sábado, 11 de dezembro de 2010

WikiLeaks, uma torneira sem filtro


A tecnologia da informação configura o mundo para ser rápido e pragmático. Isso é claro dentro de uma ideologia capitalista que ajuda esse sistema a funcionar de forma correta. Logo, como conseqüência dessa configuração, somos todos os dias bombardeados por inúmeras notícias sobre economia, política e etc.

Contudo, estas, antes de chegarem a nós, passam por um filtro que trabalha de acordo com os interesses de pessoas, empresas e até de países. A frase anterior está com um ar de “Teoria da Conspiração”, mas é verdade. Nós só sabemos o que ELES (os grandes) querem que a gente saiba.  A afirmação acima é corroborada pelo o mais novo escândalo da mundial chamado WikiLeaks. 

Esta empresa que pertence ao agora famoso australiano Julian Assange que não possui fins lucrativos se tornou uma pedra no sapato de vários líderes e grandes empresários. O WikiLeaks é apenas mais um canal de informação, contudo ele não possui o filtro das grandes mídias como CNN, BBC e a Rede Globo. Ou seja, toda a “sujeira” (leia-se verdadeira informação) é despejada no planeta.

Recentemente, a arma de Assange revelou documentos da diplomacia do país que mais possui relações com outras nações: os Estados Unidos. Entretanto, as “fofocas” das embaixadas norte-americanas revelaram coisas inimagináveis em relação à compra e venda de armas, a conferência do clima que ocorreu em Copenhague e até sobre as ações consideradas macabras das campanhas do Iraque e do Afeganistão.  

Tudo isso fez o sistema entrar em pane geral, pois uma peça que não está funcionado corretamente está colocando em risco todo o sistema. Assim, seus programadores irão se organizar para combater essa falha. E foi o que aconteceu: os EUA apertaram o cerco contra o site que conta as “fofocas” mais comprometedoras do mundo e conseguiram prender o seu criador. Mesmo neutralizando-o, sua arma já havia disparado inúmeros projéteis que causaram um grande “estrago” que só o tempo poderá consertar. 

O site em questão é apenas um dos muitos canais que virão para nos deixar saber o que está realmente acontecendo. Eles terão muita ajuda de pessoas que trabalham dentro dos bastidores e que estão dispostas a cooperar com tudo que for possível para a real democratização da informação.

Isso já está ocorrendo, pois aqueles que cederam as balas para a arma de Assange estavam em altos cargos em seus respectivos empregos. Por conseguinte, o sistema não poderá mais lutar contra outros novos WikiLeaks, já que está sendo “terrivelmente infectado” por dentro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

E quando o "Ouro Negro" acabar?



 Com o objetivo de industrializar o Brasil, o governo de Getulio Vargas criou em 1953 a Petrobrás. Hoje, a estatal está em segundo lugar no rankig das maiores empresas petrolíferas do mundo. Com a exploração do indispensável petróleo, o governo vem fazendo pesados investimentos no desenvolvimento nacional e na modernização das técnicas de extração do mesmo.

Ao longo das décadas, não só o Brasil, mas países como os EUA utilizam o “Ouro Negro” diariamente, já que a grande parte dos produtos como a gasolina, o pneu dos carros e objetos de plástico, que estes produzem são derivados do petróleo. Logo, o mundo tornou-se dependente deste recurso natural.

Entretanto, especialistas afirmam que o elixir da economia mundial poderá acabar logo e ainda dizem que se investimentos para substituí-lo não forem feitos, a economia de várias nações entrará em colapso. O globo já foi gravemente ferido várias vezes, ao longo das décadas, pelas inúmeras crises e guerras do petróleo, o que só corrobora a afirmação dos especialistas mencionada anteriormente.

Então, com base nesta afirmação, a economia da maioria dos membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estará em xeque daqui a algumas décadas, já que estes crescem “em cima” do recurso em questão. Contudo, parece que alguns países já entenderam o recado e estão dando um “update” nas suas economias antes baseadas no petróleo.

