A Zona do Euro vive um período de alta recessão. Nos últimos anos, os países como Irlanda, Itália, Grécia, Espanha e Portugal vêm gastando mais do que arrecadam com os impostos. Com isso, as dívidas foram crescendo tanto que ultrapassaram quase 60% do PIB, o que não é aceito, segundo as leis da União Europeia.
Como as nações em questão não estavam honrando suas dívidas, os investidores ficaram com medo de possuir ações e fazer investimentos no continente. Como consequência disso, o Euro começou a se desvalorizar frente ao Dólar e ao Real. Ontem (11/01/2011), segundo dados do jornal “O Globo”, a moeda europeia foi cotado a R$ 2,18, o que representa o menor valor desde 2002.
Isso só piora a recuperação dos Piigs. O termo pejorativo, já que pig em inglês significa porco, é usado para se referir a Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (Spain, em inglês). A Grécia, foi a primeira a sentir os efeitos da crise e como sua situação, que só piorava, estava colocando todo o bloco em risco, um pacote de ajuda, enviado pelo FMI e pela EU, “socorreu” a economia grega. Entretanto, um efeito dominó começou, se espalhou pelo continente e depois pelo mundo.
Depois dos gregos, chegou a vez dos irlandeses sofrerem. A Irlanda, que já foi considerada o “Tigre Celta”, devido ao seu rápido desenvolvimento econômico nas últimas décadas, também teve que ser socorrida. Portugal, segundo os especialistas, parece ser o próximo da lista. Contudo, José Sócrates, primeiro-ministro português, afirmou que não pretende solicitar um resgate financeiro internacional, pois o déficit fiscal em 2010 foi menor que o previsto.
O governo luso está fazendo de tudo para não ter que pedir o humilhante pacote de ajuda internacional, mas, segundo o BC do país em questão, a economia que cresceu durante o ano de 2010 1,3%, encolherá 1,3%, em 2011. Com esse pequeno crescimento, estimado em 0,2%, a situação pode complicar no oeste da Península Ibérica.
No caso de Espanha e Itália, as medidas para conter os gastos já deixam a população furiosa, o que provocou inúmeros protestos e greves. Contudo, a necessidade de um pacote ainda não é necessária, segundo o BC desses países. Ricardo Amorim, economista que faz parte da equipe do programa de televisão Manhattan Connection, diz que a situação vai ficar realmente grave quando a crise bater à porta dos italianos.
Enquanto isso, nos países mais ricos do grupo, como Reino Unido, França e Alemanha, medidas para cortar os gastos já foram efetuadas e já incomodam o estado de “bem estar social”, que reinou durante décadas na Europa Ocidental.
Enquanto isso, fora da Zona do Euro, o mundo desenvolvido também passa por uma grande crise, onde os Estado Unidos não conseguem impedir o “derretimento” de sua moeda. Em contrapartida, a China que mantém sua moeda desvalorizada para deixar suas exportações mais baratas, viveu o ano de 2010 com altas taxas de crescimento econômico, junto aos integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Dessa forma, com um mercado nada favorável à recuperação e com as regras do jogo sendo ditadas por novas potências, fica difícil crer que a Europa se recupere rapidamente, como tem feito durante as últimas décadas.
O Blog é maravilhoso e gosto de saber de iniciativas dos jovens. A minha geração conseguiu muito pouco, a sua geração tem falta de estrutura social que dificulta o crescimento de nosso país e os que tem o seu perfil precisam encontrar o melhor caminho para que possamos ter a esperança de um futuro melhor. A verdade é que a nossa nação, aos pouquinhos, está conseguindo as mudanças, muitas vezes pela necessidade urgente delas. Conversar sobre os problemas do mundo é falar nos nossos e vocês tem a ferramenta que não tivemos, a internet. Essa será a grande diferença da sua geração. Parabéns! Marilene Pereira (mãe da Dani Pecorella)
ResponderExcluirMuito obrigado, Marilene!
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