O
Conversa da Semana noticia e comenta muitas das “marchas” que acontecem pelo
nosso país e fora dele. Como muitas coisas, as manifestações populares têm em
sua origem um ideal justo e verdadeiro, lutando contra a repressão e feitas por
pessoas que realmente estavam engajadas e/ou vivendo a causa. Essas
manifestações, cujo nome popular do momento é marcha, continuam tendo ideais
muito bacanas e, em sua absoluta maioria, justos, mas as pessoas que fazem
parte delas...
Bem,
falemos sobre corrupção. O brasileiro de uma forma geral (finalmente!) está
aprendendo que corrupção é uma coisa errada. (Não vou mexer na ferida e falar
que “todo mundo” ainda rouba o lápis do coleguinha na escola, falarei apenas do
campo político.) E, como está na moda, também organizaram marchas contra a
corrupção. Uma proposta muito bacana de novo, com organizadores sérios que
realmente tentam mudar algo, mas agora entra uma figura nova na nossa
sociedade... O falso revolucionário.
Se
você estuda, faz faculdade ou convive com outras pessoas em um ambiente fechado
de trabalho, provavelmente conhece uma penca dessas figuras. Pessoas que vivem
abrindo a boca para falar mal da conjuntura “político-sócio-econômica” do
município, do estado E do país (e possivelmente até da dos Estados Unidos) e...
só. É, só. Mais nada. O revolucionamento para por aí. Agora me diz... Eu posso
com uma coisa dessas?
Mas
tudo bem, pelo menos a pessoa está participando, né. Só que aí, o nosso amigo
falso revolucionário, volta para a sua humilde (risos) residência depois da
marcha e vai para as redes sociais dizer: “Caraaaaaca, mt booom lá na
#MarchaContraCorrupção – tem q fazer sua parte msm!” Com um link para uma foto
onde ele aparece com o rosto pintado de verde e amarelo e sua roupinha
apertadinha sorrindo e fazendo pose no meio de outros iguais a ele. Na boa...
Vai... ali no shopping, vai =)
Marchas
estão tão na moda que até Jesus tem uma agora.
Quero
deixar uma coisa clara antes que apareça alguém para dizer em comentários que
eu estou me opondo a quem tem vontade de participar das manifestações “por um
Brasil melhor”. Não. Jamais. Quem lê o que eu escrevo aqui no blog sabe que é
justamente isso que eu busco, eu só estou repreendendo quem “participa”, porque
está na moda (fingir) se preocupar com os problemas. Eu acho ótimo que as
pessoas saiam às ruas, toda mudança só vem através da luta, mas, por favor, que
só saia à rua quem realmente estiver disposto a lutar pela mudança.
Obrigado.
Muito bom o texto. Verídico até demais!
ResponderExcluirPubliquei no meu twitter.
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