É o exemplo de Dubai, um dos sete emirados dos Emirados Árabes. O Sheikh Mohammed, atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos passou a fazer grandes investimentos no setor de turismo e imobiliário com o capital arrecadado com a exploração do “Ouro Negro”. Hotéis, shoppings e construções consideradas futurísticas são erguidas por empresas nacionais e internacionais. Hoje, devido aos investimentos, o local é visitado por pessoas de várias partes do planeta. Países europeus já estão se curando do vício e investem em novas tecnologias para substituir o petróleo. Carros movidos a luz solar e a eletricidade são expostos em documentários e feiras de automóveis do mundo inteiro.

Estas nações já entenderam que o elixir é finito, mas e o Brasil? O governo Lula ainda insiste em investir em combustíveis da “era colonial”, o que estagna o crescimento das áreas de alta tecnologia, que, como já mencionei em outros textos, são a saída para o salto brasileiro. Dando apenas atenção para um setor que futuramente será obsoleto, o crescimento pode ser ameaçado. Então, se possuímos mão de obra (que está fugindo para outros países), capital e matéria prima, por que não seguir o caminho do verdadeiro desenvolvimento sustentável.

sábado, 21 de agosto de 2010

Brasil X Trabalho, o conflito sem fim.




O povo brasileiro tem fama de ser preguiçoso, o que é algo notável no nosso cotidiano. Somos um dos países que mais possui feriados e também somos um dos poucos que pode sair do trabalho mais cedo, ou faltar a escola para assistir a um jogo da Copa do Mundo. É engraçado, porque muitos torcem pela vitória do Brasil, pois sabem que não terão de ir ao trabalho no dia seguinte. Mas por que temos esse ódio ao trabalho?


Em países Orientais como os Tigres Asiáticos e o Japão, o trabalho é visto de uma maneira completamente diferente, já que todo o desenvolvimento atingido por eles foi feito através do esforço coletivo. Essas potências são adeptas do chamado Confucionismo, onde o indivíduo deve, segundo Confúcio, colocar o trabalho em primeiro lugar.


Os Estados Unidos cresceram, desde o início de sua colonização, regidos pela mentalidade Calvinista. João Calvino, fundador dessa vertente do Protestantismo, afirmava que o trabalho enobrecia o homem e mesmo que o ofício exercido por ele fosse o mais medíocre possível, este teria que fazê-lo.


Sem falar nos países europeus que ao longo dos séculos passaram por inúmeras guerras regionais e mundiais, onde indústrias, residências, linhas de transporte e regiões agrícolas foram completamente arrasadas. Contudo, estes conseguiram se reerguer através do esforço coletivo. É o exemplo da Alemanha, um país que perdeu as duas Guerras Mundiais e ainda teve seu território dividido pelas potências capitalistas e socialistas vencedoras do conflito. Esses acontecimentos, entretanto, não impediram que esta nação se tornasse a mais poderosa de todo o continente europeu.


Já no Brasil, o trabalho é visto como algo ruim, uma obrigação. Isso pode ser explicado pelos hábitos dos nossos colonizadores lusos antes mesmo de chegarem a esta terra. Portugal, na Era Medieval, era um país influenciado pela religião Católica que na época, pregava a idéia de que o trabalho braçal deveria ser feito por servos, não por pessoas poderosas e influentes.


Quando estes chegaram aqui, trouxeram não só esse hábito, mas pessoas que iriam servir para que este existisse. Escravos. Estes homens, mulheres e crianças eram trazidos da África em condições desumanas (eram tratados como animais dentro dos navios negreiros) e ao chegarem eram vendidos como mercadorias, das quais movimentariam a economia preguiçosa por quase quatro séculos.


