sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Música para Baixar

     Vivemos em uma era digital. Fato. Vários setores artísticos e culturais se beneficiam com o aprimoramento de tecnologias funcionais. Inclusive o ramo musical.
     
A até pouco tempo atrás havia certa forma de monopólio de redes de comunicação por certos agentes que manipulavam o que seria visto, escutado e falado. Então, o artista, primordialmente independente, só tinha duas opções: hesitar ou se habituar. Quem não se habituasse não teria seu trabalho divulgado. Claro, estamos falando de um modo geral, é claro que houve exceções em varias décadas distintas, como o surgimento do rock alternativo na década de 80 e a explosão de bandas como The Smiths e Pearl Jam (beirando a década de 90).
     
Século XXI. Redes Sociais, mídias alternativas, portabilidade móvel, tecnologias de gravação e edição de áudio/vídeo mais apuradas. Já não é tão difícil quanto antes fazer uma gravação caseira e divulgar para os próximos. Surge então a gravação independente de Generais Artísticos.
     
A música passa a ser divulgada de maneira direta, sem intermédios, sem “filtros” e sim a vontade de sua própia imaginação.
     
O que não as ajudou muito foi o fato de não criarem políticas para acompanhar essa nova tendência (de novo, falando de maneira genérica). O resultado disso foi o surgimento progressivo de conjuntos que pulavam a parte da edição artística e agora mostram o trabalho “cru”, como sempre deveriam ter sido.
     
Com esse processo surge a complexeção das relações de direitos autores e tudo que isto acarreta, desde a distribuição on-line de material até a licença de reprodução de músicas de modo legal.
     
Nesse contexto de renovação cultural surge um movimento, o movimento música para baixar (MPB) que tem como intuito “[...] promover debates e ações que permitam aos agentes desse processo, de uma forma mais ampla e participativa, tornarem-se criadores(as) e gestores(as) do futuro da música. [...]”
     
Então, faz-se necessário perceber que quem estimula esse processo de enriquecimento cultural é o próprio internauta que aprecia e distribui o conteúdo, ajudando dessa forma o artista.

Para obter mais informações sobre o movimento acesse: http://musicaparabaixar.org.br/
Para assinar a petição em favor do movimento acesse: http://www.petitiononline.com/mpb/petition.html

3 comentários:

  1. E o artista, vive de vento? Aerófago?

    Evandro (a numa goa blogspot)

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  2. O artista ganha com publicidade. Se você põe em seu site uma música sua para baixar, mais pessoas o acessarão e ele pode vender cotas de propaganda para o site, é assim que ele ganha receita.

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  3. Isso num mundoo ideal, Roger.

    O que a galera faz de verdade é download ilegal. Todos sabemos disso.

    E dizer que ganhará dinheiro com show... Bem, só os grandes, que têm muita exposição, é que ganham dinheiro com show.

    Os outros levam é prejuízo.

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