
Ele percebeu que o preço dos imóveis, nos EUA, estava subindo rápido demais e em um período muito curto de tempo. Como a concessão de empréstimos estava alta, muitos americanos ficariam endividados. Dessa forma, uma crise no mercado imobiliário infectaria empresas de crédito imobiliário, devido ao não pagamento das dívidas, e colocaria o país inteiro em recessão.
Na época em que o economista em questão fazia essas previsões, poucos o ouviam. Acreditavam que ele era pessimista demais, em um tempo em que a economia do mundo estava caminhando relativamente bem. Entretanto, a maioria dos economistas havia esquecido de que o capitalismo é composto de altos e baixos, onde a fartura pode acabar e dar início a um período de profunda recessão.
Quando a crise chegou destruindo inúmeras economias, Roubini passou a ser tratado com muito mais respeito. Com tantas previsões ruins tornando-se realidade, ele foi apelidado de Doutor Apocalipse. Uma delas foi sobre a já enfraquecida Zona do Euro, onde, segundo o professor, os PIIGS (sigla em inglês para os países que representam um perigo para a estabilidade da moeda e do bloco econômico europeu) deveriam abandonar o euro para voltar a crescer e recuperar a competitividade no cenário mundial.
Para ele, o Brasil pode crescer muito mais se pesados investimentos em educação e infra-estrutura fossem feitos, além disso, a burocracia teria que ser mais ágil. Contudo, ele elogiou o governo Lula e a rápida recuperação do país da crise econômica.
Mesmo com as previsões do Doutor Apocalipse, os rumos das economias do mundo são ainda incertos. Portugal e Grécia tornaram-se as ovelhas negras da União Europeia, o que faz com que muitos concordem com a saída desses do euro, contudo esse movimento poderia enfraquecer a moeda a longo prazo. Nos Estados Unidos, o presidente Obama enfrenta impasses para aprovar seus planos de ajuda à economia do seu país, colocando em xeque a sua reeleição, em 2012.
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