sábado, 26 de fevereiro de 2011

Revoltas no Norte da África, um duro golpe para os “Viciados em Petróleo”

As revoltas no Norte da África estavam causando certa instabilidade nas bolsas de valores do mundo inteiro. Entretanto, os protestos na Líbia, um dos maiores produtores de petróleo do planeta, fizeram com que o preço do barril de petróleo subisse mais uma vez.

Mesmo com o informe feito pela OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) de que os países membros iriam aumentar a produção, o preço do barril foi cotado a US$ 111. Além disso, zelando pela segurança de seus funcionários, grandes petrolíferas estão retirando o seu pessoal da Líbia e estão suspendendo total ou parcialmente as atividades no país, segundo o jornal “O Globo” (24-02-11).

A grande revolta no Norte da África tem se tornado cada vez mais observada e acompanhada de perto pelos integrantes da União Europeia e pelos Estados Unidos. O Canal de Suez, por onde é escoada a produção de petróleo do Oriente para o Ocidente já era um fator logístico que requereria atenção, contudo, agora, com uma crise política em um dos maiores produtores de petróleo do planeta, parece que o problema tornou-se mundial.

Nações em desenvolvimento e desenvolvidas são extremamente dependentes desse combustível fóssil já que, infelizmente, ele é indispensável na produção de vários produtos essenciais para a vida dos seres humanos. Entretanto, como eu sempre digo, esse combustível da “Era Medieval” é poluente e já está provando ser um grande problema.

Um dos pilares que sustentam a economia de nações como o Brasil, Venezuela, Arábia Saudita é o petróleo e com a crise que está ocorrendo, as perdas já tem sido milionárias. Para o Brasil, que está com a corda no pescoço, devido à crescente inflação, perder dinheiro é algo que deveria estar fora de questão. 

Em países como os Estados Unidos, o petróleo representa 35% da matriz energética, o gás natural 25% e o carvão 21%, enquanto fontes renováveis representam míseros 8%, segundo a jornalista Míriam Leitão.

Segundo especialistas, até 2030, o mundo ainda estará em processo de desintoxicação, devido ao uso do “ouro negro”. Para acelerar esse processo é necessário investir, como eu sempre digo, em energia renovável, mesmo que ela seja mais cara, já que o petróleo não vem marcando muitos gols.

O grande aumento dos preços do barril da commodity em questão serve de lição para os “viciados em petróleo”, onde Tio Sam é o coordenador do grupo, pois é o que mais utiliza a droga.

Enquanto a maior parte dos países utilizarem o combustível da “Era Medieval” para crescer, as economias destes estarão à mercê das cotações do barril dessa droga que já corre em suas veias por quase um século e que só provou ser uma das grandes vilãs na luta por um mundo mais verde. 

2 comentários:

  1. Pois é, né, cara... É tão óbvio que o petróleo já é impraticável, essa insistencia na perpetuação dele é irritante... E daí que é caro se transformar as matrizes energéticas mundiais... o benefício a longo prazo cobre qualquer prejuízo, mas infelizmente não sou eu quem bate o martelo!

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  2. Ok, mas antes de se pensar nos reflexos que as revoltas do Norte da África terão sobre o Ocidente, convém pensar nos efeitos que elas têm sobre... os povos diretament envolvidos. Não?

    E, sim, petróleo é obsoleto. Pré-sal, menina dos olhos do Lula, idem.

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