Só século XIX era comum as pessoas terem um escravo para que este realizasse qualquer tipo de tarefa doméstica ou comercial, como cozinhar, limpar, cuidar dos filhos, vender objetos nas ruas, cuidar da lavoura e até mesmo amamentar. E quando estes não realizavam a tarefa de maneira correta eram punidos severamente. Isso tudo sem serem remunerados. Demorou para a escravidão no país ser abolida. Mesmo sendo pressionado inter e nacionalmente, o Brasil foi o último de toda a América a fazê-lo.


Outro fato que pode explicar essa diferença entre brasileiros e trabalho é o fato de que aqueles são mal remunerados, mesmo trabalhando duro. Nos países desenvolvidos é possível viver com um salário de professor, bombeiro, policial (mesmo sendo honesto) e até mesmo trabalhando como gari. O que vemos aqui é uma terrível distribuição de renda, onde o capital fica em poder de poucos, enquanto outros vivem abaixo da linha de pobreza. A melhor distribuição de renda no mundo é feita pela Dinamarca, uma nação nórdica que também possui uma das populações mais contentes do globo.   


Se uma grande reforma na distribuição de renda fosse feita pelo governo, talvez o povo finalmente ficasse em paz com seu inimigo mortal e que vem sendo combatido a séculos, contudo sem o menor sucesso, pois a preguiça é inimiga do progresso. Por conseguinte, sem ele, jamais teremos tempo para crescer, já que o estamos utilizando nessa briga sem fim.

domingo, 11 de julho de 2010

Belo Monte de problemas

O Brasil é considerado um país em desenvolvimento e está ganhando espaço no cenário mundial devido ao seu crescimento econômico. O governo afirma que, para mantermos esse ritmo, ou até ultrapassá-lo, o país precisará de mais energia para alimentar o setor industrial e civil.


Foi daí que surgiu a idéia de construir a Usina Elétrica de Belo Monte, que data dos tempos da ditadura militar. Se a obra sair do papel, a hidrelétrica, que será erguida às margens do Rio Xingu, vai gerar aproximadamente 11.000 MW de energia, em períodos de cheia. Essa energia, considerada por alguns estudiosos incompatível com o tamanho da usina (acredita-se que será a segunda maior do mundo), será dividida entre indústrias produtoras de alumínio para exportação e a população do Norte do país. Mas será que realmente precisamos dessa energia, e se precisamos, pra quê ela vai servir?


O governo não consultou a população local, que sofre há anos com a falta de saneamento básico e com as constantes enchentes geradas pelo Rio Xingu. Agindo dessa maneira, o governo viola, não só a constituição vigente, mas algumas leis da ONU. Além do impacto social, a fauna e a flora também serão afetadas, já que a quantidade de terra removida será da ordem de grandeza do Canal do Panamá e espécies poderão ser extintas.


Mesmo assim, insistem no projeto, afirmando que tudo isso acontecerá em prol do desenvolvimento nacional e que, dessa forma, as indústrias poderão produzir mais e, consequentemente, mais lucro será gerado. Contudo, nos dias atuais, crescer com base na exportação de matéria prima é a mesma coisa que crescer exportando banana, na época colonial. Pois, no século XXI, o que realmente gera lucro é a exportação de produtos da tecnologia da informação.


Se o país precisa de mais energia, por que não investir em outras fontes, como a eólica ou a solar. É evidente que será caro, mas não irá remover ninguém de sua moradia e não destruirá espécies e plantas, que precisam ser preservadas, pois vivemos em uma época onde preservar é uma lei mundial.


É engraçado, pois países desenvolvidos, como a Suíça, já fazem carros e até mesmo aviões movidos a energia solar, enquanto o Brasil só investe em fontes de energia da “era colonial”.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nacionalismo verde e amarelo


Ano de Copa do Mundo. O patriotismo brasileiro está no ápice. Bandeiras verde e amarela estão voando pelas ruas, casas e estabelecimentos comerciais. As pessoas saem do trabalho mais cedo, o Galvão Bueno vira manchete dos jornais, amigos marcam churrasco... Enfim, é uma grande comemoração e demonstração de amor à pátria!

