
Creio que todos os leitores que possuem um relacionamento já passaram por diversas crises e sobreviveram (ou não). De certa forma, essas crises conjugais não são muito diferentes das econômicas. Então, no que elas se assemelham?
Ambas mostram que algo não está bem e geralmente são produto de um grande acúmulo de problemas que são colocados para debaixo do tapete, ou com que o casal não está conseguindo lidar. Logo, casais que guardam o que sentem e não discutem sobre certos incômodos com o outro estão criando uma bolha.
Bolhas são boas enquanto não estouram. Foi o caso dos cidadãos americanos, que passaram o governo Bush pegando empréstimos, enquanto os preços dos imóveis só subiam. Toda essa concessão de crédito acabou quando os yanques ficaram tão endividados, que não conseguiram pagar suas dívidas. Com uma crise no setor de crédito imobiliário, o setor imobiliário na resistiu. Por isso, a conversa é uma grande arma contra as bolhas nos relacionamentos, já que com ela é possível acabar com esse mal de uma vez.
Outra coisa interessante sobre as crises é o que acontece quando se sai delas. Geralmente, quando países passam por essas catástrofes financeiras, eles ficam mais fortes. É a mesma coisa com os relacionamentos, só que existem uns que já estão tão enfraquecidos e acabam quebrando (assim como as nações e empresas).
Ainda existem os que não resolvem os problemas direito, o que gera uma falsa impressão de que tudo está muito bem. Entretanto, quando menos se espera, a crise volta a atacar novamente e às vezes de forma muito pior. É o famoso mergulho duplo, da teoria do W (ciclo de queda, leve alta e nova queda).
Portanto, essas catástrofes são boas, já que dessa forma, o relacionamento fica muito mais forte, o que mantém o casal mais unido e preparado para outras eventuais crises. Então, não tenha medo de conversar com o seu parceiro(a) sobre os incômodos que está sentido, pois assim você estará cultivando uma bolha e quando elas estouram, nem sempre é possível consertar o estrago.
"Nas grandes crises, o coração parte-se ou endurece. "
( Honoré de Balzac )
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