A Zona do Euro tem passado por
inúmeras provas de fogo, desde quando a crise de 2008-2009 estourou. Nações
como Itália e Grécia já possuem dívidas maiores que seus PIB’s. E como o euro é
a moeda comum do bloco, torna-se muito mais fácil ser contagiado pelos
problemas do vizinho.
Podemos ver isso com a atual
crise grega, onde já é evidente que, se a Grécia quebrar, muitos irão para o
buraco. Mas por quê? Grandes bancos franceses e alemães possuem títulos da
dívida do governo grego, então, se a Grécia quebrar, esses bancos não serão
pagos. O que causará um rombo de bilhões de euros nas contas desses credores,
podendo leva-los para o buraco.
Com a quebra dos bancos, os
governos terão de resgatá-los com bilhões de euros, pois já vimos o que
acontece quando um grande banco quebra e ninguém o salva (efeito Lehman
Brothers): um enorme efeito dominó, que derruba e quebra inúmeras instituições
e até mesmo países.
Portanto, com medo de uma
contágio, os dirigentes da Zona do Euro estão encontrado saídas para solucionar
os problemas de endividamento de alguns países do grupo. Um deles foi a
ampliação do Feef (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) de 440 bilhões de
euros para 1 trilhão de euros, através de investimentos entrangeiros. Com a
ampliação do fundo será possível ajudar economias que estão endividadas, como
Portugal, Irlanda, Itália, Espanha e Grécia.
Além disso, como resultado da
última reunião entre os governantes do bloco, foi decidido que os gregos teriam
50% de sua dívida perdoada. Assim, a Grécia não precisará pagar 100 bilhões de
euros aos credores. Essa notícia acalmou os mercados, fazendo com que as bolsas
de vários países fechassem com forte alta. Contudo, essa foi apenas uma batalha
que a Zona do Euro venceu. A guerra ainda está longe de acabar.
Além do problema financeiro que o
bloco enfrenta, existe a questão política que também está em jogo. Na Itália (uma
das nações que está altamente endividada), o premier Silvio Berlusconi enfrenta
fortes pressões internas de políticos e da população, devido a escândalos de
corrupção, e externas do FMI e de dirigentes da União Europeia, já que as medidas
de austeridade não estão funcionando.
Na Inglaterra, nação que faz
parte da EU, mas que não usa o euro, 49% da população deseja que o país saia do
bloco comum europeu. A Espanha enfrenta altas taxas de desemprego e na
Alemanha, o motor da Europa, os contribuintes estão se perguntando por que o
dinheiro de seus impostos está sendo usado para socorrer países com
complicações financeiras, o que coloca o governo de Angela Merkel numa grande
saia justa.
Logo, para que essa grande guerra
acabe bem, será necessário que a Zona do Euro solucione não só os problemas
financeiros, mas os políticos também.
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