O Brasil é considerado um país em desenvolvimento e está ganhando espaço no cenário mundial devido ao seu crescimento econômico. O governo afirma que, para mantermos esse ritmo, ou até ultrapassá-lo, o país precisará de mais energia para alimentar o setor industrial e civil.
Foi daí que surgiu a idéia de construir a Usina Elétrica de Belo Monte, que data dos tempos da ditadura militar. Se a obra sair do papel, a hidrelétrica, que será erguida às margens do Rio Xingu, vai gerar aproximadamente 11.000 MW de energia, em períodos de cheia. Essa energia, considerada por alguns estudiosos incompatível com o tamanho da usina (acredita-se que será a segunda maior do mundo), será dividida entre indústrias produtoras de alumínio para exportação e a população do Norte do país. Mas será que realmente precisamos dessa energia, e se precisamos, pra quê ela vai servir?
O governo não consultou a população local, que sofre há anos com a falta de saneamento básico e com as constantes enchentes geradas pelo Rio Xingu. Agindo dessa maneira, o governo viola, não só a constituição vigente, mas algumas leis da ONU. Além do impacto social, a fauna e a flora também serão afetadas, já que a quantidade de terra removida será da ordem de grandeza do Canal do Panamá e espécies poderão ser extintas.
Mesmo assim, insistem no projeto, afirmando que tudo isso acontecerá em prol do desenvolvimento nacional e que, dessa forma, as indústrias poderão produzir mais e, consequentemente, mais lucro será gerado. Contudo, nos dias atuais, crescer com base na exportação de matéria prima é a mesma coisa que crescer exportando banana, na época colonial. Pois, no século XXI, o que realmente gera lucro é a exportação de produtos da tecnologia da informação.
Se o país precisa de mais energia, por que não investir em outras fontes, como a eólica ou a solar. É evidente que será caro, mas não irá remover ninguém de sua moradia e não destruirá espécies e plantas, que precisam ser preservadas, pois vivemos em uma época onde preservar é uma lei mundial.
É engraçado, pois países desenvolvidos, como a Suíça, já fazem carros e até mesmo aviões movidos a energia solar, enquanto o Brasil só investe em fontes de energia da “era colonial”.
haja rosalina nas idéias !
ResponderExcluirEsse foi o meu resumo sobre o debate de Belo Monte, que entreguei pra ela. Achei que seria ligal postar ele aqui no blog, pois era um tema muito falado na época em que postei o texto em questão.
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