses, primarily HIV. 

There are 15 million AIDS orphans living around the world, 13 million of whom are in Africa. 
HIV is the leading cause of death in sub-Saharan Africa. 

(Product)RED Partners offers hundreds of products to choose from in more than 70 countries, selection varies by country. 

Each (Product)RED partner and special editon contributes a portion of their profits to the global fund to help eliminate aids in Africa. 

American Express (RED): 1% of every purchase made with the American Express (PRODUCT)RED Card, In the UK only. 

Apple (RED): The purchase of 1 (PRODUCT)RED iPod nano can provide over three weeks of lifesaving medicine to someone living with HIV in Africa. 

Bugaboo(RED): All Bugaboo items are (PRODUCT)RED and 1% of global revenue goes to the Global Fund. 

Converse(RED): 5 - 15% of the profits from Converse (PRODUCT)RED shoes, dependent upon design of shoes. 

DELL(RED): $20 from every purchase of a Dell Design Studio Laptop with (PRODUCT)RED artwork, $5 from every purchase of a (PRODUCT)RED Mini, Zino, and V51W All-In-One Printer. 

GAP(RED): 50% of the profits from each (PRODUCT)RED purchase. 

NIKE(RED): 50% of the profits from Nike (PRODUCT)RED laces go to the Global Fund and 50% go to football-based programs that Nike supports. 

Penfolds (RED): 15% of the profits of the Penfolds Koonunga Hill and Thomas Hyland wines sold during promotional periods. 

STARBUCKS(RED): 5 c / p from every transaction with a (STARBUCKS)RED Card and $1 / £3 from every purchase of a (STARBUCKS)RED Tumbler, Water Bottle, and East Africa Whole Bean Coffee. 

I understand it’s hard to trust an organization, but they are doing an amazing job throughout the world and saving lives. Be kind, be generous, be a human being, and care. 

To know more about (RED) visit: http://www.joinred.com 

Like (RED) on Facebook and help make this possibility a reality. 
The AIDS Free Generation is Due in 2015.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Possibilidades

Olá leitores do Conversa! Eu sou a Joana, mais nova escritora do blog, e esse é o meu primeiro post aqui. Deixarei uma vez por semana um texto como esse ou uma poesia para que vocês possam se identificar ou refletir um pouco sobre a vida.
Espero que vocês gostem, façam seus comentários, mostrem aos amigos e sejam sempre muito bem vindos! Será um prazer escrever para vocês.

Não há nada mais belo do que olhar uma paisagem com nossos próprios olhos. Não há nada mais vivo do que o nosso eu existente dentro da gente. O mundo é uma natureza altamente comunitária, e nossa mais árdua tarefa é não esquecer que temos um mundo próprio nosso, uma vida levada individualmente dentro da gente, onde se escondem nossos pensamentos, nossas ideias, nossas angústias, desejos, medos... Existe um mundo tão gigante em que posamos o nosso olhar e tão pouco conhecemos, ao mesmo tempo que abrigamos um outro dentro de cada um de nós, que pode ser tão maior que o de fora se o enriquecermos com tudo o que há nessa mundão... Tudo o que há pra ser descoberto, vivido e aprendido por aí a fora se multiplica em milhões e milhões de aprendizados, anseios, lembranças e novos interesses dentro de nós. É aí que está a grande diferença, o mundo tangível é grandioso, porém se mantém dentro de alguns limites, padrões e regras, e o nosso pensamento está fora de qualquer padrão, qualquer regra imposta, fora de qualquer limite... É um mundo infinito, louco e que reflete tudo que pela nossa visão passa, transformando as perspectivas dependendo do que queremos enxergar, e essa reflexão é enriquecida de infinitas possibilidades.