Mas é engraçado, esse “orgulho de ser brasileiro” só é lembrado em épocas de Olimpíadas e de Copa do Mundo. Estranho, não? Já que, no dia da nossa Independência e no dia da Consciência Negra nenhum festejo dessa dimensão é feito.

Em outros países da América, como os Estados Unidos e o Canadá, o nacionalismo é lembrado todo dia. Bandeiras dessas nações estão espalhadas por todos os lados, em dias comuns e em dias de festa. O hino nacional é cantando, pelo menos, uma vez na semana nas escolas. Sem falar na questão militar, pois quando um jovem é enviado para guerra, este sente orgulho de si, já que estará fazendo algo em prol da sua nação.

E no Brasil? Nossos avôs cantavam o hino nacional na escola, os alunos tinham que saber detalhes da história do país, geralmente, um mapa nacional era preso no mural das salas de aula. Entretanto, agora, a grande parte da população não sabe sequer a primeira parte do hino, ou qual é o maior rio do país, ou até mesmo quando a Ditadura Militar terminou.

Há pouco tempo, foi promulgada uma lei que é obrigatória a entoação do hino nacional, pelo menos uma vez na semana, nas escolas. Devo dizer que o lugar onde estudo não segue a constituição vigente, pois não seguimos essa lei.

O Brasileiro pode não saber inúmeras coisas sobre o lugar onde nasceu, mas sabe quantas vezes o Flamengo foi campeão, quantos gols o Zico marcou em toda a sua carreira, em quantos times o Ronaldo jogou, qual é o melhor jogador do mundo e até mesmo quanto ele ganha em Euros.

Está na hora de mudarmos a nossa concepção sobre isso, pois se não, sempre seremos lembrados como “O País do Futebol” e não como Brasil.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vamos conversar sobre...: Campeões na Copa do Mundo, mas e no resto?

Vamos conversar sobre...: Campeões na Copa do Mundo, mas e no resto?: "

Campeões na Copa do Mundo, mas e no resto?

  
O Brasil é uma potência futebolística, com cinco títulos em copas do Mundo. Conta com jogadores, cujo dom com a bola é conhecido mundialmente. A cultura do futebol é tão apreciada aqui que ultrapassa as fronteiras e chega até outras nações.
Com certeza, nosso país é mestre na arte com a bola, mas e na economia, política educação e etc? Todos sabem que, mesmo estando em desenvolvimento e ganhando espaço no cenário mundial, “O País do Futebol” tem muito que aprender. Sem falar no patriotismo, que só é lembrado em tempos de copa.
Se 190 milhões de pessoas se mobilizam para ver um jogo que não acrescentará nada em suas vidas (quem sabe um dia de folga), por que as mesmas não conseguem lutar contra as injustiças das quais sofremos diariamente. Esta na hora de torcemos e jogarmos juntos para marcar um gol contra o time dos Corruptos, marcar um gol contra a Educação Precária, marcar um gol contra todos esses times que sempre são os vencedores do campeonato. O regime tem que acabar!
Para vencermos será necessário acabar com a preguiça, que está nas nossas veias desde 1500, precisamos amar o trabalho, o esforço e o suor, pois num futuro próximo seremos recompensados, não com medalhas ou títulos mundiais, mas com o prêmio de “Brasil, o mais novo país desenvolvido”. Com isso, a grande maioria dos nossos problemas irá acabar.
Se conseguimos derrotar seleções de nações desenvolvidas, por que não conseguimos ser melhores que eles em outras coisas. Eles sabem quando é hora de trabalhar e quando é hora da farra, tanto que, nestes países, ninguém falta trabalho, ou para a cidade por causa um de jogo.
Estou montando um time para me ajudar nesse campeonato. Para fazer parte dele não é preciso saber quantas vezes o Brasil foi campeão, ou qual era a escalação da copa de 1970, ou até mesmo saber jogar futebol. Só precisamos da sua determinação e força para vencer. Então, o que me diz? Nosso avião está aguardando...