sábado, 23 de julho de 2011

E a Grécia respira aliviada... Por enquanto

Primeiro-ministro grego, George Papandreou
Na quinta-feira (21 de Julho) foi aprovado um pacote de 109 bilhões de euros para salvar a endividada Grécia (leia-se o euro). Além disso, os juros cobrados para o pagamento da dívida grega caíram de 4,5% para 3,5% e o prazo aumentou de 7,5 para 15 anos. Como era de se esperar, o dinheiro veio do FMI e de recursos da União Europeia. Entretanto, espera-se que bancos privados também contribuam.

É evidente, como foi dito acima, que o plano não foi aprovado para salvar os pobres gregos. Como o euro é a moeda de mais outras nações que estão com suas economias debilitadas, os governantes da zona do euro temem que a crise grega se alastre por esses países.

Mesmo que o pacote faça com que a Grécia respire, nada garante que essa medida irá funcionar em longo prazo. Logo, o calote das dívidas não pode vir hoje, entretanto ele pode chegar amanhã. Caso isso ocorra, creio que desembolsar mais alguns bilhões de euros não seria interessante.

Segundo o economista Nouriel Roubini (As previsões de Nouriel Roubini), Grécia, Portugal, Itália, Irlanda e Espanha deveriam sair da zona do euro, pois assim poderiam desvalorizar suas moedas (o que não pode ser feito com o euro). Dessa forma, esses países voltariam a crescer, pois recuperariam a competitividade no cenário mundial e ainda acabariam com a instabilidade econômica na região.   

E falando na Itália... O país da massa se tornou mais um problema na Europa. Com uma dívida de 120% do PIB, a terceira maior economia do continente europeu já aprovou um plano de austeridade. Entretanto, parece que o problema está apenas começando. E como eu já havia dito em outro texto, segundo Ricardo Amorim, economista que faz parte da equipe do programa de televisão Manhattan Connection, a situação (da zona do euro) vai ficar realmente grave quando a crise bater à porta dos italianos.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Obama não conseguiu chegar a um acordo com os Republicanos sobre o aumento do limite da dívida, para evitar um calote. E se isso ocorrer, o governo chinês (maior detentor de títulos da dívida americana) não vai ficar muito feliz. Creio que só nos resta esperar para que esse cenário dramático melhore um pouco, mesmo que as previsões não sejam muito boas.

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