Ano de Copa do Mundo. O patriotismo brasileiro está no ápice. Bandeiras verde e amarela estão voando pelas ruas, casas e estabelecimentos comerciais. As pessoas saem do trabalho mais cedo, o Galvão Bueno vira manchete dos jornais, amigos marcam churrasco... Enfim, é uma grande comemoração e demonstração de amor à pátria!
Mas é engraçado, esse “orgulho de ser brasileiro” só é lembrado em épocas de Olimpíadas e de Copa do Mundo. Estranho, não? Já que, no dia da nossa Independência e no dia da Consciência Negra nenhum festejo dessa dimensão é feito.
Em outros países da América, como os Estados Unidos e o Canadá, o nacionalismo é lembrado todo dia. Bandeiras dessas nações estão espalhadas por todos os lados, em dias comuns e em dias de festa. O hino nacional é cantando, pelo menos, uma vez na semana nas escolas. Sem falar na questão militar, pois quando um jovem é enviado para guerra, este sente orgulho de si, já que estará fazendo algo em prol da sua nação.
E no Brasil? Nossos avôs cantavam o hino nacional na escola, os alunos tinham que saber detalhes da história do país, geralmente, um mapa nacional era preso no mural das salas de aula. Entretanto, agora, a grande parte da população não sabe sequer a primeira parte do hino, ou qual é o maior rio do país, ou até mesmo quando a Ditadura Militar terminou.
Há pouco tempo, foi promulgada uma lei que é obrigatória a entoação do hino nacional, pelo menos uma vez na semana, nas escolas. Devo dizer que o lugar onde estudo não segue a constituição vigente, pois não seguimos essa lei.
O Brasileiro pode não saber inúmeras coisas sobre o lugar onde nasceu, mas sabe quantas vezes o Flamengo foi campeão, quantos gols o Zico marcou em toda a sua carreira, em quantos times o Ronaldo jogou, qual é o melhor jogador do mundo e até mesmo quanto ele ganha em Euros.
Está na hora de mudarmos a nossa concepção sobre isso, pois se não, sempre seremos lembrados como “O País do Futebol” e não como Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário