quinta-feira, 28 de julho de 2011

O declínio do mundo desenvolvido e o sucesso dos emergentes

O mundo desenvolvido vive um inferno social, político e econômico. Os Estados Unidos estão prestes a enfrentar a moratória, algumas nações da zona do euro estão passando por um grave problema de endividamento e o Japão está se recuperando (lentamente) de uma das piores catástrofes de sua história.

Enquanto isso, Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul (BRICS), países que passaram por inúmeras crises no século passado, agora apresentam taxas de crescimento muito interessantes. Contudo, eles ainda lutam para combater a pobreza e a corrupção.

Agora, como essas mudanças no jogo de poder internacional ocorreram? Podemos dizer que tudo se baseia em um processo de princípio-auge-decadêcia. Essa teoria se aplica muito bem a várias áreas de estudo e a economia é apenas uma delas. Entretanto, agora não será a economia que me auxiliará na explicação dessa teoria, mas sim a História.

Na era das Grandes Civilizações, várias nações como o Egito, a Grécia, Babilônia e muitas outras viveram décadas de esplendor econômico e cultural. Contudo, quando essa bonança acabava, outro país passava a gozar dessa estabilidade. Os romanos são um bom exemplo disso, já que dominaram inúmeros povos, desenvolveram técnicas altamente avançadas de engenharia, arquitetura, guerra e mesmo assim, sua hegemonia teve fim.

Fazendo uma análise mais econômica da situação, também é possível perceber o que levou o “mundo rico” para o buraco. Hoje, a Europa e os Estados Unidos sofrem com altos níveis de desemprego. Na Espanha e na Itália isso é assustador, pois os jovens que terminam os seus estudos em excelentes universidades, não conseguem encontrar emprego em lugar nenhum. Muitos estão saindo de seus países e correm para os mercados emergentes, que necessitam urgentemente de mão de obra qualificada (leiam o texto sobre a fuga de cérebros europeia ).

Além do problema do mercado de trabalho saturado, existe o da dívida. Nesses países, os cartões de visita sempre foram o ótimo padrão de vida, bancado pelos governos. Contudo, o Walfare State (estado de bem-estar social) está causando uma profunda e longa dor de cabeça. Isso porque os países da zona do euro vêm gastando demais nas últimas décadas, devido aos inúmeros programas de saúde, educação, segurança pública, transporte e etc. Com isso, o endividamento, devido a esses e outros gastos, (em alguns casos) ultrapassa o PIB dessas nações.

Já os emergentes ainda são jovens, logo estão cheios de gás e com os hormônios à flor da pele. Contando com uma grande força produtiva, que está se especializando, e com recursos naturais necessários ao desenvolvimento, os BRICS vão assumindo as posições dos países desenvolvidos. Entretanto, eles ainda possuem muitos problemas para resolver.

Portanto, o ciclo princípio-auge-decadêcia é inevitável e todos passarão por ele.

Um comentário:

  1. Quem diabos será que entrará nesse ciclo depois dos BRICS? Será que já existe evidência, prova ou cálculo para tal fim?

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