domingo, 30 de outubro de 2011

Crise europeia, um problema político


A Zona do Euro tem passado por inúmeras provas de fogo, desde quando a crise de 2008-2009 estourou. Nações como Itália e Grécia já possuem dívidas maiores que seus PIB’s. E como o euro é a moeda comum do bloco, torna-se muito mais fácil ser contagiado pelos problemas do vizinho.  

Podemos ver isso com a atual crise grega, onde já é evidente que, se a Grécia quebrar, muitos irão para o buraco. Mas por quê? Grandes bancos franceses e alemães possuem títulos da dívida do governo grego, então, se a Grécia quebrar, esses bancos não serão pagos. O que causará um rombo de bilhões de euros nas contas desses credores, podendo leva-los para o buraco.

Com a quebra dos bancos, os governos terão de resgatá-los com bilhões de euros, pois já vimos o que acontece quando um grande banco quebra e ninguém o salva (efeito Lehman Brothers): um enorme efeito dominó, que derruba e quebra inúmeras instituições e até mesmo países.

Portanto, com medo de uma contágio, os dirigentes da Zona do Euro estão encontrado saídas para solucionar os problemas de endividamento de alguns países do grupo. Um deles foi a ampliação do Feef (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) de 440 bilhões de euros para 1 trilhão de euros, através de investimentos entrangeiros. Com a ampliação do fundo será possível ajudar economias que estão endividadas, como Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Grécia.

Além disso, como resultado da última reunião entre os governantes do bloco, foi decidido que os gregos teriam 50% de sua dívida perdoada. Assim, a Grécia não precisará pagar 100 bilhões de euros aos credores. Essa notícia acalmou os mercados, fazendo com que as bolsas de vários países fechassem com forte alta. Contudo, essa foi apenas uma batalha que a Zona do Euro venceu. A guerra ainda está longe de acabar.

Além do problema financeiro que o bloco enfrenta, existe a questão política que também está em jogo. Na Itália (uma das nações que está altamente endividada), o premier Silvio Berlusconi enfrenta fortes pressões internas de políticos e da população, devido a escândalos de corrupção, e externas do FMI e de dirigentes da União Europeia, já que as medidas de austeridade não estão funcionando.

Na Inglaterra, nação que faz parte da EU, mas que não usa o euro, 49% da população deseja que o país saia do bloco comum europeu. A Espanha enfrenta altas taxas de desemprego e na Alemanha, o motor da Europa, os contribuintes estão se perguntando por que o dinheiro de seus impostos está sendo usado para socorrer países com complicações financeiras, o que coloca o governo de Angela Merkel numa grande saia justa.

Logo, para que essa grande guerra acabe bem, será necessário que a Zona do Euro solucione não só os problemas financeiros, mas os políticos também.  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Casamento homoafetivo


   25 de Outubro de 2011, mais uma vitória da comunidade LGBT. Depois  da União homoafetiva ter sido reconhecida em maio, hoje foi a vez do casamento homoafetivo. 
   Em maio o STF decidiu que os casais formados por pessoas do mesmo sexo constituem família, podem formar união estável e devem ter reconhecidos todos os direitos garantidos na Constituição referentes à união estável e um desses direitos, segundo o 226 § 2 é o casamento civil. Isso foi inclusive o entendimento dos juízes que em junho autorizaram o primeiro casamento civil entre dois homens, que foi celebrado no Dia Internacional do Orgulho Gay, dia 28 de junho. 

  Hoje, o caso julgado foi de duas gauchas que ja viviam juntas e tiveram recusas para a formalização do casamento. Elas recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, não obtiveram sucesso em primeira e segunda estâncias até recorrerem ao STJ.
  O julgamento começou na quinta-feira (20/10) mas foi interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro Marco Buzzi. Hoje na volta do julgamento um dos ministros, Raul Araújo, mudou seu voto sob a alegação de que a inconstitucionalidade do caso deveria ser julgada pelo STF (Superior Tribunal Federal). Já Marco votou a favor e disse que "Não existe um único argumento jurídico contrário à união entre casais do mesmo sexo. Trata-se unicamente se restrições ideológicas e discriminatórias, o que não mais se admite no moderno Estado de direito."

  Um dos vários argumentos feitos pelo advogado do casal era que como não havia nenhum artigo na constituição dizendo que o casamento é proibido, ele é permitido.

