sábado, 5 de março de 2011

Poluição sonora


O carnaval enfim chegou. Todo mundo está brincando o feriado preferido dos brasileiros e um ato de extrema falta de respeito parece se intensificar nessa época do ano. Os paredões se multiplicam pelas ruas, parece que todos têm um rádio novo e fazem questão de mostrar que ele toca alto, pois é, caso não tenham reparado, eu não tenho a menor obrigação de escutar o seu barulho.

Estou escrevendo agora ouvindo um duelo sonoro entre o vizinho da direita com o vizinho da esquerda, são menos de nove horas da manhã e isso já está durando uns três CDs e algo me diz que eu vou dormir e eles ainda estarão decidindo quem tem o pinto maior.

Só que o grande problema não é que as pessoas façam isso no carnaval, seria suportável ter seis dias barulhentos no ano, o grande problema é que não temos um de sossego. Ou tem alguém na sua rua ouvindo música alta, ou as lojas gritam suas ofertas nas calçadas, ou carros de som passam na porta da sua casa ou, o pior, tem algum sem noção ouvindo música no ônibus. Se você quer ouvir sua música, ponha seu fone de ouvido, eu tenho certeza que você tem um.

E essa situação fica ainda mais crítica, com o passar do tempo e das caixas de som mais potentes, essas pessoas vão perdendo a audição, juro que acharia ótimo se elas simplesmente parassem de fazer barulho, porque não escutam mais a ele, mas elas escutam, só precisam aumentar ainda mais o volume, pois é, sou eu que estou quietinho na minha casa que me dou mal de novo.

Mas esse é só um exemplo de uma série que evidencia um grande problema da nossa sociedade: falta de educação. A gente sabe que vai incomodar o outro ouvindo música alta, a gente sabe que é errado furar fila, a gente sabe que é errado depredar as coisas dos outros, a gente sabe, mas faz do mesmo jeito, porque são os outros que vão sair perdendo, agora, quando é com você, amigão, você não gosta.

Custa abaixar o volume? Custa esperar um pouquinho? Custa se levantar para um senhor poder ir sentado no ônibus? Não, não custa e se você pensou que sim, você tem que melhorar muito para começar a almejar o seu lugar como cidadão.
Vamos respeitar os outros, só para experimentar, se você não sentir um momento sequer de gratificação pessoal por isso, se em nenhum momento você se sentir bem por ter ajudado uma pessoa gratuitamente, eu calo a minha boca, mas você vai, amigão, eu tenho certeza que vai.

7 comentários:

  1. falta de educação é super comum e concordo com algumas partes,porém lembre-se ninguém é educado 100% e provavelmente vc já fez alguma coisa que vc criticou acima,se seus vizinhos estão colocando som alto em uma hora proibida chame a policia :)

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  2. e olha pelo lado bom,você não é surdo e com isso é claro ouve o que quer e o que não quer,enquanto alguns nem podem ter esse gostinho uma só vez na vida.

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  3. Renata, é claro que eu não sou um cidadão perfeito e sinceramente, se você está defendendo este tipo de ato, deveria rever seus conceitos ou parar de fazê-los. Conheço muito bem os meus direitos e sei muito bem o que eu posso ou não fazer em relação aos meus vizinhos, não precisa me lembrar disso. E olha, em relação ao seu comentário sobre surdez... "puff". Tem o todo o direito de não concordar com o que escrevo, e agradeço as críticas, mas eu também tenho o meu de me defender.

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  4. Você não me conhece para dizer se eu defendo esse tipo de ato,mas eu nao defendo e não chego perto de quem é mal educado e recrimino.Ótimo vc saber os seus direitos,eu tambem sei os meus,moro perto de dois bares e gente mal educada e sei o que é ouvir estilos musicais que eu não aprecio até de madrugada.

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  5. Eu fiz esse comentário pois eu li todos os seus textos e acho que vc sempre diz algo equivocado e não deixa algumas coisas claras,dessa vez resolvi expor minha opinião e como você disse eu tenho o direito de não concordar e vc se defender (meu comentário de surdez não é pra se dizer puff,pense melhor sobre o assunto e obviamente,esse não é o assunto do texto).

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  6. Renata, eu disse que defendia, pois foi o que o seu comentário expressou, simples assim, não te julguei. Se eu digo algo equivocado, é só falar como fez agora; e apenas me referi a seu sarcasmo no comentário sobre os surdos, jamais diria isso sobre o assunto.

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  7. "se você está defendendo este tipo de ato, deveria rever seus conceitos ou parar de fazê-los". não foi o que pareceu,não houve sarcasmo,é isso.

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