  De novo, religiosos fizeram campanhas para que fiéis enviassem e-mails dizendo que casal homossexual não constitui familia e que "Não é coisa de Deus." Mais uma vez a pressão dos religiosos não adiantou nada e o casamento foi autorizado, o estado provou mais uma vez que é de fato laico.
Hoje foi mais uma batalha vencida em defesa aos direitos LGBTs. Ainda há muitas a serem enfrentadas e o todos pedimos é o básico: Que independentemente de credo, cor e orientação sexual, recebamos o mesmo respeito e tenhamos os mesmos direitos.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sabedoria

Temos tantas chances e tantos caminhos por onde podemos ser felizes, tristes, podemos nos perder, mas por um acaso nos encontramos e, por algum motivo, ao olhar para frente eu avistei a felicidade e um sorriso se abrindo em seu rosto. O acaso não está aqui por acaso, existem tantas inimagináveis maneiras de se pensar e, de alguma maneira, meu pensamento esbarrou no seu, há tantos e infinitos caminhos e mesmo assim os nossos se cruzaram.
Quem vem a sua cabeça para quem você poderia estar falando essas coisas? Naturalmente um amor... Mas com certeza cada pessoa que aparece na sua vida tem algum propósito, por menor que seja. Alguma coisa essa pessoa tem para te acrescentar, mesmo que esta seja mais nova, ou com menos instrução, ou até mesmo tenha feito você sofrer, porque de algum modo esse sofrimento te ensinará alguma coisa. As pessoas sábias são as que reconhecem que de cada detalhe da vida, pode-se retirar conhecimento. 

Há uma delicada diferença entre conhecimento e sabedoria, esta segunda vai além... É o que envolve toda uma capacidade de absorver o melhor de cada lição e, principalmente, ter ciência de que tudo tem um por que, um motivo, uma consequência e uma lição que mais cedo ou mais tarde você vai precisar se lembrar para agir como uma pessoa digna de sabedoria e não cometer os mesmos erros, ou até evitar alguns.
A vida é 
instigante e misteriosamente alucinante, cheia de curvas sem placas de aviso, precipícios medonhos e atalhos traiçoeiros, mas é preciso enxergar além das dificuldades, pois tudo tem seu lado bom e ruim...Tudo! Então em vez de se lamentar, procure o melhor ângulo para se lançar o olhar, vai que bate o sol e aparece um arco íris? Lembre-se de olhar pro lado e sorrir pra quem estiver compartilhando da vista com você, porque os melhores momentos só acontecem quando o universo todo conspira a favor deles.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A morte de um ídolo

Já fui criticado por quem fala que idolatro demais o Steve Jobs, que as vezes fujo da verdade ao falar sobre ele e coisas do tipo, mas nunca serei imparcial ao falar da figura que ele é.

Hoje todos nós recebemos uma péssima notícia: Steve Jobs morreu. Criador da Apple (autalmente a maior empresa de capital aberto do mundo em valor de mercado), dos estúdios Pixar (hoje comprados pela Disney) e pai de produtos como o o iPad, o iPhone e o iPod, Steve foi um dos maiores gênios do século XX.

Jobs defendia a popularização da tecnologia com qualidade (coisa não muito comprovada já que seus produtos nunca foram tão baratos assim, mas sempre estiveram entre os melhores). Também defendia a acessibilidade nos computadores e nos gadgets, o que de fato era provado com a usabilidade de suas criações.

Depois de quase ter ido à falência na década de 90, a Apple foi salva por, pasmem (ou não) por Bill Gates. Gates, hoje “aposentado” fez uma ótima jogada: além de tirar a maior empresa do mundo do buraco, ele investiu na empresa que hoje em dia é a principal ameaça à Microsoft, ou seja, perde-se por um lado e ganha-se por outro.

A “luta” de Jobs começou em meados de 2004, quando seu câncer o deixou debilitado justamente na época em que a marca estava em seu auge comercial. Depois disso, passou por um transplante de fígado e por conta disso teve sua morte publicada acidentalmente em importantes redes de notícia como a Bloomberg.

Depois disso foram vários casos de internações, melhoras e pioras no seu estado clínico. Nessas suas idas e vindas, ele lançou o gadget que é o mais querido por todos: o iPhone. O iPhone foi uma revolução no mercado de smartphones. Naquela época, não se imaginava um telefone com tantos recursos e tanta tecnologia. Lembro-me de vazamentos de documentos de empresas como as Nokia em que membros da direção diziam não acreditar que um aparelho como aquele fosse possível. 

Aos que olhavam de fora, Jobs estava bem, continuava participando ativamente das criações da empresa, apresentava novos produtos e jamais estagnação, mas ele piorava... Em agosto, Stevie saiu do comando da empresa alegando motivos pessoais (obviamente por causa da doença), todos sabíamos que algo ruim estava por vir, e veio.
Nesta quarta feira, 5 de outubro de 2011, Steve Jobs morreu em decorrência do seu câncer. Não fui só eu que perdi um ídolo, não foi a Apple que perdeu um fundador, foi o mundo que perdeu uma grande mente.


Vá em paz, Stevie!